Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI

Empresas, Marcas e Pessoas

O Único Mobile tem várias novidades que vão simplificar, em muito, a vida dos clientes do Único. A partir de agora já é possível, através do telemóvel, executar pagamentos à Autoridade Tributária e efectuar a submissão das obrigações fiscais via mobile (para Grandes Contribuintes).

 

Ter acesso ao extracto consolidado mensal da nossa conta do Único, e assim, ter uma perspectiva global do estado financeiro da sua vida financeira e ao concluir uma transferências para M-Pesa já se pode, não só, criar beneficiários para que as transferências seguintes sejam ainda mais fáceis e rápidas, como ainda se pode atribuir ao beneficiário o estatuto de “beneficiário seguro” passando a não ser necessário a utilização de token de validação.

 

Elsa Graça, CEO interina do Banco, reitera que “este é o resultado do empenho de uma equipa comprometida com a inovação e com a constante melhoria dos serviços que prestamos aos nossos clientes. Estamos conscientes da importância de criarmos soluções ajustadas às necessidades de cada cliente, assim como, melhorar de forma consistente a sua experiência na relação com o Banco através dos nossos canais digitais.” (Carta)

A rede de torres de comunicação em balões a elevada altitude, criada no âmbito da empresa-mãe da Google, vai suportar a rede móvel da Vodacom em zonas remotas e afetadas por violência armada no norte de Moçambique, foi hoje anunciado.

 

"A Loon e a Vodacom assinaram um contrato comercial para começar a servir as províncias de Cabo Delgado e Niassa em Moçambique, duas regiões difíceis de cobrir devido aos desafios colocados pela sua imensa área e logística", escreveu Alastair Westgarth, diretor-executivo da Loon, subsidiária da Alphabet, no blogue da empresa.

 

Em vez de antenas colocadas em torres, no terreno, o sinal de rede que chega aos telemóveis vai passar a ser distribuído por antenas a flutuar em balões na estratosfera, a 20 quilómetros de altitude, cerca do dobro da altitude a que circulam os aviões. 

 

O anúncio coincide com a destruição de redes móveis num período de confrontos mais intensos entre as forças armadas e grupos classificados como uma ameaça terrorista, que já provocaram, pelo menos, 500 mortos em dois anos e meio e afetaram 162.000 pessoas na faixa costeira de Cabo Delgado.

 

A rede estatal Tmcel anunciou há uma semana a reposição da cobertura nalgumas das zonas de conflito, depois de interrupções verificadas desde final de março.

 

A Loon disse já ter as autorizações necessárias para colocar os balões a voar sobre Moçambique e para instalar no país as infraestruturas terrestres que vão levar o sinal da Vodacom aos balões.

 

"Nos próximos meses, vamos continuar a instalar infraestruturas de terra e começar a fazer voos de teste, para que o sistema de navegação autónomo da Loon possa começar a aprender os padrões dos ventos na estratosfera acima de Moçambique", explicou Alastair Westgarth.

 

A data de entrada em funcionamento da infraestrutura não foi anunciada.

 

Na mesma mensagem, o diretor-executivo da Vodacom, Shameel Joosub, referiu que a nova infraestrutura vai ser especialmente útil "face à pandemia da covid-19, em que mais moçambicanos terão acesso a informação de saúde" em zonas remotas onde tem sido difícil fazer chegar a rede móvel.

 

O sinal vai ter as funcionalidades oferecidas noutros dos principais pontos do país: chamadas telefónicas, SMS, internet 4G e serviços financeiros (mobile money).

 

A Loon encontra-se a colocar em ação o mesmo tipo de serviço no Quénia. (Lusa)

quarta-feira, 13 maio 2020 11:32

“MAIS FORTES QUE UM VÍRUS”

POSICIONAMENTO

 

Nós, “Mulheres ComVida”, aliança de várias OSC de luta pelos direitos humanos das mulheres, não podemos deixar de nos solidarizar com todos os esforços que estão a ser feitos pelo Governo, entidades privadas e sociedade civil para fazer face à pandemia do COVID19, que pode vir a resultar numa verdadeira tragédia, à semelhança do que está a acontecer em várias partes do mundo.

 

Todavia, guiadas pelo mandato da justiça e da igualdade de género, temos que repisar que o Covid 19 impactará de forma diferente mulheres e homens, mercê das desigualdades de género que estruturam as nossas sociedades. A este propósito, congratulamos o Fórum Mulher pelo excelente documento de análise de género da pandemia, e recomendamos a sua leitura (“Dimensões de Género da COVID-19 em Moçambique”), neste link: http://www.wlsa.org.mz/mocambique-o-covid-19-numa-perspectiva-de-genero/

 

Num país já afectado por calamidades naturais, como o Idai e o Kenneth, as condições de vida das mulheres são particularmente difíceis, considerando que é sobre elas que recai a responsabilidade de alimentar e prover a família. Lembramos também a particular situação de Cabo Delgado, em que mais de 100 mil mulheres estão deslocadas, mercê dos actos da insurgência armada que vêm ganhando cada vez mais terreno.

 

Para além disso, e como já mencionamos acima, as desigualdades de género são estruturantes das nossas sociedades e garantem que mulheres e homens ocupem lugares diferenciados e não tenham o mesmo acesso aos recursos. Os homens nos lugares do mando e as mulheres com o dever de obediência, é uma forma recorrente de estruturar a família e a comunidade, influenciando também o funcionamento das instituições estatais e mesmo espaços como a escola, a saúde e a justiça.

 

Por tudo isto, o Estado deve incluir nos dispositivos que têm vindo a ser criados e nos documentos publicados, nas estratégias da Comissão Técnica e Científica criada no MISAU e nas conferências de imprensa diárias, medidas especiais de protecção das raparigas e mulheres. À semelhança do recente discurso do Secretário-Geral da Nações Unidas, é preciso alertar a sociedade, as comunidades, as cidadãs e os cidadãos, para os potenciais aumentos da frequência e do grau de violência contra mulheres e crianças.

 

Com efeito, de todo o mundo surgem indícios de aumento da violência doméstica e violência contra crianças, devido à insegurança da situação e ao confinamento forçado. O nosso país não é excepção, pois, o convívio quotidiano prolongado e forçado em casa pode propiciar o agravamento de actos de violência contra as mulheres, dada a estrutura hierarquizada e autoritária das relações de poder desiguais em casa. Essa violência pode ser não só física como sexual e psicológica, havendo fortes probabilidades de se estender também às crianças e com particular incidência nas crianças de sexo feminino.

 

As cidadãs e os cidadãos, bem como as autoridades dos bairros, devem ser mobilizadas/os para estar atentas/os e para intervir em caso de suspeita de violência, mesmo dentro das casas, pois, assim se poderão salvar vidas e a integridade física de mulheres e crianças.

 

Do mesmo modo, as leis que protegem os direitos de mulheres e raparigas tendem a ser pouco aplicadas, por causa da convicção de agentes do sistema de administração da justiça e de uma parte do público de que elas são injustas e contrariam os papéis tradicionais reservados a mulheres e homens. Este é o momento para reverter esta situação e salvar vidas. A violência doméstica nas suas várias formas é crime, para os agressores não existe perdão, mas lei!

 

Reconhecemos também que as organizações da sociedade civil estão a ter um preponderante papel na contenção desta pandemia, mas apelamos para que refiram em todos os seus posicionamentos públicos que são as mulheres o grupo mais vulnerável à exposição do vírus e à violação dos direitos humanos. Mesmo aquelas OSC que não estão directamente a trabalhar na área dos direitos humanos das mulheres, não devem ignorar uma situação que poderá impactar de forma tão gravosa na vida de tantas pessoas.

 

Não podemos deixar de referir a importância do papel dos órgãos de comunicação social públicos e privados, com destaque para as rádios comunitários. É fundamental que, a par da disseminação de mensagens de protecção contra o vírus, desenvolvam acções de divulgação de actos de violação dos direitos humanos das mulheres, das leis que protegem os seus direitos e também dos dispositivos de protecção existentes ou que possam localmente ser postos em prática. É preciso passar a ideia de que é nossa responsabilidade cidadã intervir para defender a integridade física e a dignidade de qualquer pessoa, mesmo que para isso tenhamos que intervir no espaço da casa, que não pode e não deve ser impermeável às leis e aos direitos garantidos por lei.

 

É verdade que este é um tempo de pandemia e de grave crise sem precedentes, mas deve, igualmente, ser o tempo da solidariedade, em que crescemos como pessoas e nos afirmamos seres humanos, independentemente de sermos mulheres ou homens, desta ou daquela religião, deste ou daquele partido.

 

Nós todas e todos, na comunidade, vamos reinventar maneiras de estarmos juntas/os, na igualdade, no respeito e na diferença. Eu, tu, ela/e e nós, vamos reaprender a ser solidários e perceber que a nossa maior riqueza nos vem dessa força que a cooperação e a compreensão mútua cria.

 

Nas famílias, é altura de criarmos espaços de afecto e não de hierarquias e desigualdades. Mulheres e homens, adultos e crianças, devem ser respeitados nos seus direitos e nas suas necessidades.

 

Como plataforma, nós, Mulheres ComVida, saudamos todas as iniciativas já existentes que vão para além da simples preocupação de contenção das expansão do vírus, para tentar garantir a defesa dos direitos humanos e apelamos para que o governo tome como sua prioridade a contenção da violência contra mulheres e crianças, para que possamos sair desta crise, independentemente de quão grave ela venha a ser, com a certeza de ter dado o nosso melhor na protecção de todas e todos cidadãs/ãos.

 

EM DEFESA DA VIDA!

EM DEFESA DA JUSTIÇA E DA IGUALDADE!

POR UMA DEMOCRACIA MAIS INCLUSIVA!

Celebra-se no presente mês de Maio o “Mês de África”, sendo que as comemorações atingem o seu ponto alto no dia 25 de Maio, o Dia de África. Este ano, a DStv e a GOtv têm o prazer de lançar a campanha “A África Que Vemos”, que visa realçar o poder de África, do seu povo e das ricas histórias que sobressaem do continente.

 

Hoje, mais do que nunca, os africanos estão a moldar e a tomar posse da sua narrativa, através de histórias e da música e, neste Mês de África, a DStv e a GOtv orgulham-se de servir como canais que partilham estas histórias em todo o lado.

 

“Embora o ambiente actual exija que todos se isolem fisicamente, de tantas formas, convidamos as pessoas para celebrarem juntas o que mais importa: a resiliência, o sentido de comunidade, a criatividade e muito mais. Atributos que ilustram perfeitamente a própria essência de quem somos como africanos”, afirma Agnelo Laice, Director Geral da MultiChoice Moçambique.

 

“É neste contexto que celebramos nos nossos canais, o talento e o entretenimento distintamente africano, que reflectem as histórias e as vidas dos nossos estimados espectadores”, acrescentou.

 

Uma variedade de canais que comunicam para os Africanos

 

Com uma infinidade de histórias para contar, públicos diversos para alcançar e uma abundância de talentos em todo o continente, a DStv e a GOtv são plataformas que trazem conteúdos de impacto e inspiradores, através de vários canais. Os canais abrangentes oferecem uma variedade de conteúdos e géneros, desde telenovelas, realidade, drama, comédia, estilo de vida, música e cinema para todos os gostos.

 

Honrar A África Que Vemos

 

A campanha “A África Que Vemos” visa renovar o orgulho de ser africano e despertar a camaradagem, especialmente nestes tempos sem precedentes que exigem a união de todos nós. Os telespectadores de todo o mundo são encorajados a participar na conversa #AfricaQueVemos, partilhando mensagens, imagens e conteúdos de vídeo em celebração do Mês de África.

 

Diversas celebridades e talentos africanos, nos diversos países, juntaram-se à campanha, procurando espalhar mensagens de esperança para África, o nosso continente, sob o lema “A África que Eu vejo”. Em Moçambique, a campanha conta com o envolvimento de três distintas e conhecidas celebridades, nomeadamente, os músicos Wazimbo e Roberto Chitsonzo e a apresentadora de TV Tatiana Sumburane, que procuram descrever o continente africano de maneira positiva, esperançosa e inspiradora a partir do seu ponto de vista, bem como convidando aos telespectadores a se juntarem à campanha.

 

Junte-se à campanha #AfricaQueVemos nas redes sociais, através da página DStv https://web.facebook.com/DStvMozambique/e GOtv https://web.facebook.com/GOtvMozambique/.

O presidente do banco africano Ecobank disse hoje, em entrevista à Lusa, que o objetivo em Moçambique é tornar a operação lucrativa e que o banco pretende crescer juntamente com o desenvolvimento económico do país.

 

"Continuamos empenhados em Moçambique e temos uma boa operação no país, queremos que a operação se torne lucrativa à medida que o país continua a progredir na trajetória de desenvolvimento económico", disse Ade Ayeyemi.

 

Em entrevista à Lusa a partir de Lomé, a capital do Togo, o presidente do maior banco africano explicou que o Ecobank "vai beneficiar por ser parte dessa economia que está a melhorar" e acrescentou que a presença no país lusófono insere-se num contexto regional.

 

"Temos filiais nos países vizinhos, no Zimbabué, na Tanzânia, e Moçambique é parte do sistema, do ponto de vista geográfico", disse o banqueiro.

 

Moçambique é um dos países lusófonos onde o Ecobank, uma instituição financeira pan-africana está presente, para além da Guiné Equatorial, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, depois da saída de Angola no final do ano passado.

 

"Angola é uma boa economia africana, tem muitos minerais e está a fazer progressos depois da mudança de Governo, está a ir para onde deve ir, mas nós não temos uma operação lá desde o final do ano passado", disse o banqueiro.

 

Questionado sobre a razão da saída, Ade Ayeyemi responde apenas que "foi uma decisão económica, demora tempo... nunca começámos, tivemos licença, conversámos com o regulador, demorou muito tempo até conseguirmos sair, mas saímos e já não somos um banco em Angola".

 

Em Moçambique, o Ecobank tem quatro filiais nas maiores cidades, duas no Sul, uma no centro e outra no norte, empregando 118 pessoas.

 

A Lusa questionou o banco sobre os resultados do ano passado, mas uma fonte oficial respondeu que as contas da operação em Moçambique não serão divulgadas antes de auditados.(Lusa)

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) recebeu uma distinção internacional da revista "The Banker", do grupo Financial Times, devido a operação de oferta pública de venda (OPV) de 4% de ações em 2019. O prémio, denominado "Deal of the Year 2020 - Equity Winner África, foi atribuído em reconhecimento ao "sucesso alcançado na OPV", lê-se num comunicado da HCB distribuído à imprensa.

 

"Não só o tamanho da transação representou um desafio, mas também o facto de se tratar de numa economia em que uma grande quantidade da população ainda não é bancarizada. Alcançar o investidor comum foi um grande obstáculo", anunciou a The Banker, citada no comunicado da HCB.

 

A OPV de 7,5 % do capital da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) foi lançada em julho de 2019 pela empresa, através da Bolsa de Valores de Moçambique, e é considerada a maior transação no mercado de capitais moçambicano já registada, segundo a instituição.

 

Na fase inicial, a operação foi lançada numa tranche de 4%, destinada exclusivamente aos moçambicanos, tendo sido registadas subscrições de 142 dos 152 distritos, o correspondente a 92%.

 

A The Banker acrescentou que a operação é "um grande marco para o país, que nunca havia testemunhado antes uma OPV desta escala, tendo o número de investidores registado na Bolsa de Valores de Moçambique quase triplicado, ao passar de menos de 8.000 para aproximadamente 23.000 após a transação", acrescenta-se na nota.

 

Em março deste ano, a DealMakers África, uma plataforma que analisa o mercado empresarial africano, distinguiu a Hidroeléctrica de Cahora Bassa pela operação da Oferta Pública de Venda (OPV) de ações, considerando-a um incentivo para a "inclusão económica dos moçambicanos".

 

O Estado detém 85% das ações da HCB, 7,5% pertencem à Redes Energéticas Nacionais (REN), empresa de transporte de energia de Portugal, e outros 7,5% são ações disponibilizadas na OPV.

 

A produção de energia na HCB em 2019 cresceu 7,3% em relação ao ano anterior, apesar de ter falhado a meta estabelecida devido ao impacto do ciclone Idai, que matou mais 600 pessoas e devastou várias infraestruturas no centro de Moçambique. (Lusa)