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quinta-feira, 06 fevereiro 2020 06:55

Caminhos de Ferro de Moçambique aumentam preços do transporte de passageiros

A empresa pública Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) aumentou os preços de viagem para os passageiros, considerando as atuais tarifas "muito aquém" dos custos pelo serviço de transporte que suporta, anunciou hoje a companhia em comunicado.

 

Na nota, divulgada pelo diário Notícias, a empresa ferroviária refere que subiu o preço mínimo para 11 meticais (0,15 cêntimos de euro) e o máximo para 40 meticais (0,56 cêntimos), nas bilheteiras das estações e pontos de paragem em comboios de pequeno curso, e para 12 meticais (0,17 cêntimos) o mínimo e 45 meticais o máximo (0,56 cêntimos), a bordo dos comboios de pequeno curso.

 

Nas bilheteiras das estações e pontos de paragem em comboios de longo curso, o preço passa para um mínimo de 40 meticais (0,56 cêntimos de euros) e para um máximo de 240 meticais (3,40 euros) e os praticados a bordo passam para um mínimo de 45 meticais (0,63 cêntimos) e máximo de 265 meticais (3,73 euros).

 

Os CFM avançam que têm acumulado anualmente mais de 200 milhões de meticais (2,83 milhões de euros) de prejuízos, devido às baixas tarifas que pratica no transporte de passageiros.

 

"As tarifas praticadas continuam a ser muito aquém, tanto do ponto de vista de custo como no que tange à inflação, bem como quando comparadas com as praticadas nas rodovias", lê-se na nota assinada pelo diretor executivo, Cândido Jone.

 

Numa outra nota que divulgou na sua página na Internet, a empresa diz que comparticipa com 85% do custo da passagem, cabendo ao passageiro apenas os restantes 15%.

 

Os CFM operam várias linhas de comboio no Sul e Centro do país, sendo as linhas do Norte asseguradas pela concessionária Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN).

 

Em 2019, os CFM anunciaram resultados líquidos de 2,18 mil milhões de meticais (310 milhões de euros) do exercício de 2018 contra 3,01 mil milhões de meticais (426 milhões de euros) atingidos no exercício anterior, o que representa um decréscimo de cerca de 28%.

 

Ainda assim, a ferroviária é uma das poucas empresas públicas em Moçambique que escapam à crise financeira em que o setor empresarial do Estado se encontra.(Lusa)

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