Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Economia e Negócios

De um universo de 89.385 empresas, envolvidas num estudo sobre impacto da Covid-19 nas empresas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) constatou que 80.756 empresas (90.4%) foram afectadas pela crise pandémica. Como consequência, pouco mais de 3.3 milhões de trabalhadores foram afectados e a facturação das empresas caiu em quase 8 mil milhões de Meticais.

 

De acordo com o estudo, apresentado esta terça-feira, no primeiro semestre, as empresas registaram 10.9 mil milhões de Meticais em receitas, contra 18.6 mil milhões de Meticais de receitas reportadas em igual período de 2019.

 

Inhambane é a província onde mais empresas foram prejudicadas pela crise. De um subtotal de 5.385 empresas, 98.8% sofreram os efeitos da pandemia. A província de Gaza é a segunda mais afectada, pois, de um subtotal de 5.414 empresas, 94.8% reportaram prejuízos motivados pelo impacto da Covid-19. A província de Maputo, com 13.672 empresas, e Maputo Cidade, com 25.327, foram afectados, respectivamente, 94% e 92.4%. No centro do país, a província da Zambézia foi a mais afectada pelo facto de 77% de 5,825 empresas reportarem perdas no contexto da crise pandémica.

 

O estudo revela ainda que as actividades de educação, artísticas, de espectáculos e de recriação foram as mais afectadas, ou seja, em 100%. Abaixo dessas, estiveram as empresas que se dedicam à distribuição de electricidade, gás e água, com impacto avaliado em 97.9% e os de alojamento e restauração com 97.1%.

 

Realizado de 22 de Junho a 24 de Julho de 2020, em todo o país, o estudo do INE concluiu ainda que 70.135 Pequenas Empresas, de um subtotal de 77.512, foram afectadas pela pandemia, enquanto, das 11.447 Médias Empresas, 10.242 ressentiram-se da Covid-19 e, das 426 grandes empresas envolvidas, 388 reportaram prejuízos.

 

Dos principais constrangimentos, o Director Nacional de Estatísticas de Empresas no INE, Adriano Matsimbe, apontou a baixa procura ou encomenda de bens/serviços que, do total, afectou 60.607 empresas. A fonte apontou ainda a falta de matéria-prima, um constrangimento que afectou a perto de 32 mil empresas.

 

Referir que, do total de 80.756 empresas, a autoridade estatística nacional constatou que pouco mais de 3.3 milhões de trabalhadores foram afectadas pela crise provocada pelo novo coronavírus. (Evaristo Chilingue)

De um universo de 89.385 empresas, envolvidas num estudo sobre impacto da Covid-19 nas empresas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) constatou que 80.756 empresas (90.4%) foram afectadas pela crise pandémica. Como consequência, pouco mais de 3.3 milhões de trabalhadores foram afectados e a facturação das empresas caiu em quase 8 mil milhões de Meticais.

 

De acordo com o estudo, apresentado esta terça-feira, no primeiro semestre, as empresas registaram 10.9 mil milhões de Meticais em receitas, contra 18.6 mil milhões de Meticais de receitas reportadas em igual período de 2019.

 

Inhambane é a província onde mais empresas foram prejudicadas pela crise. De um subtotal de 5.385 empresas, 98.8% sofreram os efeitos da pandemia. A província de Gaza é a segunda mais afectada, pois, de um subtotal de 5.414 empresas, 94.8% reportaram prejuízos motivados pelo impacto da Covid-19. A província de Maputo, com 13.672 empresas, e Maputo Cidade, com 25.327, foram afectados, respectivamente, 94% e 92.4%. No centro do país, a província da Zambézia foi a mais afectada pelo facto de 77% de 5,825 empresas reportarem perdas no contexto da crise pandémica.

 

O estudo revela ainda que as actividades de educação, artísticas, de espectáculos e de recriação foram as mais afectadas, ou seja, em 100%. Abaixo dessas, estiveram as empresas que se dedicam à distribuição de electricidade, gás e água, com impacto avaliado em 97.9% e os de alojamento e restauração com 97.1%.

 

Realizado de 22 de Junho a 24 de Julho de 2020, em todo o país, o estudo do INE concluiu ainda que 70.135 Pequenas Empresas, de um subtotal de 77.512, foram afectadas pela pandemia, enquanto, das 11.447 Médias Empresas, 10.242 ressentiram-se da Covid-19 e, das 426 grandes empresas envolvidas, 388 reportaram prejuízos.

 

Dos principais constrangimentos, o Director Nacional de Estatísticas de Empresas no INE, Adriano Matsimbe, apontou a baixa procura ou encomenda de bens/serviços que, do total, afectou 60.607 empresas. A fonte apontou ainda a falta de matéria-prima, um constrangimento que afectou a perto de 32 mil empresas.

 

Referir que, do total de 80.756 empresas, a autoridade estatística nacional constatou que pouco mais de 3.3 milhões de trabalhadores foram afectadas pela crise provocada pelo novo coronavírus. (Evaristo Chilingue)

O mercado monetário interbancário nacional continua a ser caracterizado pelo excesso de liquidez (ou seja, com dinheiro suficiente para alimentar a economia nacional) e com tendência a incrementar, revela um relatório do Banco de Moçambique, publicado no final de Agosto último.

 

Para testemunhar esta constatação, o informe refere que, nos últimos dois meses, as reservas bancárias em moeda nacional incrementaram na ordem de 8.100,0 milhões de Meticais.

 

Denominado Relatório de Conjuntura Económica e Perspectiva de Inflação, o informe explica que, para esse excesso de liquidez, contribuíram as Transferências do Estado para a economia por via do Sistema de Transferência Electrónica de Fundos (STF) na ordem de 45.800,0 milhões de meticais e reembolso líquido de Bilhetes de Tesouro (BT) em cerca de 14.500,0 milhões de meticais.

 

“Todavia, o incremento das reservas bancárias em moeda nacional foi atenuado pelo impacto líquido negativo das transferências electrónicas entre bancos comerciais em tempo real (MTR), na ordem de 21.100,0 milhões de meticais; perdas dos bancos comerciais na compensação, em cerca de 10.200,0 milhões de meticais; vendas líquidas de divisas aos bancos comerciais pelo BM no Mercado Cambial Interbancário (MCI), na ordem de 8.000,0 milhões de meticais; levantamentos líquidos de numerário (DLL), na ordem de 4.262,0 milhões de meticais; impacto líquido negativo das operações da Facilidade Permanente de Depósito (FPD), em cerca de 3.400,0 milhões de meticais; e débito às instituições de crédito resultante da emissão de obrigações do Tesouro (OT), na ordem de 2.300,0 milhões de meticais”, explica a fonte.

 

Com efeito, aponta o informe do Banco Central, a liquidez bancária (reservas bancárias menos as reservas obrigatórias) fixou-se, até ao início do último mês, em 780,0 milhões de Meticais. (Evaristo Chilingue)

sexta-feira, 04 setembro 2020 07:46

Metical continua a desvalorizar-se face ao Dólar

A moeda nacional, o Metical, continua a desvalorizar-se perante outras moedas. Como consequência e, de acordo com a tabela cambial do Banco de Moçambique, um Dólar vendia-se, até esta quinta-feira (03), por 72.42 Meticais e comprava-se a 71 Meticais. Um Euro adquiria-se a 83.6 Meticais e vendia-se a 85.43 Meticais. Por seu turno, o Rand custava ao comprador 4.22 Meticais e vendia-se a 4.3 Meticais.

 

Em termos percentuais, o Relatório de Conjuntura Económica e Perspectiva de Inflação do Banco de Moçambique mostra que o Metical depreciou face ao Dólar em 1,89% e ao Euro em 6,65%, tendo, porém, ganho valor face ao Rand em 0,24%. Em termos anuais, o Banco de Moçambique refere que o Metical depreciou face ao Dólar em 17,37%.

 

Embora o Banco de Moçambique não tenha mencionado em relatório, a contínua depreciação do Metical face ao Dólar, sabe-se, resulta em grande medida da fraca produtividade da economia nacional, nestes meses agravada pela crise pandémica e, como consequência, o país exporta menos.

 

O Relatório de Conjuntura Económica e Perspectiva de Inflação mostra que, no segundo trimestre, as exportações caíram 531.14 milhões de USD, ao sair de 2,242.38 milhões de USD no primeiro trimestre para 1,711.25 milhões de USD. Enquanto isso, as importações só caíram 99.25 milhões de USD, de 3,102.24 milhões de USD registados de Janeiro a Março, para 3,002.99 milhões de USD no segundo semestre de 2020. (Evaristo Chilingue)

  • Para se tornar num novo paradigma, o Sustenta deve ser visto a Longo Prazo, não somente sob o ponto vista de mudança de mentalidade por parte dos actores (camponeses, sector privado, fazedores de políticas, etc) mas também porque o investimento nas suas componentes só tem resultados concretos a longo prazo (P.E.: A formação de um extensionista é um investimento a longo prazo... o  saber fazer e fazer bem por parte do e extensionista não se alcança em cinco anos. Basta ver os recém-graduados e quanto tempo levam até adquirirem experiência de saber fazer bem.
  • Não esperemos o mesmo impacto e resultados entre as províncias, nem entre distritos dentro de uma província, porque as condições agro-ecológicas são completamente diferentes. As culturas respondem às condições que lhes são postas.
  • O rendimento de uma cultura é uma resposta a interação entre a informação genética da cultura, o ambiente onde é cultivada e o maneio submetido à cultura.
  • Os agricultores são por excelência heterogêneos! Suas ambições diferem. Por isso não poder haver uma “one fits-all solution or single bullet” ao nível do distrito, província...
  • A abordagem apresentada pelo Sustenta é boa sim, mas não nos esqueçamos que, neste momento, existem apena as suas componentes...a ligação e interação das componentes terá que ser uma realidade... O Sustenta não deve ser o somatório das componentes, pois o total (Sustenta) deve ser maior/muito mais do que a soma das componentes (ter partes isoladas de uma bicicleta, por mais que estejam completas, não significa ter uma bicicleta).
  • A questão das linhas de financiamento requer uma grande atenção quando se trabalha com o sector familiar, cujo principal objectivo é a segurança alimentar... há culturas que jogam um papel muito importante na dieta dos agricultores que não são atrativas para o financiamento. O sector familiar é caracterizado por diversificar as culturas como forma de mitigar risco. A diversificação tem também o aspecto da complementaridade... e muitas das vezes, as culturas diversificadas ocupam o mesmo espaço. Então, a questão que se coloca é: vamos financiar o quê e como?
  • O programa parece ambicioso no bom sentido da palavra. Mas o fracasso de anteriores programas não deve servir de barômetro para o Sustenta, mas de apenas lições aprendidas.
  • Há uma necessidade de haver um cometimento sob ponto de vista social, económico e político => O Sustenta Precisa de Ser Sustentado para Sustentável.

 

*Wilson Leonardo, (PhD) Sistemas de Produção Agrária

O Ministro dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Ernesto Max Tonela, diz que as petrolíferas que se instalam para extrair o gás natural na bacia do Rovuma estão preocupadas com o terrorismo em Cabo Delgado, um mal que semeia luto e destruição naquela província nortenha do país há quase três anos.

 

Falando semana finda, em entrevista à Televisão de Moçambique (TVM), Tonela disse que o Governo tem estado a trabalhar com as multinacionais com vista a garantir segurança aos projectos, para além da população e seus bens.

 

“É uma situação que gera preocupação, mas estamos a trabalhar com os investidores para mitigar a situação”, disse sem mais detalhes. Facto é que, na última semana, o MIREME assinou um novo Memorando de Entendimento com a petrolífera francesa Total, operadora do projecto Mozambique LNG.

 

Do comunicado que recebemos consta que o acordo prevê que uma Força-Tarefa Conjunta garanta a segurança das actividades do projecto Mozambique LNG no local do projecto em Afungi e na área mais vasta de operações do projecto.

 

Apesar de o evento ter sido público, o teor do Memorando não foi divulgado, sobretudo, no que tange à proveniência dos fundos a serem pagos pelos serviços militares. No entanto, diversos estratos da sociedade entendem que a factura será paga pelo gás. Aliás, “Carta” solicitou o documento junto do Ministro, mas este ainda não respondeu. (Evaristo Chilingue)