Os Governos dos Estados Unidos da América (EUA) e de Moçambique assinaram, na última sexta-feira (17), em Maputo, três acordos de desenvolvimento, que totalizam, aproximadamente, 110 milhões de USD.
A uma semana da realização da primeira Conferência Internacional sobre Economia Azul, o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), responsável pela organização, diz que o estágio de preparação do evento é de 86 por cento.
A empresa Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) diz estar a transportar, por comboio, cada vez mais passageiros, ligando as províncias de Nampula e Niassa, no norte do país. Em comunicado enviado à nossa redação, a sociedade indica que cerca de 133 mil pessoas foram transportadas de Janeiro a Março deste ano, contra 113.588 movimentadas no mesmo período do ano findo.
A cidade de Maputo acolhe, nos próximos dias 15, 16 e 17 de Julho, a primeira Conferência Internacional sobre Transporte Aéreo, Turismo e Carga Aérea, um evento organizado pelo Governo, através do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC), conforme anunciou, esta quinta-feira, o titular do pelouro, Carlos Mesquita, durante a cerimónia de lançamento do mesmo.
A Hollard Seguros em Moçambique diz que, do total das perdas causadas pelo ciclone Idai, estimadas em 1 bilião de USD, apenas cerca de 150 milhões de USD estão cobertas pelo sector segurador. Deste valor, a Hollard tem cerca de 30 milhões de USD para pagar aos seus clientes afectados pela intempérie.
“Isto mostra o quão não segurado está o mercado moçambicano. Ou seja, apenas 10 por cento das perdas em bens específicos estavam seguradas”, afirmou o director financeiro da companhia, Óscar Faria.
Falando esta terça-feira, durante um “media breakfast”, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do grupo em Moçambique, Henri Mittermayer, disse que a fraca aposta em seguros no país é um problema com “barba branca”. Numa perspectiva comparativa com outros mercados, Mittermayer destaca que o país apresenta um atraso de 35 anos em termos de evolução.
O PCA da Hollard disse que há ainda em Moçambique uma fraca cultura de seguros no seio da sociedade, motivada pelo Estado que é “paternalista”. “O Governo toma conta de quase tudo, da saúde, da educação dos meus filhos, então o sentimento de investir para o futuro ainda tem de ser muito elaborado”, disse Mittermayer.
Para ele, a crise económica que está a assolar o país é um outro factor que não favorece o mercado de seguros. “Muitas empresas fecharam. Como consequência, clientes pararam de pagar os prémios e isto influenciou a disponibilidade de lucros no mercado”, queixou-se a fonte.
Para reverter o problema, o PCA da Hollard defendeu a aposta na educação sobre a importância do seguro, através de uma comunicação para mudança de comportamento e, para esse efeito, a fonte convidou os “media” a darem o seu contributo. Baseada na África do Sul, a Hollard Seguros opera em Moçambique há quase 18 anos e conta com uma quota de mercado de 30 por cento, dos cerca de 200 milhões de USD de investimento no sector. (Evaristo Chilingue)
O Governo aprovou hoje o Plano de Desenvolvimento para o projecto Rovuma LNG, que irá produzir, liquefazer e comercializar gás natural de três reservatórios do complexo Mamba, localizado no bloco da Área 4 na Bacia do Rovuma, dois dos quais atravessam a fronteira com a vizinha Área 1. O Plano de Desenvolvimento descreve a proposta do desenho e construção de duas unidades de produção de gás natural liquefeito (GNL) e infraestruturas relacionadas, que produzirão cerca de 15 milhões de toneladas de GNL por ano. A Decisão Final de Investimento está prevista para o segundo semestre de 2019.
“A aprovação do plano de desenvolvimento marca mais um passo significativo para se chegar a Decisão Final de Investimento e início da construção ao longo do corrente ano” disse Liam Mallon, Presidente da ExxonMobil Development Company, citado numa nota de imprensa conjunta do MIREME (Ministério dos Recursos Minerais e Energia) e da Mozambique Rovuma Venture.
“Este é o terceiro Plano de Desenvolvimento aprovado neste quinquénio para viabilizar a exploração sustentável das enormes reservas de gás natural descobertas na Bacia do Rovuma e representa o compromisso do Governo de assegurar a implementação de projectos que impulsionem o desenvolvimento de Moçambique”, disse o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Ernesto Max Tonela, também citado na nota.
Os esforços de marketing para o GNL produzido a partir da Fase 1 do projecto Rovuma LNG são conjuntamente liderados pela ExxonMobil e pela Eni. Os contratos de compra e venda de 100% da capacidade fábricas 1 e 2 foram submetidos ao governo de Moçambique para aprovação, que conjuntamente irão produzir mais de 15 milhões de toneladas de GNL por ano, refere a nota.
“A produção estimada do bloco da Área 4 irá gerar benefícios substanciais para Moçambique e para os parceiros da Área 4” disse Alessandro Puliti, Administrador de Desenvolvimento, Operações e Tecnologia da Eni. “O plano de desenvolvimento descreve o nosso compromisso de formar, desenvolver e empregar força de trabalho nacional e disponibilizar gás para apoiar a industrialização de Moçambique.”
Os parceiros do Projecto Rovuma LNG estão também a desenvolver uma série de planos para apoiar o desenvolvimento das comunidades em linha com as prioridades do Governo. Durante a fase de produção, o projecto Rovuma LNG espera fornecer cerca de 17,000 toneladas por ano de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), a partir dos recursos da Área 4, o que representa actualmente 50% das importações de GPL para o país, o que irá melhorar drasticamente o acesso a energia. O Parceiros da Área 4 planeiam também distribuir cerca de 5000 fogões a gás na área de Afungi para substituir a queima da lenha.
A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A (MRV), uma Joint Venture incorporada, em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC, que detém 70 por cento de interesse participativo no Contrato de Concessão para Pesquisa e Produção na Área 4. A Galp, KOGAS e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P detém cada uma, 10% de interesse participativo.
A ExxonMobil vai liderar a construção e operação das unidades de produção de gás natural liquefeito e infraestruturas relacionadas em nome da MRV, e a Eni vai liderar a construção e operação das infraestruturas upstream. (Carta)