A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) suspendeu, há dias, uma indústria vocacionada ao processamento de água purificada, por ter sido considerada imprópria para o consumo humano, dados os níveis muito elevados de coliformes fecais que contém, para além de não ter autorização para o exercício da actividade.
Segundo o porta-voz da INAE, Tomás Timba, a indústria suspensa está sediada na cidade de Maputo e dedicava-se ao processamento de água purificada denominada “Glacial” e a mesma não dispunha de mecanismos de controlo de qualidade interna.
Mais adiante, Timba explicou que foram suspensas ainda duas fábricas de produção de vinagre, uma de marca Ruby na cidade de Maputo e outra de marca Avena, na província de Maputo.
“Depois de analisadas, constatou-se que estas duas marcas de vinagre dispõem de altos níveis de acidez, o que torna estes produtos impróprios para a saúde e também porque as unidades fabris não dispõem de mecanismos de controlo de qualidade, o que significa que utilizam métodos rudimentares, daí que não conseguem medir os níveis de ácido cítrico para torná-los próprios para o consumo humano. Neste momento, as fábricas estão a desencadear mecanismos para alcançar os parâmetros impostos pela lei”, referiu.
Segundo Timba, a INAE apreendeu aproximadamente 400 kg de açúcar de marca “tseke tseke” por não ser fortificado de acordo com as exigências legais impostas em Moçambique. O produto é produzido no Malawi e foi introduzido ilegalmente no país. Entretanto, foram notificados ainda oito centros sociais universitários, com vista a suspenderem a venda de bebidas alcoólicas nesses locais. Também foram notificadas 149 unidades económicas de venda de bebidas alcoólicas localizados nas imediações das escolas. Enquanto isso, foram detectadas 384 unidades económicas em todo o país, que operam sem alvará, ou seja, ilegalmente. (Marta Afonso)