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quarta-feira, 17 junho 2020 06:36

Carlos Yum director do Mpanda Nkuwa

Carlos Yum, engenheiro electrotécnico formado pela Universidade Eduardo Mondlane, e administrador na Electricidade de Moçambique, foi esta terça-feira nomeado pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, para director do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK). 

 

Trata-se, segundo fonte do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, da entidade que irá coordenar a realização das acções visando a concepção e estruturação do Projecto Hidroeléctrico, que inclui a edificação do sistema de transporte de energia eléctrica e infra-estruturas associadas. 

 

Com a indicação do responsável daquele Gabinete, o Projecto marca um passo importante rumo ao início de diversos processos, entre eles estudos ambientais, estudos científicos, e mobilização de financiamentos visando a sua materialização.  

 

A iniciativa da construção da Barragem Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa apresenta-se como um projecto estruturante para o País, devendo contribuir para responder ao desafio do aumento da disponibilidade de energia para o desenvolvimento económico e social e para fazer de Moçambique uma referência no fornecimento de energia na África Austral.  

 

O Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa tem como funções a realização e acompanhamento dos estudos técnicos e desenvolvimento do Projecto, conferindo credibilidade ao processo e aumentando a confiança de potenciais investidores e financiadores.

 

O GMNK terá também a tarefa de criar, sistematizar e manter uma base de dados, assegurando a propriedade intelectual dos estudos e de toda a documentação relevante à boa execução do projecto.

 

O GMNK deverá por outro lado propor medidas para a solução das matérias pendentes relativas à actual concessão, bem como proceder à contratação de consultoria especializada no domínio das transacções, que aporte experiência em transacções similares, conferindo credibilidade ao processo e aumentando a confiança dos investidores e financiadores. 

 

De acordo com dados oficiais, 70 por cento da electricidade em Moçambique é de origem hídrica, grande parte da barragem de Cahora Bassa, sendo que os restantes 30 por cento são provenientes do gás, extraído pela sul-africana Sasol em Inhambane, sul do país.

 

Espera-se que o Projecto possa criar, no decurso da sua implementação, milhares de empregos, quer directos quer indirectos e representa um forte estímulo para o empresariado nacional industrial, comercial, agrícola e de prestação de serviços.

 

O Sector Energético moçambicano está a desenvolver-se rapidamente, sendo a expectativa que nos próximos tempos se registe um crescimento e expansão ainda maior, impulsionado pela abundância de recursos energéticos no nosso País e pelo aumento da procura, tanto para uso industrial como para uso doméstico.

 

Com efeito, a materialização dos projectos em curso, tanto de geração como de transporte, que incluem centrais hidroeléctricas e termoeléctricas a carvão e linhas de transporte de energia, todos eles de dimensão regional, representa um contributo na consolidação da cooperação regional, bem como no aumento das transacções de energia no contexto do mercado da SAPP.

 

O director do Projecto reporta a um comité de coordenação, que tem como presidente o ministro dos Recursos Minerais e Energia e será responsável pela supervisão de uma equipa de gestão que deve assegurar a prossecução dos objectivos estratégicos do seu desenvolvimento, coordenando as actividades do Gabinete.(Carta)

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