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segunda-feira, 09 março 2020 07:55

Através do lançamento de uma linha de financiamento: Gapi e Agência do Zambeze impulsionam cadeia de valor do arroz

A cultura do arroz na região do Vale do Zambeze vai conhecer uma nova dinâmica, com o lançamento da Linha de Financiamento da Cadeia de Valor (LIFINCA) deste cereal, cujos objectivos principais são fortalecer e promover iniciativas agro empresariais dentro desta cadeia de valor, com enfoque no financiamento ao processamento e comercialização para estimular o incremento da disponibilidade do arroz nacional no mercado interno. O lançamento desta linha, que terá a duração de cinco anos (2020-2024), é uma iniciativa conjunta da Agência do Vale do Zambeze e da Gapi tendo como beneficiários actuais e potenciais actores do negócio do arroz naquela região do país.


Falando no acto de lançamento da LIFINCA, realizado no passado dia 05 de Março, no distrito de Nicoadala, na província da Zambézia, o governador desta província, Pio Matos, disse esperar que esta iniciativa venha “resolver o problema de disponibilidade de arroz nacional processado no mercado doméstico e em quantidade significativa. Com este instrumento trazido pela Gapi e pela Agência do Zambeze, esperamos também ver minimizados os problemas de comercialização do excedente dos produtores, o que terá como efeito imediato a melhoria da renda das famílias, tornando-as mais resilientes”.


“Com a LIFINCA pretendemos complementar os esforços existentes para o fortalecimento da cadeia de valor do arroz, de modo a que se reduzam os níveis de importação deste cereal e se criem dinâmicas económicas locais como base de desenvolvimento das comunidades beneficiárias” considerou Roberto Albino, director geral da Agência do Zambeze.


A LIFINCA é um instrumento financeiro gerido pela Gapi e, além de pretender apoiar soluções para os vários desafios identificados na cadeia de valor do arroz, inclui o apoio à tesouraria dos beneficiários e facilitação no acesso a meios (equipamentos e infra-estrururas) adequados para o processamento e comercialização do arroz. Na preparação desta linha, a  ADZ e a Gapi identificaram que para uma maior eficiência da cadeia de valor do arroz é necessário financiar a aquisição de maquinetas para ensacagem, embalagem, transporte e distribuição, bem como reabilitações de pequeno vulto em  infra-estruturas de armazenamento rural.


“O lançamento desta linha espelha a estratégia da Gapi em fortalecer uma rede nacional de parcerias para o desenvolvimento inclusivo e sustentável. Ela é um complemento às acções que já estamos a desenvolver em todo o país, incluindo na região do Vale do Zambeze, onde, com a AGRA, estamos a implementar o projecto MozArroz” destacou Adolfo Muholove, presidente da Comissão Executiva da Gapi.


O dirigente da Gapi destacou ainda que “este ano a Gapi completa 30 anos e irá prosseguir e reforçar o seu papel como instituição financeira de desenvolvimento, priorizando intervenções que contribuam para mobilizar e aplicar recursos em investimentos geradores de emprego; melhorar a competitividade de sectores produtivos estratégicos para o desenvolvimento harmonioso das comunidades rurais; estimular o potencial empreendedor de jovens e de mulheres; promover a inclusão financeira e reforçar iniciativas focadas na promoção da segurança alimentar.”


No quadro destas prioridades a Gapi tem feito intervenções de saneamento e reabilitação de unidades económicas relevantes. Actualmente, a única fábrica de processamento de arroz na Zambézia está localizada em Nicoadala e foi resgatada da falência e reabilitada numa acção conduzida pela Gapi e financiada pela embaixada do Reino dos Países Baixos, com apoio do Governo Provincial.(Carta)

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