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sexta-feira, 25 fevereiro 2022 08:53

CTA diz que portagens vão condicionar desempenho empresarial do I trimestre de 2022

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) defende que as portagens colocadas ao longo da Estrada Circular de Maputo “poderão aumentar os custos de distribuição, afectando negativamente o desempenho empresarial” no trimestre em curso.

A informação encontra-se vertida no Índice de Robustez Empresarial referente ao quarto trimestre de 2021, apresentado na última quarta-feira, na província de Nampula. Lembre-se que, segundo o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, a CTA terá dito “sim” quando inquirida pelo Governo sobre a acessibilidade dos preços, dias antes da entrada em funcionamento das praças. Entretanto, um mês depois, a agremiação queixa-se do impacto que o negócio poderá causar para as empresas.

Para além das portagens na Estrada Circular de Maputo, a CTA aponta, no referido documento, que durante o primeiro trimestre de 2022 as empresas poderão ser afectadas pela redução da produtividade das indústrias de cervejas. “Devido à introdução do novo Regulamento de Selagem de Bebidas Alcoólicas e

 

Tabaco Manufaturado, as indústrias de cervejas irão registar aumento de custos e redução da produtividade”, lê-se no documento.

 

Para o trimestre em curso, a CTA perspectiva ainda que o sector empresarial seja afectado pelo aumento do preço de combustível. Para a agremiação, “o aumento do preço dos combustíveis poderá traduzir-se no aumento dos custos das empresas, sendo que, de acordo com as simulações feitas, os custos de produção do sector empresarial poderão aumentar em cerca de 4.775%”.

No cômputo geral, a CTA prevê uma tímida deterioração do ambiente macroeconómico, devido à manutenção da postura cautelosa da Política Monetária, bem como à depreciação cambial, devido ao aumento das importações para responder aos desastres naturais e ao aumento da factura de importação de combustíveis.

O Índice de Robustez Empresarial, a nível nacional, registou uma melhoria face ao terceiro trimestre em cerca de 3 pontos percentuais, passando de 26% para 29%. Esta melhoria reflecte, na essência, o efeito do alívio de restrições de combate à Covid-19 e o impulso na procura agregada decorrente do efeito sazonal da quadra festiva.

Na mesma linha, o índice de tendências de emprego também evidenciou esta tendência de melhoria, tendo passado de 106.5 para 125.9, uma subida de 19.4 pontos, reflectindo a reintegração dos postos de trabalho que haviam sido perdidos ou suspensos no trimestre anterior devido às medidas restritivas de combate à Covid-19. Quanto ao índice do ambiente macroeconómico, a avaliação da CTA concluiu que este indicador subiu de 46% para 50%, reflectindo a estabilidade cambial, redução das taxas de juros de referência e recuperação da actividade económica. (Evaristo Chilingue)

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