A publicação “A Future for the World’s Children? (Um Futuro para Crianças do Mundo?)”, um Relatório conjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), do Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) e da revista médica The Lancet, publicada esta quarta-feira (19/02), coloca Moçambique no lugar nº 170 da lista dos países que não estão protegendo as crianças das ameaças à saúde, causadas pelas mudanças climáticas, e em criar um ambiente saudável essencial para o seu bem-estar.
De acordo com a Deutsche Welle (DW), o estudo, elaborado por 40 especialistas em saúde infantil e de adolescentes de todo o mundo, aponta as mudanças climáticas, a degradação ecológica, as populações migrantes, os conflitos, as desigualdades persistentes e as práticas comerciais predatórias como sendo as ameaças à saúde e ao futuro de crianças, em todos os países do mundo.
Abrangendo um total de 180 países, o Relatório coloca a República Centro-Africana, Chade, Somália, Níger e Mali como os cinco piores países do mundo em matéria de protecção de crianças face às mudanças climáticas, enquanto Noruega, Coreia do Sul, Holanda, França e Irlanda ocupam os cinco primeiros lugares. Entretanto, sublinha: “nenhum país protege de forma adequada a saúde, o ambiente e o futuro das crianças”.
Entre as nações de língua portuguesa, Portugal figura na posição nº 22, do Índice que compara indicadores como saúde, educação e nutrição. A seguir, estão Brasil em 90º lugar, Cabo Verde em 109ª posição e São Tomé e Príncipe no lugar nº 125. Já Timor-Leste aparece na posição 135, Angola em 161º e Guiné-Bissau em 166º.
Já em termos do ranking de sustentabilidade, a ONU News sublinha que, entre os países lusófonos, Portugal está em 129º lugar, seguido pelo Brasil no 89º e Angola no 63º. Cabo Verde aparece no lugar nº 59, enquanto São Tomé e Príncipe está na 41ª posição e Timor-Leste está em 33º lugar. Moçambique e Guiné-Bissau fecham a lista com o 29º e 16º lugares, respectivamente.
Perante esta situação, os investigadores destacam que a saúde e o futuro das crianças e adolescentes, em todo o mundo, estão sob ameaça. Por isso, recomendam aos países em vias de desenvolvimento a empreenderem mais acções para que suas crianças vivam de forma mais saudável por causa da ameaça das emissões excessivas de carbono. (Carta)