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quinta-feira, 02 julho 2020 03:17

Ataque a Mocímboa da Praia aumenta preocupação em Palma

Paira um clima de tensão na vila-sede do distrito de Palma, extremo norte da província de Cabo Delgado, na sequência do segundo ataque terrorista levado a cabo pelos insurgentes à vila de Mocímboa da Praia, em menos de 100 dias.

 

A vila-sede de Palma dista a pouco menos de 75 Km da vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia e é uma das vilas ainda não escaladas pelos insurgentes nas recentes incursões, nos nove distritos afectados pelos ataques terroristas: Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, Muidumbe, Nangade, Mueda, Meluco; Quissanga; e Ibo. Refira-se que, para além de Mocímboa da Praia, os insurgentes já escalaram as vilas de Macomia e Quissanga.

 

Em contacto com “Carta”, fontes avançaram já haver ameaças de ataque terrorista àquela vila, pelo que aumenta o clima de tensão. Sublinham que o clima de medo não parte apenas das ameaças de um possível ataque terrorista àquela sede distrital, mas também devido às acusações de extorsão, execuções sumárias e rapto de cidadãos, atribuídas às Forças de Defesa e Segurança (FDS).

 

As fontes garantem que, tal como nos outros distritos afectados pela insurgência, em Palma, as FDS são acusadas de rapto e que algumas vítimas foram encontradas mortas num cemitério local. Aliás, contam que houve manifestação pacífica para que reduzisse a situação. As vítimas são raptadas com alegação de cooperarem com os insurgentes.

 

Enquanto isso…

 

Na aldeia Chimbanga, a poucos quilómetros da vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia, a população encontrou, nesta segunda-feira, cinco corpos sem vida. As fontes presumem que as vítimas tenham sido mortas pelos insurgentes durante a ofensiva do passado fim-de-semana. As fontes avançam ainda que várias casas foram queimadas e alguns corpos ainda permanecem estatelados no chão. (Carta)

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