A Reserva Nacional do Niassa, a maior área protegida do país, conta, desde o presente mês, com um Centro de Vigilância, cujo objectivo é reforçar a capacidade operativa e de monitorização da fauna bravia naquela área de conservação. A informação foi avançada pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), numa nota a que o nosso Jornal teve acesso.
De acordo com a ANAC, a infra-estrutura, que ocupa uma área de 111.72 m², está orçada em 6.7 milhões de Mts, desembolsados pelo governo do Japão, no âmbito do Programa de Monitoria do Abate Ilegal do Elefante, implementado no quadro da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES).
No entanto, segundo o comunicado, Mateus Mutemba, Director-Geral da ANAC, afirma que o nosso país, à semelhança de vários países do mundo, tem registado incidências significativas de casos de comércio ilegal de produtos de flora e fauna bravia e casos de caça furtiva de espécies emblemáticas, sobretudo em áreas de conservação localizadas em zonas fronteiriças, tal o caso da Reserva Nacional do Niassa.
Segundo Mutemba, a situação fez com que o governo estabelecesse parcerias com instituições Intergovernamentais e Organizações Não-Governamentais (ONG) ligadas à conservação da biodiversidade, para assistência nos assuntos técnicos de gestão faunística.
Refira-se que o Centro de Vigilância, ora edificado, foi construído pelo governo japonês, que na última conferência internacional sobre o combate ao comércio ilegal de produtos de Fauna, realizado em Londres, na Inglaterra, em Fevereiro de 2014, comprometeu-se a canalizar fundos para a construção e equipamento de infra-estruturas para a monitoria da fauna.
Acrescentando, Mutemba disse que o desafio actual para a Reserva Nacional do Niassa passa por expandir a rede de comunicação via rádio e a rede das infra-estruturas da sede, onde está prevista a construção de uma nova sala de operações, postos de fiscalização, escritórios e dormitórios para fiscais. Para tal, garantiu a fonte, está em curso um trabalho de mobilização de recursos financeiros para a fortificação da segurança na Reserva do Niassa.
Também citado pela nota, o Embaixador do Japão em Moçambique, Toshio Ikeda, afirmou que o seu país está disposto a trabalhar, no sentido de fortalecer a cooperação com a comunidade internacional e com Moçambique, em particular, para a eliminação da caça ilegal de animais selvagens.
Contudo, desde Junho de 2018 que o abate ilegal de elefantes foi estancado na Reserva Nacional do Niassa, devido ao fenómeno da insurgência que se vive na província de Cabo Delgado, segundo o especialista Alastair Nelson. Este facto fez com que o executivo de Filipe Nyusi mobilizasse as Forças de Defesa e Segurança para alguns distritos limítrofes com a Reserva Nacional do Niassa. (Omardine Omar)
Três dias depois do Presidente da República ter dito que o “forte da Frelimo (seu partido) são as mulheres”, durante o encerramento da quarta sessão ordinária do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), que teve lugar, na última sexta-feira, na cidade de Dondo, província de Sofala, o Centro de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (CEC) veio, esta segunda-feira, confrontá-lo com os números que apontam a menor presença deste género nos cargos de decisão, apesar de serem a maioria da população nacional (52 por cento) e a Constituição da República garantir a equidade e igualdade de género, no artigo 36.
O grupo Mitrelli procedeu recentemente ao lançamento da primeira pedra para a construção de um terminal graneleiro de cereais no porto de Nacala, província de Nampula, região norte de Moçambique.
A construção do terminal acontecerá em duas fases distintas, sendo que a primeira inclui um terminal de cereais com uma capacidade de descarga de 300 toneladas por hora, uma capacidade de armazenamento de 40 mil toneladas e instalações de embalagem. A segunda fase, a desenvolver-se no decurso do terceiro ano de operações, inclui a construção de terminal de adubos a granel, adjacente ao terminal de cereais e com capacidade semelhante.
A agência noticiosa AIM escreveu que o investimento total está estimado em 200 milhões de dólares. O grupo Mitrelli, de origem israelita, está presente em três países africanos, Angola, Gana e Quénia, sendo o corrente investimento o primeiro que efectua em Moçambique. (Macauhub)
O valor do comércio entre a China e os países de língua portuguesa cresceu 3,8% em termos homólogos para 58 836 milhões de dólares no período entre Janeiro e Maio de 2019, segundo dados oficiais chineses divulgados pelo Fórum de Macau.
A China exportou nesse período de cinco meses para os oito países de língua portuguesa produtos no valor de 16 227 milhões de dólares (-4,51% em termos homólogos) e importou bens no montante de 42 608 milhões de dólares (+7,47%), assumindo dessa forma um défice comercial de 26 381 milhões de dólares.
Uma firma de advogados sul-africana, a Mabunda Incorporated/Attorneys at Law, baseada em Bedfordview, Kempton Park, arredores de Joanesburgo, revelou ontem que foi contratada pelo Governo moçambicano para interceder junto do Tribunal Supremo de Joanesburgo no caso da extradição de Manuel Chang.
Com data de ontem, 30 de Julho, a Mabunda escreveu para as partes relevantes do caso, Rudi Krause, BDK Attorneys (advogados de Manuel Chang), Ian Levitt, Ian Levitt Attorneys (advogados do FMO) e J van Schalkwyk (advogado do Ministério da Justiça e Serviços Correcionais) uma carta com o seguinte teor:
“No julgamento, o Governo americano mostrará que Jean Boustani e seus co-conspiradores sabiam que Moçambique não divulgara para o Fundo Monetário Internacional (FMI) a dívida soberana da Proindicus e da MAM no valor de mais de 1.2 bilhões de USD. Depois que o co-arguido Manuel Chang, o Ministro das Finanças moçambicano que assinou as garantias soberanas, deixou o cargo, os conspiradores alertaram ao novo Ministro da Economia e Finanças (Adriano Maleiane) que o crédito da Proindicus e da MAM e suas garantias não tinham sido comunicadas ao FMI. O novo ministro (Maleiane) concordou em continuar a não divulgar os detalhes sobre a MAM e a Proindicus ao FMI”.
Fim da linha para o deputado Ricardo Tomás. A Comissão Permanente da Assembleia da República decidiu, esta terça-feira, pela perda de mandato do deputado Ricardo Tomás, eleito pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) pelo círculo eleitoral de Tete.
A decisão de retirar a qualidade de deputado a Ricardo Tomás foi tomada em sessão extraordinária daquele órgão deliberativo da AR, realizada ontem, no intervalo de uma reunião plenária que aprovou em definitivo, entre outros instrumentos, a revisão da Lei Mar, a Lei da Cooperação judiciária Internacional em Matéria Penal e pela prorrogação dos mandatos dos membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
A Comissão Provincial de Eleições (CPE) de Nampula recebeu e devolveu, na semana passada, a candidatura do partido Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) e deixou pendentes as candidaturas do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e da Renamo, devido a várias irregularidades.
Escolas vazias, alunos e professores ausentes. Sonhos de pais e educadores de ver os filhos a estudar adiados, pelo menos para este ano. É o que se pode dizer da situação que se vive no Posto Administrativo de Quiterajo, distrito de Macomia, província de Cabo Delgado, onde todas as escolas se encontram abandonadas.
Os professores abandonaram as aldeias e fixaram-se na sede do distrito de Macomia. Os alunos também mudaram de residência, juntamente com os pais e seus encarregados de educação, em busca de um local seguro, depois do recrudescimento dos ataques naquela zona, protagonizados por um grupo ainda não identificado, desde Outubro de 2017.
A quatro dias do término do prazo estabelecido pelos órgãos eleitorais para submissão da candidatura, o maior partido da oposição, Renamo, submeteu, nesta segunda-feira, o expediente documental dos candidatos a membros da Assembleia Provincial da província de Maputo, que tem à cabeça o “enérgico” deputado António Muchanga.
O expediente, que deu entrada na tarde de ontem, na Comissão Provincial de Eleições (CPE) de Maputo, foi, tal como garantiu António Munchanga, em conversa com o nosso jornal, aceite pelos órgãos eleitorais, não obstante terem deixado pequenos reparos que, segundo disse, serão sanados no decorrer do dia de hoje.