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Economia e Negócios

As vendas de bens realizadas pela economia moçambicana para o resto do mundo renderam 2.2 biliões de USD, o correspondente a um decréscimo de 1 milhão USD no terceiro trimestre de 2023. A queda nas receitas de exportação é justificada, essencialmente, pela diminuição das vendas dos produtos da economia tradicional em 5,3%, com ênfase para os produtos agrícolas, nomeadamente, tabaco, algodão, banana, açúcar e amêndoa de caju.

 

Entretanto, as receitas de exportação dos Grandes Projectos (GP) cresceram em 1,8%, num contexto em que o carvão mineral, alumínio e areias pesadas registaram um decréscimo nas vendas. Os dados constam do Relatório Trimestral da Balança de Pagamentos referente ao terceiro trimestre de 2023, publicado esta semana pelo Banco de Moçambique. Do documento, consta que, no geral, a evolução nas receitas de exportação das areias pesadas, carvão mineral e alumínio, deveu-se ao efeito combinado da queda dos preços médios internacionais e do volume exportado.

 

“Importa referir que, no caso das areias pesadas, a diminuição do volume exportado deveu-se a problemas logísticos enfrentados pela principal empresa exportadora durante o processo de escoamento do produto, enquanto para o alumínio a queda é consequência da avaria registada nos equipamentos de produção deste minério”, sublinha o Relatório.

 

Por sua vez, a fonte refere que as receitas provenientes da exportação de gás natural e energia eléctrica cresceram em 371,3 milhões de USD e 62,2 milhões de USD, respectivamente. O incremento das receitas de gás natural é explicado, essencialmente, pelo incremento do volume exportado, em linha com o início da exploração e exportação do gás da área 4 da bacia do Rovuma, apesar do preço médio internacional ter decrescido em 77,8%.

 

Quanto à energia eléctrica, o Banco Central explica no Relatório que as receitas cresceram, principalmente, devido à actualização positiva do preço da tarifa aplicada aos principais clientes, pela principal empresa exportadora deste recurso.

 

“Excluindo os GP, os ganhos com a venda de diversos produtos da economia moçambicana, para o resto do mundo, decresceram em 5,3%, tendo-se fixado em USD 558,9 milhões”, lê-se no Relatório Trimestral da Balança de Pagamentos referente ao terceiro trimestre de 2023. Em termos específicos, os produtos tradicionais de exportação, como o Rubi, registaram variações negativas e as receitas provenientes deste minério reduziram em 100%, como resultado da não realização de leilões.

 

Segundo o Banco Central, as receitas do Tabaco situaram-se em 27 milhões de USD, menos 15,5 milhões de USD, em comparação a igual período de 2022, essencialmente, devido ao decréscimo do volume exportado em 40,9%. Para a instituição, a queda do volume é explicada por atrasos registados no processo de transporte da mercadoria.

 

Já em relação ao Algodão, as suas vendas renderam ao país 4,2 milhões USD, menos 1,8 milhão de USD em relação ao período homólogo de 2022. A redução das receitas está associada ao efeito combinado da diminuição do volume exportado em 99,9% e do preço da fibra de algodão no mercado internacional em 14%, respectivamente. No que toca à Banana, as vendas deste produto renderam ao país cerca de 6 milhões de USD, um decréscimo de 3,9 milhões de USD, quando comparado ao período homólogo de 2022.

 

Em relação ao Açúcar, as receitas provenientes da exportação deste produto situaram-se em 8,8 milhões de USD, o que representa uma retracção de 54,6% face a igual período de 2022, devido à contracção no volume exportado, facto associado ao decréscimo da produção. A queda na produção é justificada pela fraca disponibilidade da cana-de-açúcar depois das cheias e inundações registadas no I trimestre do ano.

 

“A Amêndoa de caju – as vendas deste produto registaram uma diminuição de 4,5%, tendo-se fixado em USD 6 milhões, explicada, essencialmente, pela queda no volume exportado. A redução do volume exportado é justificada pela diminuição do número de unidades de processamento de castanha a operar actualmente, aliada à descida do preço no mercado internacional. As vendas de legumes e hortícolas registaram um acréscimo de 41,7%, tendo-se fixado em USD 59,5 milhões, como resultado do incremento nas quantidades comercializadas”, concluiu o Relatório Trimestral da Balança de Pagamentos referente ao terceiro trimestre de 2023. (Carta)

Os dados do III trimestre de 2023 apontam para um influxo do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) no montante de 701,5 milhões de USD, o equivalente ao aumento de 620,1 milhões de USD, em relação ao período homólogo de 2022, como resultado do crescimento do IDE, por parte dos Grandes Projectos (GP), em mais de 100%, assim como o das empresas da economia tradicional, em 37,4%. Os dados constam do Boletim da Balança de Pagamentos referente ao III trimestre, publicado há dias pelo Banco de Moçambique.

 

Em termos acumulados, a fonte revela que o IDE registou um incremento nos influxos, em 15,2% e fixou-se em 1.5 bilião de USD, o que reflecte o aumento dos encaixes de recursos financeiros, por parte dos GP, em 21,0% para 1.2 bilião de USD, numa altura em que os outros Sectores da economia registaram uma queda em 2,4%, para 320,6 milhões de USD.

 

Desagregando o IDE do período em análise, o Banco Central assinalou que a indústria extractiva manteve a sua posição de maior receptora de fluxos de investimento, ao encaixar um total de 549 milhões de USD, com destaque para os recursos destinados ao financiamento das operações de exploração de gás em 358,8 milhões de USD.

 

“A actividade de extracção do carvão mineral registou, igualmente, um aumento na entrada de recursos, em mais de 100%, ao passar de pagamentos líquidos de USD 210,1 milhões no III trimestre de 2022 para recebimentos líquidos de USD 170,6 milhões, em 2023. Desagregando o IDE por instrumentos, o Outro Capital apresenta-se como a principal forma de realização de Investimento Directo Estrangeiro, ao fixar-se em USD 634,0 milhões, representando 90,4% do total do IDE, lê-se no Relatório.

 

Já o IDE realizado sob a forma de Outro Capital foi financiado com recurso à mobilização de instrumentos como suprimentos e créditos comerciais, com destaque para os influxos dos GP. O Banco Central salienta que estes instrumentos constituem dívida externa privada para Moçambique que, em caso de incumprimento no seu pagamento, agrava a posição devedora do país.(Carta)

A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), em Moçambique, renovou em 2023 o pico de produção elétrica dos últimos cinco anos, que cresceu 2% face a 2022, para 16.057,55 GigaWatt-hora (GWh), anunciou hoje a empresa.

 

Em comunicado, a HCB refere que este pico de produção da hidroelétrica no ano passado ficou ainda 12,36% acima das projeções iniciais para 2023 e dos 15.753,5 GWh produzidos em 2021.

 

"A produção anual alcançada até 31 de dezembro de 2023 é a maior dos últimos cinco anos e resulta de uma gestão criteriosa, da disponibilidade hídrica da barragem e da implementação do reforço da operação e manutenção permanente dos equipamentos de geração e transporte hidroenergéticos", afirma o presidente do conselho de administração da HCB, Tomás Matola, citado no comunicado.

 

A hidroelétrica moçambicana acrescenta que o nível de armazenamento na albufeira esteva no final de 2023 a 75% da sua capacidade útil, “valor recomendado pelas normas de exploração da barragem e da albufeira no que concerne à segurança hidráulica operacional”.

 

“Este armazenamento representa uma margem considerável da capacidade de encaixe da albufeira, face às eventuais afluências elevadas das barragens e outros rios a montante, no pico da [época] chuvosa que acaba de iniciar. Este fator poderá permitir reduzir possíveis impactos negativos nas zonas ribeirinhas dos distritos a jusante, tal como ocorreu no início de 2023, quando a barragem contribuiu significativamente para a mitigação de inundações nas regiões de Muturara e Caia”, sublinha a HCB.

 

O presidente do conselho de administração explica ainda que a empresa faturou, aos seus principais clientes, “valores consideráveis e coincidentes com a produção hidroenergética e revisão tarifária ao estrangeiro”.

 

“As previsões de lucros apontam para cifras que permitirão à empresa honrar os seus compromissos com o Estado e fornecedores de equipamentos, bens e serviços necessários ao empreendimento. As perspetivas para 2024 indicam uma consolidação dos principais indicadores financeiros da HCB, o que reforçará a posição estratégica da empresa enquanto elemento-chave para o desenvolvimento e para a economia nacional", afirma Tomás Matola.

 

No final de 2022, segundo os últimos dados disponíveis, a HCB contava com 780 trabalhadores e registou então lucros de 9.207 milhões de meticais (131,6 milhões de euros), um aumento de 9,3% face a 2021.

 

A operação comercial daquela barragem teve início em 1977, com a transmissão dos primeiros 960 MegaWatts (MW), produzidos por três geradores, face à atual capacidade instalada de 2.075 MW, segundo dados da HCB.

 

Dois marcos tornaram depois possível a 'moçambicanização' do empreendimento, após a independência de Moçambique, recordou anteriormente a empresa.

 

O primeiro ocorreu em 31 de outubro de 2006, com a assinatura do protocolo que continha as condições necessárias para a reversão e a transferência do controlo de Portugal para o Estado moçambicano, e o segundo materializou-se um ano depois, com a conclusão da reversão, em 27 de novembro de 2007.

 

O acordo de reversão da HCB permitiu que o controlo da barragem passasse do Estado português para a contraparte moçambicana, num acontecimento descrito pelo então chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, como a "segunda independência de Moçambique".

 

A albufeira de Cahora Bassa é a quarta maior de África, com uma extensão máxima de 270 quilómetros em comprimento e 30 quilómetros entre margens, ocupando cerca de 2.700 quilómetros quadrados e uma profundidade média de 26 metros.

 

A barragem está instalada numa estreita garganta do rio Zambeze e a sua construção decorreu de 1969 a 01 de junho de 1974, dando início ao enchimento da albufeira.

 

A HCB admitiu em agosto a “reativação” do projeto da nova central, a norte, face à crescente demanda de eletricidade na região.(Lusa)

O Access Bank finalizou recentemente a aquisição do African Banking Corporation Zambia Limited, que ainda actua como Atlas Mara Zâmbia, consolidando a sua posição como um dos cinco maiores Bancos daquele país africano. A operação foi concluída após a aprovação regulatória e o cumprimento de todas as condições contratuais e permite que, desde já, o Atlas Mara seja completamente uma filial do Access Bank Zâmbia.

Nos termos acordados, os dois bancos vão continuar a operar separadamente até que   todos   os   processos   relacionados   com   a   integração   estejam   concluídos. Terminado o processo de fusão, as entidades combinadas vão tornar-se num dos cinco maiores bancos da Zâmbia na arrecadação de receitas, com perspectivas de se encontrarem entre os três maiores até 2027.

Esta transacção estratégica permitirá ao Access Bank expandir as suas operações, oferecendo uma série de serviços financeiros e fortalecendo o seu compromisso com o desenvolvimento económico da Zâmbia. Nos últimos dois anos, o Access Bank tem vindo a reforçar a sua presença global em África com a aquisição, no segundo semestre de 2023, de participações de dois bancos em Angola, e a aquisição do Standard Chartered noutros  países   como Camarões, Gâmbia e Serra Leoa. 

A instituição financeira consumou ainda o negócio de Consumer, Private & Business Banking, na Tanzânia. O  Administrador-Delegado   do   Access   Bank   Mozambique,   Marco   Abalroado, expressou satisfação, considerando que  “esta aquisição representa um marco  importante para a nossa estratégia de expansão e de crescimento contínuo, sendo que só no último ano realizámos novas aquisições em quatro países”.

E acrescentou: “Estamos   melhor   posicionados   para   atender   às  necessidades financeiras dos nossos clientes em Moçambique e na região da  SADC   e   acreditamos   que   esta   integração   proporcionará   sinergias  operacionais e estratégicas, permitindo a optimização de recursos e a oferta  de serviços financeiros inovadores e eficientes".(Carta)

Um estudo levado a cabo pelo Standard Bank Moçambique concluiu que a actividade económica do sector privado abrandou em Dezembro de 2023 e, consequentemente, em todo o último trimestre do ano. O principal valor calculado pelo inquérito Purchasing Managers’ Index (PMI) caiu para 48,8 pontos em Dezembro, contra 49,6 em Novembro, tendo como metodologia que valores abaixo de 50 pontos significam queda e acima de 50 pontos apontam para uma melhoria nas condições das empresas.

 

O relatório do estudo refere que a queda do PMI colocou o sector privado moçambicano em zona de contracção pelo segundo mês consecutivo em Dezembro, atingindo o indicador mais baixo dos últimos 11 meses. Comentando os resultados do estudo, o Economista-chefe do Standard Bank Moçambique, Fáusio Mussá, explica que a queda do PMI reflectiu principalmente contracções na produção, nas novas encomendas, nos stocks de aquisições e na quantidade de aquisições, o que aponta para uma procura agregada moderada.

 

Segundo Mussá, as empresas enfrentaram custos de aquisição mais elevados em Dezembro, mas não conseguiram aumentar os preços de venda na mesma magnitude, devido à fraca procura.

 

“O PIB para os três trimestres até Setembro de 2023 registou um crescimento médio de 4,9% em termos homólogos, apoiados pelo aumento da produção na plataforma Coral Sul, que fez com que o PIB [Produto Interno Bruto] do sector extractivo crescesse 39,5% em termos homólogos. O crescimento do PIB do sector não extractivo foi mais suave, situando-se em 2,7% em termos homólogos”, acrescentou o economista.

 

Para 2024, Mussá diz que o Standard Bank mantém a sua previsão de crescimento do PIB de 5,1% em termos homólogos, mesmo considerando que o crescimento pode abrandar no sector extractivo, apesar do esperado apoio da provável retoma do investimento do gás natural em Cabo Delgado, bem como do aumento das despesas de investimento do Estado, num ano com eleições gerais marcadas para Outubro de 2024.

 

“A inflação, que se situou em 5,4% em termos homólogos em Novembro de 2023, deverá continuar a aumentar, reflectindo sobretudo as pressões sobre os preços dos produtos alimentares. Mantemos a nossa previsão de inflação no fim do ano em 5,9% em termos homólogos para 2024”, assinalou o Economista-chefe do Standard Bank.

 

O PMI do Standard Bank Moçambique é compilado mensalmente, desde Março de 2015, a partir das respostas aos questionários enviados aos directores de compras de um painel de cerca de 400 empresas do sector privado. O painel é estratificado por sector específico e dimensão das empresas em termos de número de colaboradores, com base nas contribuições para o PIB. Os sectores abrangidos pelo inquérito incluem a agricultura, a mineração, o sector manufatureiro, a construção, o comércio a grosso e a retalho e os serviços. (Carta)

O Ministério da Economia e Finanças (MEF) publicou, esta terça-feira (09), a Proposta da Estratégia Nacional de Desenvolvimento (ENDE) 2024-2043, um instrumento de planificação que estabelece as directrizes estratégicas para alcançar o crescimento económico e o desenvolvimento social de forma sustentável e inclusiva ao longo dos próximos 20 anos. Das 13 metas, a ENDE 2024-2043 prevê que o rendimento médio anual de cada moçambicano cresça cinco vezes mais, atingindo os 3.3 mil USD. Prevê ainda melhorar a esperança de vida à nascença de 55.7 anos para 76 anos.

 

Os principais objectivos da Estratégia abrangem o fortalecimento da governação e da transparência, o desenvolvimento da infra-estrutura estratégica do país, o desenvolvimento do capital humano, a promoção da diversificação da economia, o aumento da produtividade e competitividade, a garantia do acesso e qualidade dos serviços básicos, a promoção da inclusão social e a sustentabilidade ambiental.

 

Para alcançar esses objectivos, a proposta da ENDE é operacionalizada por cinco pilares fundamentais: Transformação Estrutural da Economia; Transformação Social e Demográfica; Infra-estruturas e Ordenamento Territorial; Governação; e Ambiente e Economia Circular. Cada pilar é constituído por objectivos estratégicos, indicadores de resultado e metas a serem atingidas até 2043.

 

Com a implementação da proposta da ENDE 2024-2043, o Governo prevê alcançar 10 resultados, nomeadamente: melhoria na eficácia e transparência da governação; estabilidade macroeconómica e crescimento económico diversificado, inclusivo e sustentável; aumento da renda per capita e melhoria da qualidade de vida da população; redução significativa da pobreza e das desigualdades sociais; melhoria na saúde e educação da população, resultando no aproveitamento do dividendo demográfico e numa força de trabalho mais qualificada e produtiva.

 

Dos 10 resultados da Estratégia, espera-se ainda o desenvolvimento de sectores que agregam valor e fortalecem a competitividade do país, com destaque para agro-indústrias; avanços significativos na área de pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico; implementação de políticas públicas focadas na sustentabilidade e protecção do meio ambiente; melhoria na infra-estrutura económica e social, impulsionando o desenvolvimento em todas as zonas do país; e consolidação de uma economia resiliente, capaz de enfrentar desafios internos e externos.

 

Relativamente às metas (13), a proposta da ENDE para os próximos 20 anos prevê aumentar a taxa média anual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real de 4.1% para 9.2%; elevar a taxa de rendimento médio per capita (ou renda pessoal em salário, em pensões etc.) dos actuais 605.9 USD (38.1 mil Meticais) para 3.3 mil USD (208.4 mil Meticais); melhorar a esperança de vida à nascença de 55.7 anos para 76 anos; reduzir a taxa de analfabetismo de 38.3% para 19.3%;

 

A Estratégia prevê igualmente aumentar o acesso à energia da rede pública de 39% para 100%; aumentar o acesso à água segura de 53.6% para 85%; aumentar o acesso ao saneamento seguro de 31.7% para 68%; reduzir a proporção da população que vive abaixo da linha de pobreza nacional de 68.2% para 27.9%; e reduzir o índice de desigualdade de 5 para 3.

 

Com a ENDE 2024-2023, o Executivo pretende ainda melhorar a percepção do controlo da corrupção (pontos 0 a 100), de 15.9 pontos para 42 pontos; aumentar o Investimento Directo Estrangeiro (IDE), em percentagem do PIB, de 10.7% para 45.9%; melhorar a capacidade de previsão e resposta a eventos extremos (cheias, secas, etc.) de cinco dias para dois dias; aumentar o Índice de Desempenho Ambiental, (pontos de 0 a 100), de 31.7 pontos para 59.9 pontos.

 

O MEF sublinha que a implementação da ENDE requer a coordenação e articulação de diversos actores, tanto públicos quanto privados, nacionais e internacionais, que participam das diferentes etapas do ciclo de gestão de projectos: planificação, execução, monitoria e avaliação. A ENDE conta com um sistema integrado de gestão para acompanhar o progresso, verificar o cumprimento das metas, avaliar os resultados alcançados e facilitar a comunicação, a transparência e a prestação de contas.

 

Para o Executivo, a ENDE é um instrumento ambicioso com o objectivo de transformar o país numa economia moderna, competitiva, sustentável e inclusiva. Para o sucesso da implementação da ENDE, o Governo diz que é fundamental o envolvimento activo de todas as partes interessadas, incluindo, sem esgotar, o Governo, sector privado, sociedade civil, parceiros de cooperação e academia. O sucesso dependerá de um compromisso político sólido, mobilização de recursos significativos em termos humanos e financeiros, e avaliações regulares do progresso. (Evaristo Chilingue)

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