O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), entidade responsável por coordenar as acções de resposta à emergência, prevê assistir 500 mil pessoas mais vulneráveis em bens alimentares básicos, no âmbito da resposta à pandemia do coronavírus, num período de três meses, caso a situação do país transite para o nível quatro, em que será activado o bloqueio total.
A informação foi tornada pública, esta segunda-feira, pelo Director de Prevenção e Mitigação, do INGC, César Tembe, durante a conferência de imprensa diária de actualização de dados sobre o coronavírus no país e no mundo, levada a cabo pelo Ministério da Saúde.
“A distribuição destes bens será feita em coordenação com o Programa Mundial de Alimentação (PMA), que poderá assistir 300 mil pessoas e o governo, através do INGC, vai assistir 200 mil pessoas, totalizando 500 mil pessoas”, referiu Tembe.
De acordo com César Tembe, o número de pessoas que serão assistidas poderá subir, tendo em conta que, neste momento, estão em curso conversações com outros parceiros de cooperação que têm dado algumas garantias.
Tembe acrescentou ainda que, caso a situação de Moçambique transite para o nível quatro, o INGC está também a preparar-se para apoiar o sector da saúde, no sentido de poder assistir as pessoas que poderão estar hospitalizadas. Esta assistência poderá ser em bens alimentares básicos e também em produtos suplementares que serão indicados pelo sector da saúde.
“Estamos, neste momento, a apoiar também o sector da saúde na obtenção da isenção do pagamento dos direitos aduaneiros na importação de medicamentos e outros materiais médicos”, acrescentou.
Por outro lado, o representante do INGC referiu ainda que activou todos os centros operativos de emergência, sendo 11 a nível provincial, 153 de nível distrital e todos os comités locais de gestão de risco de calamidade, que são no total 1.422 coites de gestão de risco de calamidades para trabalharem na divulgação pelas comunidades, incluído os bairros de reassentamento em coordenação com as autoridades da saúde.
“Estamos ainda a adquirir materiais de proteção, higienização e de proteção para serem alocados aos comités locais de risco de calamidade, aos bairros de reassentamento e algumas famílias mais vulneráveis”. (Marta Afonso)