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O Município de Maputo diz que o Projecto que contempla o sistema de Bus Rapid Transit – autocarros de rápido trânsito (BRT) já saiu do papel. “O projecto que contempla o BRT está a ser implementado no Município de Maputo e em toda a área Metropolitana de Maputo, pela Agência Metropolitana de Transportes (AMT)”, disse há dias o Vereador de Mobilidade, Transportes e Trânsito no Município de Maputo, Fernando Wache, falando à margem de um seminário que discutiu a actualização do Plano Director de Implementação Estratégica para o Sistema de Transportes Urbanos (SIMPUT) no Grande Maputo.

 

Entretanto, Wache começou por dizer que a instituição ideal para falar do BRT seria a AMT, pois o Município de Maputo não tem a gestão directa do Projecto, embora tenha uma participação activa. Das informações que tem tido das reuniões no âmbito do Projecto MOVE, o vereador disse que, neste momento, já está em fase avançada a produção de desenhos de detalhe. Esses desenhos permitirão passar para a fase seguinte com a construção das obras necessárias para a implementação efectiva do BRT.

 

“Entretanto, há obras em curso no âmbito da fase de implementação rápida do projecto. Na cidade de Maputo, na Av. 24 de Julho, decorrem obras de reabilitação. No âmbito do projecto, as obras consistiram também na reabilitação de algumas avenidas. Recentemente acompanhamos o anúncio de obras de duas vias na Matola”, detalhou o gestor.

 

Wache acredita que se tudo correr conforme o actual estágio, até meados de 2026, o Projecto vai arrancar na sua totalidade. “Se as coisas continuarem a correr como estão neste momento, atingiremos o objectivo de lançar o projecto em meados de 2026”, afirmou o Vereador de Mobilidade, Transportes e Trânsito no Município de Maputo. O BRT enquadra-se no Projecto MOVE, relançado em Abril de 2023, (pois já tinha sido lançado entre 2014 a 2016) pelo Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) e é orçado em 250 milhões de USD, financiados pelo Banco Mundial.

 

No dia do relançamento, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, explicou que Projecto MOVE Maputo visa responder aos desafios relacionados à falta de transporte no Grande Maputo, através da implementação do BRT que, para além de melhorar a infra-estrutura para os cidadãos, também garantirá um melhor serviço para todos.

 

Segundo Magala, o sistema BRT, implementado com sucesso em mais de 300 cidades no mundo, prevê faixas exclusivas para autocarros de transporte público, sendo uma alternativa acessível e rápida, para resolver muitos dos problemas de transporte. Detalhou que o BRT será inicialmente constituído por serviços no corredor Baixa-Magoanine-Zimpeto­-Matola Gare beneficiando mais de 124 mil passageiros. Os bairros abrangidos passarão a ter estradas de acesso mais seguras e resilientes, incluindo iluminação e passeios renovados, percursos pedonais, ciclovias, estradas asfaltadas e sistemas de drenagem das águas.

 

Para além da componente de infra-estruturas, o governante sublinhou que este projecto prevê a possibilidade de adquirir 120 autocarros que representam uma oferta de 124,000 passageiros por dia, numa altura em que a Área Metropolitana de Maputo, com cerca de 3 milhões de habitantes, detém ao nível do país os municípios de Maputo com maior densidade populacional, Matola com maior número de habitantes e Boane com maior área, para além de concentrar mais de 70% do parque automóvel de todo o país. (Evaristo Chilingue)

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O Município de Maputo reuniu-se esta quinta-feira (12) com a Agência Metropolitana de Transporte (AMT), a Agência Japonesa de Desenvolvimento (JICA) e representantes dos municípios da Matola, Boane, Marracuene e Matola- Rio, entre outros, para discutir a actualização do Plano Director de Implementação Estratégica para o Sistema de Transportes Urbanos para os próximos 10 anos na Área Metropolitana do Grande Maputo (SIMPUT).

 

Segundo o Presidente do Município de Maputo, Rasaque Manhique, a edilidade encara o projecto de actualização do Plano como uma resposta aos grandes desafios do sector dos transportes e mobilidade urbana em Maputo. “Sabemos que a questão do transporte tem causado caos na cidade de Maputo e, enquanto não sentarmos e debater soluções, o problema vai persistir, daí o encontro para que o mais rápido possível possamos encontrar o melhor caminho para a problemática da mobilidade urbana”, afirmou Manhique.

 

Com o instrumento em implementação, o edil espera melhorias no transporte público e mobilidade urbana. “Com a implementação do Plano, esperamos contribuir de forma concreta para melhorar a mobilidade urbana e acessibilidade; expandir a rede rodoviária e gestão adequada de tráfego; reforçar os mecanismos de planeamento e de execução”, afirmou o Presidente do Município

 

Por seu turno, o Presidente da AMT, António Matos, disse ser importante discutir como melhorar o transporte público e a mobilidade em Maputo, por ser a capital mais densa de Moçambique, com mais viaturas, mais congestionamento, mais poluição e que recebe cerca de 800 mil, às vezes até um milhão de pessoas por dia.

 

“Por isso esse projecto que estamos actualizar é bem-vindo nessas alturas, uma vez que o primeiro Plano Director era de 2014 a 2024. No âmbito deste Plano, temos a Estrada Circular e a Ponte Maputo-Katembe que alteraram drasticamente a matriz de origem e destino do tráfego e dos passageiros”, assinalou Matos. A actualização do Plano de 2014 conta com o apoio técnico da JICA e arrancou em 2023, com duração de três anos. (Evaristo Chilingue)

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O Governo ratificou ontem o acordo para o reconhecimento Mútuo e Troca de Cartas de Condução com o Quénia, assinado em Maputo, a 10 de Agosto de 2023. Este acordo permitirá que um cidadão com carta de condução moçambicana conduza nas estradas quenianas e vice-versa. A informação foi partilhada esta quinta-feira, à saída da 27ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros.

 

Nesta sessão, foi apreciado o ponto de situação da implementação dos programas de Segurança Social Básica, no período de 2023 e de Janeiro a Junho de 2024 e as acções realizadas na área da mulher e género, em 2023.

 

Foi também apreciado o ponto de situação da certificação dos finalistas do ensino técnico-profissional e da formação e certificação dos formadores, o balanço da 59ª Edição da Feira Internacional de Maputo – FACIM 2024 e das celebrações do 50º aniversário do 7 de Setembro, Dia da Vitória. (Carta) 

sexta-feira, 13 setembro 2024 01:24

Camião arde em marcha na Ponte Maputo-Katembe

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Um camião de grande tonelagem, carregado com uma máquina escavadora, ardeu em plena marcha esta quinta-feira (12) na Ponte Maputo-Katembe. O incêndio ocorreu no fim da tarde, quando o camião estava em movimento. O motorista só se apercebeu do fogo quando foi alertado por outros automobilistas que circulavam na mesma via.

Entretanto, o motorista do camião não soube explicar o que aconteceu. Num breve contacto com a imprensa, ele explicou que estava a conduzir normalmente quando alguém o alertou de que o camião estava a pegar fogo, levando-o a parar para ver o que estava a acontecer.

Na ocasião, o motorista desceu com os seus ajudantes para tentar remover a máquina que estava a ser transportada pelo camião, mas não foi possível porque o incêndio já tinha tomado grandes proporções tendo danificado o motor do veículo. O trânsito naquela via acabou ficando condicionado por algumas horas e só foi retomado depois que os bombeiros conseguiram debelar o incêndio e evitar que o pior acontecesse. (Carta)

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Passados 10 dias do decurso da campanha eleitoral para as sétimas Eleições Gerais e as quartas Eleições Provinciais em Moçambique, a Sala da Paz, uma plataforma de observação constatou que 31 partidos e o candidato Venâncio Mondlane haviam recebido a primeira tranche (50%) dos fundos destinados à campanha eleitoral. No entanto, um total de seis partidos políticos concorrentes ainda não havia recebido.

 

A Plataforma diz tratar-se do Partido de Reconciliação Democrática (PAREDE), Partido de Unidade Nacional (PUN), Congresso dos Democratas Unidos (CDU), Associação dos Deficientes de Moçambique (ADEMO), Partido Democrático para a Libertação de Moçambique (PADELIMO) e Partido Renovador Democrático (PRDS).   

 

Num informe dos primeiros 15 dias da campanha eleitoral, a Sala da Paz aponta que os atrasos nesses partidos, de forma particular, devem-se às dificuldades enfrentadas nos detalhes financeiros tais como: libertação da Quota Financeira pelo Tesouro e regularização do Número de Identificação Tributária.

 

“Entretanto, dados mais recentes indicam que, até ao dia 7 de Setembro, ainda havia dois concorrentes que não haviam recebido a primeira tranche dos fundos do Estado para o financiamento de campanha, nomeadamente, ADEMO que submeteu recentemente a sua documentação e PRDS que ainda não submeteu nenhuma documentação”, sublinha o informe da Sala da Paz.

 

Do relatório da avaliação do decurso da campanha eleitoral, da plataforma com mais de 400 observadores por todo o país, consta que a província de Cabo Delgado apresenta um contexto atípico devido ao terrorismo, apesar do desempenho da polícia e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e do Ruanda, para garantir segurança.

 

A Sala da Paz constatou, contudo, a ocorrência de um ataque a uma viatura policial ao nível do distrito de Mocímboa da Praia, ocorrido no dia 31 de Agosto. Este ataque resultou na morte de uma jovem e um número não especificado de feridos. “Este acto, embora não directamente relacionado com a campanha eleitoral, retraiu de alguma forma membros e simpatizantes de partidos políticos interessados em sair às ruas para fazer o seu trabalho e constitui uma violação aos direitos fundamentais de reunião e manifestação”, relata o documento.

 

Ao nível daquela província, a Plataforma reitera o apelo para a tomada de medidas cautelares por parte de todos os intervenientes, para evitar a ocorrência de incidentes violentos. Para o efeito, a Sala da Paz entende ser importante o reforço da colaboração entre os candidatos e os agentes da Polícia da República de Moçambique. (Evaristo Chilingue)

 

Está em finalização o acordo comercial para fornecimento de energia eléctrica adicional à República da África do Sul, com vista a ajudar o país a reduzir a crise energética com que se debate. Segundo o jornal “Notícias”, uma equipa liderada pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Carlos Zacarias, manteve recentemente um encontro com a contraparte sul-africana visando criar condições para a operacionalização do acordo o mais rápido possível.

 

De acordo com o periódico, o documento que formaliza o incremento de electricidade foi assinado entre os governos dos dois países, estando actualmente a serem acautelados os últimos detalhes do negócio.

 

Zacarias defendeu a importância da flexibilização da implementação dos projectos em curso no país para o aproveitamento da oportunidade que o mercado oferece. Assegurou ter alertado à contraparte sul-africana para incentivar as companhias ligadas ao sector energético a se interessarem nos investimentos em curso em Moçambique.

 

Por seu turno, o ministro sul-africano da Energia e Electricidade, Kgosientso Ramokgopa, disse que o seu país precisa da parceria de Moçambique para usar o gás natural como combustível em substituição das fontes fósseis, como carvão mineral e petróleo. Ciente de que Moçambique representa um dos mercados de gás mais lucrativos de África, Ramokgopa acredita que o acordo entre os dois países pode ajudar a África do Sul na transição energética.

 

“Vamos assinar o documento, mas o mais importante é mudar a vida dos nossos povos. Moçambique pode ajudar a garantir o aumento do acesso universal à energia e termos mais pessoas a obterem electricidade e suportar a indústria”, disse citado pelo periódico.

 

O governante acrescentou que o acordo vai aliviar a crise de carga, um problema quase perto de ser resolvido, até porque a África do Sul não tem cortes há 150 dias. Ainda assim, disse que há necessidade de converter o gás natural em electricidade e Moçambique é fundamental nessa transição. (Carta)

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