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segunda-feira, 23 março 2020 06:19

Covid-19: BM injecta 500 milhões de USD para Mercado Cambial Interbancário

O Banco de Moçambique (BM) irá introduzir linhas de crédito em moeda estrangeira para os bancos e relaxar as condições de reestruturação dos créditos dos clientes bancários para a mitigação dos efeitos do Covid-19.

 

As medidas foram tomadas este domingo, durante a reunião extraordinária do Conselho de Administração do Banco Central. No encontro, dirigido por Rogério Zandamela, Governador do BM, aquela autoridade decidiu introduzir uma linha de financiamento em moeda estrangeira para as instituições participantes no Mercado Cambial Interbancário, no montante global de 500 milhões de USD, por um período de nove meses, a partir desta segunda-feira.

 

Outra medida foi a autorização da não constituição de provisões adicionais pelas instituições de crédito e sociedades financeiras nos casos de renegociação dos termos e condições dos empréstimos, antes do seu vencimento, para os clientes afectados pela pandemia do Covid-19, com efeitos a partir do dia 23 de Março até 31 de Dezembro de 2020.

 

De acordo com o comunicado de imprensa, emitido pelo Banco de Moçambique, as medidas reforçam as decisões anteriormente tomadas e visam disponibilizar liquidez em moeda estrangeira e em moeda nacional para apoiar as empresas e as famílias a honrarem os seus compromissos, na sequência do agravamento dos riscos decorrentes dos impactos macro-económicos do Covid-19.

 

“O Banco de Moçambique continuará a monitorar os indicadores económico-financeiros e os impactos macroeconómicos do Covid-19 e tomará as medidas correctivas adicionais sempre que for necessário”, sublinha a fonte.

 

Refira-se que, no passado dia 17 de Março, o BM reduziu, em 150 pontos base, os coeficientes das reservas obrigatórias em moeda nacional e em moeda estrangeira, com efeitos a partir do próximo dia 07 de Abril, com o objectivo de “libertar liquidez para o sistema bancário enfrentar, com maior resiliência, os riscos decorrentes dos impactos macro-económicos provocados pelo Covid-19. (Carta)

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