A petrolífera norte-americana Anadarko anunciou que pretende retomar as negociações para a fusão com a Occidental, admitindo que a oferta pode ser "potencialmente superior", mas formalmente continua a recomendar o acordo com a Chevron. A Anadarko, que lidera o consórcio de um dos maiores investimentos de gás natural em Moçambique, anunciou que "pretende retomar as negociações com a Occidental Petroleum Corporation em resposta à proposta de aquisição divulgada no dia 24 de abril", diz a petrolífera em comunicado.
No anúncio ao mercado, a Anadarko explica que está a retomar as negociações "porque o conselho de administração, seguindo as consultas com os assessores financeiros e legais, determinou de forma unânime que a proposta da Occidental pode, razoavelmente, resultar numa 'Proposta Superior' segundo os termos definidos no Acordo de Fusão com a Chevron". A empresa aponta que a proposta da Occidental "reflete um melhoramento significativo no que diz respeito ao valor indicativo, termos e condições, comparado com quaisquer propostas anteriores que a Occidental fez à Anadarko".
No comunicado, a Anadarko aponta os valores, e diz que enquanto a Occidental oferece 38 mil milhões de dólares (34 mil milhões de euros) em dinheiro, a Chevron oferece apenas 16,26 mil milhões de dólares, menos de metade, o mesmo acontecendo relativamente à quantidade de ações que trocariam de mãos.
A determinação de que a proposta da Occidental é melhor "permite à Anadarko retomar as negociações com a Occidental" cumprindo os termos do acordo com a Chevron e as leis empresariais norte-americanas, mas não é ainda definitiva, razão pela qual o conselho de administração diz, formalmente, que "o Acordo de Fusão com a Chevron continua em vigor e, assim sendo, a administração da Anadarko reafirma a recomendação anterior de, nesta altura, fazer a transação com a Chevron".
Não há, argumentam, "garantia de que as negociações com a Occidental vão resultar numa transação que é superior à transação pendente com a Chevron, e os termos da transação com a Occidental podem variar daqueles que estão refletidos na proposta" atual, dizem os administradores.
Reagindo a este comunicado da Anadarko, a Chevron emitiu uma comunicação ao mercado na qual se lê apenas: "Acreditamos que o acordo assinado com a Anadarko dá o melhor valor e maior certeza aos acionistas da Anadarko". Na semana passada, a Occidental Petroleum anunciou uma oferta superior à da Chevron para adquirir a petrolífera Anadarko, que está a liderar um dos maiores investimentos de gás natural em Moçambique.
A oferta proposta à administração da Anadarko é de 76 dólares (68 euros) por ação, "o que representa um acréscimo de 20%" sobre a proposta feita pela petrolífera Chevron", escreveu a Occidental (que também assume a designação Oxy) em comunicado.
A Chevron, uma das maiores petrolíferas do mundo, anunciou no dia 12 de abril ter chegado a acordo para comprar a Anadarko por cerca de 33 mil milhões de dólares (30 mil milhões de euros), mas segundo as contas da agência financeira Bloomberg, a proposta da Oxy ascende a 38 mil milhões de dólares (34 mil milhões de euros). No entanto, a Bloomberg nota que a Occidental tem uma estrutura financeira mais reduzida que a Chevron, pelo que "não é imediatamente óbvio como financiaria a gigantesca unidade de gás natural liquefeito da Anadarko que está a ser desenvolvida em Moçambique".
A empresa pensa de outra maneira ao fazer a proposta: "A Occidental acredita que a sua proposta é superior financeira e estrategicamente para os acionistas da Anadarko, criando um líder global em energia com escala e diversificação geográfica para impulsionar o crescimento e entregar valor atraente e retorno aos acionistas de ambas as empresas", argumentou então a petrolífera.(Lusa)
O grupo The Navigator Company levou a contas uma imparidade de 6,7 milhões de euros e registou uma provisão adicional de 12 milhões de euros no exercício de 2018 devido ao projecto em Moçambique, informou o grupo português.
A imparidade diz respeito ao “justo valor” dos activos biológicos implantados na Zambézia e a provisão afigurou-se como necessária devido à situação em que se encontra o projecto florestal para a produção de estilha de madeira de eucalipto para exportação.
O documento com os resultados do exercício de 2018 recorda ter a subsidiária Portucel Moçambique e o governo de Moçambique assinado em 9 de Julho de 2018 um memorando de entendimento sobre a reformulação do projecto de investimento, que passaria a desenvolver-se em duas fases.
Numa primeira fase seria criada uma base florestal de cerca de 40 000 hectares, para o abastecimento de uma unidade (a construir) de produção de estilha de madeira de eucalipto para exportação, de cerca de um milhão de toneladas por ano, num investimento global estimado de 140 milhões de dólares.
Da assinatura do memorando de entendimento resultou a constituição de uma equipa conjunta para assegurar o cumprimento das condições precedentes necessárias para avançar com o investimento, onde se inclui o estabelecimento das infra-estruturas logísticas necessárias à exportação de estilha.
“A primeira fase do projecto está assim condicionada à boa resolução das condições precedentes identificadas no memorando de entendimento assinado com o Governo de Moçambique, o que, até à data, não se verificou”, pode ler-se no documento.
A Portucel Moçambique é uma empresa de direito moçambicano constituída em 2009 que ainda nesse ano recebeu do Conselho de Ministros de Moçambique, por um período de 50 anos renováveis, o Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT) de 173 mil hectares na província da Zambézia e de 183 mil hectares na província de Manica. (Macauhub)
A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique colocou ao serviço uma nova aeronave Boeing 737-700, matrícula C9-BAR. A chegada deste avião permitiu a dispensa de outro aparelho que tinha sido alugado a uma empresa sul-africana e que estava a trabalhar em regime de ACMI (avião, tripulação, manutenção e seguros) para a companhia de bandeira da República de Moçambique.
A nova aeronave é operada por tripulação moçambicana, desde pilotos aos assistentes de bordo e começou a voar sem a identidade corporativa LAM, dado que entrou de imediato na operação, revela um comunicado da companhia aérea, distribuído nesta sexta-feira, dia 26 de abril de 2019. Fez o primeiro voo na rota Maputo-Quelimane-Maputo.
Na frota própria da LAM, o novo avião vai substituir outro aparelho do mesmo modelo, mas da versão 500 (que na LAM tinha a matrícula C9-BAP), que esteve ao serviço desde 2012 e que deixou Moçambique em fevereiro deste ano, tendo sido vendido à companhia afegã Ariana Afghan Airlines, onde agora voa com a matrícula YA-FGA.
O avião que agora ingressou na frota moçambicana saiu de fábrica em maio de 2004 para a companhia norte-americana Aloha Airlines. Antes de vir para Moçambique esteve armazenado em França, no Aeroporto de Perpignan-Riversaltes, onde foi totalmente revisto na MRO da Sabena Technics, antes de ser entregue ao novo operador. A LAM afirma no comunicado que a aeronave, cuja configuração é de 132 assentos, dos quais 124 na Classe Económica e 8 na Classe Executiva, terá em breve uma decoração exterior de acordo com o lettering e os logótipos utilizados pela companhia moçambicana. Viajou no passado dia 15 de abril para Maputo, tendo feito uma escala técnica no Aeroporto de Accra, no Gana. Chegou no dia seguinte à capital moçambicana.
A aeronave estrangeira que esteve nos últimos meses ao serviço da LAM era um Boeing 737-300, e tinha o registo ZS-TGB. Iniciou o contrato em 21 de setembro de 2018. O último voo comercial ao serviço da LAM (TM312) foi realizado na quinta-feira, dia 25 de abril, entre Joanesburgo (África do Sul) e Maputo, capital de Moçambique.
Com a entrada do B737-700, matrícula C9-BAR, a frota da LAM é constituída por dois aviões B737-700 e dois Embraer E190. A empresa subsidiária MEX – Moçambique Expresso realiza voos com o código da LAM para aeroportos e em rotas de menor fluxo de passageiros, com uma frota de três aeronaves Embraer ERJ 145.
Moçambique tem uma longa tradição com os Boeing 737
A LAM, que durante o tempo colonial se denominava DETA – Transportes Aéreos de Moçambique, foi a primeira companhia, então com bandeira portuguesa, a receber aviões Boeing 737. Em janeiro do próximo ano assinala-se 50 anos sobre a data que chegou a território moçambicano o primeiro Boeing 737 (então com o registo CR-BAA). Uma novidade que exigiu uma escala em Lisboa, aquando da viagem de entrega desde os Estados Unidos da América.
Após a independência do território, em 1975, a companhia adquiriu a designação LAM – Linhas Aéreas de Moçambique e continuou a integrar o mesmo tipo de avião. Chegou a receber dois aviões novos Boeing 737-300 e dois Boeing 767-200ER (um foi cedido à SAA – South African Airways), recebidos diretamente da fábrica no final da década de oitenta do século passado. Dificuldades financeiras, agravadas pela situação de conflito armado que se viveu no país, levou a companhia a se desfazer desses aviões. (Catanho Fernandes, Newsavia)
As empresas subsidiárias da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), entidade pública moçambicana responsável pelo negócio do gás e petróleo, atravessam momentos difíceis, caracterizados por resultados marcadamente negativos. Grosso modo, suas contas estão no vermelho. O Relatório e Contas dos exercícios fiscais referentes aos anos 2016 e 2017, partilhado há dias pela ENH, expõe a situação financeira das suas seis subsidiárias, nomeadamente a CMH (Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos), a CMG (Companhia Moçambicana de Gasoduto), ENH Integrated Logistics Services, a ENH Logistics (ENHILS), a Gás Natural, PCD (Portos de Cabo Delgado) e a ENHL Bonatti. No Relatório apresentam-se também as contas das empresas nas quais a ENH detém participações, designadamente a Matola Gas Company, a ROMPCO, ENH Kogas e a ENMAR.
O documento refere que a CMH, onde a ENH detinha uma participação de 70% até 2017, contava com activos superiores a 23.6 mil milhões de Mts, menos 2 mil milhões que os do ano anterior, em que tinha mais de 25.7 mil milhões de Mts. Entretanto, os passivos reduziram de 12.1 milhões de Mts, em 2016, para pouco mais de 10.1 mil milhões de Mts, o mesmo acontecendo em relação aos capitais próprios, que registaram uma ligeira descida ao passar dos 13.856.025.687,00 Mts, em 2016, para 13.462.432.857,00 Mts.
A CMG, com uma participação de 80%, registou uma descida de quase 4 mil milhões de Mts nos seus activos, ao sair de 12.5 mil milhões de Mts, em 2016, para 8.7 mil milhões de Mts. Os passivos saíram de 6.9 mil milhões de Mts, em 2016, para 5.4 mil milhões, em 2017, enquanto os capitais próprios passaram de 5.6 mil milhões de Mts em 2016, para 3.3 mil Mts no ano seguinte.
Sobre a ENHILS, com 51% das acções da ENH, através da ENH Logistics, o Relatório e Contas refere que, em 2016, viu os seus activos reduzirem de 1.9 mil milhões de Mts para 1.3 mil milhões de Mts, 2017, enquanto os passivos caíram de 727 milhões de Mts para 259 milhões de Mts. Os capitais próprios eram avaliados em 1.055.906.298,00 Mts, depois de, no ano anterior, terem sido avaliados em 1.257.974.696,00 Mts.
Os 1.5 mil milhões de Mts que, em 2016, correspondiam aos activos da ENH Bonatti, onde a ENH possui uma comparticipação de 56%, caíram para 775 milhões de Mts no ano seguinte. Os passivos passaram de 1.3 mil milhões de Mts, em 2016, para 563 milhões, em 2017. Em termos de capitais próprios, a empresa registou um crescimento ao passar de 112 milhões para 211 milhões.
A empresa Gás Natural, na qual a ENH é dona de 51% das acções, fechou as contas a 30 de Junho de 2017 com activos de 1.4 mil milhões de Mts, contra 1.045 milhões de Mts dos passivos. No exercício fiscal anterior, os activos da empresa eram de 2.9 mil milhões de Mts, contra 2.196.177,00 Mts dos passivos.
Mas, se os resultados das anteriores empresas apresentam números ligeiramente positivos, já o mesmo não se pode dizer dos números das últimas duas empresas. A ENH Logistics, detida em 100% pela ENH, tem capitais próprios no vermelho, tendo fechado o exercício fiscal de 2017 daquela empresa com um valor negativo de 173 milhões de Mts, porém, não deixou de ser uma evolução. Em 2016, a ENH Logistics teve capitais próprios negativos de cerca de 416 milhões de Mts. Em 2017, os activos daquela companhia eram de 276 milhões de Mts, contra os 449 milhões de Mts dos passivos. Em 2016, os activos foram de 322 milhões de Mts e os passivos de 738 milhões de Mts.
Finalmente, a PCD, na qual cabe à ENH uma comparticipação de 50%, numa parceria com os CFM, fechou o mês de Junho de 2017 com activos de 86 milhões de Mts, contra 964 milhões de Mts dos passivos. Teve capitais próprios negativos, na ordem dos 896 milhões de Mts. Em 2016, os activos foram de 137 milhões de Mts, contra os mais de mil milhões de Mts, de passivos. Os capitais próprios atingiram um valor negativo de 922 milhões de Mts. O Relatório e Contas dos exercícios fiscais relativos aos anos 2016 e 2017 sublinha que as seis subsidiárias da ENH tinham, até ao exercício fiscal a que se fez referência, um capital social cujo valor total era de 749.001.913 Mts. (Abílio Maolela)
O Banco de Moçambique (BM) afirma que o fluxo da dívida pública interna contraída com recurso a Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e adiantamentos do Banco de Moçambique aumentou desde Março último, em 2.213 milhões de Mts passando o saldo para 122.273 milhões de Mts.
A informação consta do comunicado do último Comité de Política Monetária (CPMO), reunido na passada quinta-feira, em Maputo. No entanto, o BM diz que “os montantes acima não tomam em consideração outros valores de dívida pública interna, tais como contratos mútuos e de locação financeira, assim como responsabilidades em mora”.
Na sua terceira reunião, neste ano, o BM decidiu manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 14,25%. Decidiu, igualmente, manter as taxas da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD) e da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) em 11,25% e 17,25%, respectivamente, bem como os coeficientes de Reservas Obrigatórias (RO) para os passivos em moeda nacional e em moeda estrangeira em 14,0% e 36,0%, respectivamente.
De acordo com o documento, a decisão do BM é fundamentada pelo facto de as perspectivas actuais de médio prazo apontarem para um ligeiro agravamento das projecções de inflação para o final do ano, que, no entanto, não compromete o objectivo de estabilidade macroeconómica.
“Tal resulta, sobretudo, do choque de oferta causado pelos desastres naturais que têm assolado Moçambique nos tempos mais recentes, conjugado com as tendências para depreciação do Metical no mercado cambial doméstico e para aumento do preço do combustível no mercado internacional”, lê-se no comunicado.
Outros indicadores relevantes da economia que o Banco Central apreciou no último CPMO
Inflação
A inflação continua baixa e estável, embora permaneçam riscos de aceleração. A inflação anual, medida pela variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Moçambique, situou-se em 3,41% em Março de 2019, contra 3,05% em igual período de 2018. Esta evolução reflecte uma relativa estabilidade de preços nas cidades de Maputo e Nampula, que permitiram atenuar o agravamento de preços na cidade da Beira, decorrente da primeira ronda de efeitos do ciclone IDAI. Apesar de os riscos de aceleração da inflação prevalecerem, a recente revisão em baixa dos preços dos combustíveis poderá contribuir para amortecer, no curto prazo, a expectativa de pressão inflacionária decorrente do choque de oferta. A avaliação das condições actuais da economia moçambicana resulta na projecção de uma inflação em torno de um dígito, no médio prazo.
Actividade económica
A actividade económica continua modesta, perante as incertezas quanto à magnitude do efeito dos desastres naturais, com destaque para o do ciclone IDAI. No curto prazo, e reflectindo os impactos do Ciclone, poderá observar-se um refreamento do crescimento, prevendo-se uma recuperação em 2020, ainda que abaixo da máxima capacidade produtiva do País.
Mercado cambial
O mercado cambial doméstico continua sob pressão. O Metical mantém a tendência para depreciação iniciada em Janeiro último, tendo sido cotado em 64,63 MZN/USD no dia 24 de Abril de 2019, após 62,73 MZN/USD no dia 5 de Março. No mesmo período, a cotação do ZAR passou de 4,43 para 4,60 MZN/ZAR. Esta perda de valor da moeda nacional, que ocorre num período em que os riscos externos se mantiveram elevados, reflecte também o excesso da procura de divisas decorrente do agravamento do défice da conta corrente, que, de acordo com os dados do IV trimestre de 2018, se deteriorou em termos homólogos em 98,8%, ao atingir 2.008 milhões de USD.
Reservas Internacionais Brutas
As reservas internacionais mantêm-se em níveis confortáveis. Desde o último CPMO até ao dia 19 de Abril de 2019, o saldo das reservas internacionais brutas aumentou USD 99,3 milhões, para USD 3.047,6 milhões, valor que permite cobrir acima de 6 meses de importação de bens e serviços, excluindo as transacções dos grandes projectos.
Taxas de juros a retalho
As taxas de juro a retalho continuam a reduzir. A taxa de juro média de crédito para o prazo de um ano reduziu de 20,55%, em Janeiro, para 20,23%, em Fevereiro, e a taxa de juro média de depósitos para o mesmo prazo reduziu de 10,87% para 10,74% no mesmo período. Em Fevereiro, o crédito bancário ao sector privado registou um aumento mensal de 1,1%.
Ciclone IDAI agravou as fontes de riscos sobre as projecções de inflação.
A nível interno, as principais fontes de risco são a sustentabilidade da dívida pública no contexto das incertezas quanto ao financiamento do défice das eleições de 2019, à qual acresce a necessidade de assistência humanitária, reconstrução de infra-estruturas e perda de receita pública na região centro. Mantêm-se ainda as incertezas quanto à evolução dos preços dos bens administrados. A nível externo, subsistem riscos significativos de refreamento do crescimento mundial em face da continuação da tensão comercial entre as principais economias, com impacto nos fluxos de comércio externo e na volatilidade dos preços internacionais das mercadorias, com destaque para o do petróleo. O preço do barril de petróleo situou-se em USD 74,57 no fecho do dia 24 de Abril de 2019, contra os USD 73,86 observados no mesmo período de 2018. (Carta)
Dois meses depois da paralisação das suas actividades, devido a dois ataques protagonizados por insurgentes contra duas caravanas de empresas sub-contradas para a construção da vila de reassentamento e do Aeródromo de Palma, a petrolífera norte-americana Anadarko promete retomar as suas actividades brevemente. Em conversa com “Carta”, o Assessor de Comunicação da Anadarko, Hélder Ossemane, disse que a empresa está a trabalhar em parceria com o Governo para fortalecer a segurança nas zonas relevantes, de modo a retomar as actividades naquela parcela do país.
“Estamos a trabalhar em estreita colaboração com o Governo para aumentar a segurança dentro e à volta do nosso local do Projecto. Esperamos que, como resultado desse esforço conjunto, em breve possamos retomar o trabalho”, disse Ossemane sem avançar as datas. Também sem nenhuma data exacta, a fonte garantiu que a Anadarko continua bem posicionada para tomar a Decisão Final de Investimento “durante o primeiro semestre deste ano (até finais de Junho)”, conforme avançou, anteriormente.”
Os dois ataques que levaram a Anadarko a suspender suas obras, aconteceram a 21 de Fevereiro passado, na estrada entre Mocímboa da Praia e Afungi, a cerca de 20 km do local da construção. Na sequência destes ataques, a Anadarko anunciou a paralisação das suas actividades. Refira-se que por causa da insegurança em Cabo Delgado aquela multinacional terá requisitado, em concurso público, seis blindados acompanhados de serviços de mecânica e gestão, para protecção do seu Projecto Mozambique LNG. (E.C.)