O BCI participou, em Maputo, na VII Conferência Anual sobre Finanças Digitais e Comércio da região da África Sub-Sahariana, que decorreu sob o lema “Além do Acesso: gerando valor em uma África alterada pela pandemia através da transformação e inclusão digital”, com foco em fintech e pagamentos digitais.
O evento reuniu tomadores de decisão, autoridades reguladoras, especialistas, pesquisadores, nacionais e estrangeiros, assim como operadores dos sectores bancário e das comunicações, que abordaram temáticas relevantes no contexto de desenvolvimento económico de Moçambique, da região e do mundo, no concernente à transformação dos canais financeiros tradicionais para abordagens mais inovadoras, abrangentes e inclusivas.
Representado pelo Administrador Rogério Lam, o BCI integrou o 1º Painel da Conferência, que versava sobre oportunidades emergentes em finanças digitais, financial technology (FinTech) e economia digital de forma mais ampla, bem como sobre potenciais ameaças de espaços legados e tangenciais, particularmente em contexto de COVID-19.
Na sua intervenção, Rogério Lam destacou o crescimento exponencial do número de utilizadores da Conta Móvel, a qual contabiliza, actuamente, cerca de 4 Milhões de Utilizadores, “um forte contributo para a bancarização da população moçambicana”. Enalteceu também a participação do Banco de Moçambique na Conferência, o que mostra, segundo afirmou “a abertura do regulador para a adopção de contas de moeda electrónica e consequente promoção da inclusão financeira”. Num outro desenvolvimento, evidenciou o posicionamento colaborativo do BCI com os demais players do mercado, tomando como exemplo a parceria de interoperabilidade entre o BCI/M-pesa, através da qual é possível efectuar pagamentos via M-pesa em POS do BCI. Ressaltou, ainda, o facto de “esta funcionalidade não estar disponível em qualquer outra parte do mundo, senão em Moçambique”.
O evento decorreu de 17 a 18 de Maio, tendo o segundo dia sido dedicado ao debate sobre a Promoção da Liderança Feminina no Sector Financeiro.
Refira-se que a Mondato Summit Africa é um fórum criado há cerca de 8 anos, tendo como finalidade levar a debate, harmonizar políticas e incentivar a colaboração no domínio da inclusão financeira digital e FinTech.
Os operadores de transporte semi-colectivo querem um novo reajuste de preço, para fazer face à última subida do preço dos combustíveis. Para o efeito, os operadores reúnem-se hoje com o Governo para discutir o assunto.
A informação foi avançada esta quinta-feira (26) em Maputo, pelo vice-presidente da Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Sancho Mavunja, durante uma conferência de imprensa em que a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) reagiu ao último reajuste do preço dos combustíveis para o sector empresarial privado.
Segundo Mavunja, após o aumento do preço dos combustíveis, os prejuízos causados pela subida generalizada de produtos e serviços estão a aumentar drasticamente para os operadores. Com efeito, o vice-presidente da FEMATRO disse que o reajuste do preço do transporte deveria ser automático.
“O reajuste deveria ter acontecido [na terça-feira], quando subiu o preço do combustível. Tudo que vai acontecendo daqui para a frente é prejuízo para o sector privado. Aqueles autocarros que vocês vêem cheios não trazem lucros, podemos provar isso. É um prejuízo enorme, para além de que as próprias vias não ajudam”, afirmou Mavunja.
Antes do reajuste, a FEMATRO reúne-se hoje, em Maputo, com o Governo para encontrar um meio-termo da crise. “Teremos um encontro com o Governo, representado pelo Ministério dos Transportes e Comunicações, a Agência Metropolitana de Maputo, o Fundo de Transportes e Comunicações e Município de Maputo para em sede da reunião estudarmos o que devemos fazer, porque a situação não está boa”, afirmou o vice-presidente da FEMATRO.
Depois do reajuste de Janeiro passado de três Meticais no máximo, da tarifa, em menos de dois meses o preço dos combustíveis subiu nove Meticais o litro. De novo, no passado dia 24 de Maio aconteceu mais um reajuste, de oito Meticais, o litro. De Janeiro a Maio, os operadores concluíram que o reajuste do preço dos combustíveis subiu 17 Meticais. “Trata-se de uma subida galopante contra uma tarifa que vinha desajustada, daí a necessidade de sentar e conversar com o Governo”, reiterou Mavunja.
Durante a conferência de imprensa, o transportador não avançou o reajuste ideal, mas sublinhou que, na reunião, a FEMATRO vai defender um equilíbrio face aos custos de operação. “Entretanto, o problema é o utente que não tem capacidade de aguentar um transporte com a devida tarifa, daí que temos de estudar com o Governo a melhor solução para esta crise, que é global”, concluiu Mavunja. (Evaristo Chilingue)
Encontra-se em Moçambique o autor, compositor e intérprete angolano Paulo Flores, para um concerto, em Maputo, onde vão igualmente actuar outros artistas como Yuri da Cunha, Manecas Costa, Stewart Sukuma e os DJ´s João Reis, Serito e Bobo, segundo dados colhidos na conferência de Imprensa que teve lugar no Auditório do BCI, na quarta-feira (25).
“É um prazer muito grande estar aqui” – disse, na ocasião, Paulo Flores. E acrescentou: “nós de facto sentimo-nos como em nossa segunda casa, não apenas por sermos dos PALOP’s, mas pela forma como somos recebidos. No meu caso, em particular, pela forma como me sinto parte integrante das vossas vidas. Pela maneira como recebem as minhas músicas e as minhas letras”. Referiu-se aos laços históricos, salientando o que, para ele, faz a diferença: “todos sofremos da mesma carência. Como digo na minha música Independência […] as vossas independências e as nossas liberdades são feitas também dessas afinidades” – disse o artista angolano, lembrando que a primeira vez que veio a Maputo foi há 30 anos (1992), tinha na altura 20 anos, “este ano eu vou fazer 50 e tenho 2 netos. E sinto-me como se estivesse a começar” – rematou.
Já para representante do BCI, Heisler Castelo David, “é uma grande responsabilidade, para o BCI, ser parceiro e anfitrião desta iniciativa, a qual gera muita expectativa, sobretudo pelo facto de envolver, mais do que artistas, fazedores de opinião, ícones da sua geração, activistas de grandes causas sociais, como Paulo Flores, Yuri da Cunha, Stewart Sukuma, entre outros”. Salientou que “no campo musical, e no âmbito da sua política de Responsabilidade Social, o BCI tem apoiado diversos outros eventos, tanto de música tradicional, música clássica, de cariz nacional e internacional, que têm permitido o intercâmbio entre artistas de diferentes estilos, gerações e nacionalidades, elemento chave para a partilha de experiências”.
A Galp premiou dois postos de abastecimento (PA) da cidade de Maputo e um localizado no Xai-Xai pelo seu desempenho ao nível da qualidade do serviço prestado aos clientes, no âmbito do novo programa Shine Galp. Este programa, prevê a avaliação contínua de uma série de parâmetros que incluem as regras de segurança, a limpeza e manutenção dos postos de abastecimento, a excelência no atendimento aos clientes, entre outros.
A iniciativa Shine Galp é também um programa de formação contínuo e intensivo para todos os colaboradores dos postos com um acompanhamento próximo em matérias de Ambiente, Qualidade e Segurança e foco no atendimento e satisfação do Cliente Galp. As avaliações são efectuadas mensalmente, de forma a garantir os padrões de excelência de serviço Galp e a elevar os padrões de segurança dos postos de abastecimento.
Neste primeiro trimestre de avaliação, os Revendedores dos PAs distinguidos receberam um certificado e um bónus de desempenho associado à iniciativa. De todos os PAs da rede Galp sujeitos à avaliação mensal distinguiram-se, em primeiro lugar, o posto de abastecimento O&J Gestão de Participações, Lda., situado nas Mahotas, em Maputo; o posto de abastecimento ZAP Zambézia Agro-Pecuária, Lda., de Xai Xai; e o posto de abastecimento Capital Oil, Lda, localizado em Cumbeza II, em Maputo.
A entrega dos prémios pela Galp Moçambique aos primeiros classificados esteve a cargo do diretor-geral, Paulo Varela, do director comercial , Francisco Ferreira, do gestor de cliente, José Sousa, e da gestora de marketing, Cláudia Ngwenya, numa cerimónia que decorreu nas instalações dos postos de abastecimento distinguidos, na presença dos revendedores e das suas equipas.
“Reconhecemos o esforço que está a ser feito por todos para melhorar o serviço, a qualidade do atendimento, as condições de segurança e operacionais na rede, trabalhando continuamente com os nossos parceiros, stakeholders e colaboradores”, disse Paulo Varela na cerimónia que decorreu no posto de abastecimento das Mahotas. “Este prémio é estendido a todos os colaboradores do posto, que todos os dias dão a cara pela Galp fazendo um trabalho de que nos podemos orgulhar”, acrescentou.
Os Revendedores do PA melhor classificado, agradeceram o reconhecimento: “Foi uma grande alegria receber o prémio Shine Galp apenas três anos depois do início da operação, o que é um sinal de crescimento pessoal e empresarial”, afirmou José Machado. A sua esposa, Ofélia Machado, explicou a fórmula do êxito: “Muito esforço de gestão e empenho dos nossos colaboradores, que são a primeira linha de comunicação com os clientes e estão sempre prontos a responder com um sorriso às críticas e sugestões que recebem”.
O Moza Banco procedeu esta terça-feira, dia 24 de Maio. com a entrega de sementes agrícolas a associações de pequenos agricultores que operam em vários distritos na província de Gaza. O banco doou igualmente jogos de lençóis e mantas a crianças desfavorecidas e com dificuldades motoras.
Este acto enquadra-se na Política de Responsabilidade Social do Banco, que tem um dos seus principais focos no desenvolvimento de actividades que contribuam para o progresso económico e social das comunidades onde o Banco actua.
Das sementes doadas, o destaque vai para milho, alface, cebola, couve, soja e feijão bóer. Os produtores mostraram -se satisfeitos com a iniciativa, “muito obrigado ao Moza Banco por esta oferta, não esperávamos, as sementes que recebemos vão nos ajudar na nossa produção, não só para alimentação familiar, mas também para o comércio” disse Maria Joana em representação dos agricultores.
Por sua vez, o Presidente da Comissão Executiva do Moza Banco, Manuel Soares, disse que, “O Moza Banco assume-se como um Banco de moçambicanos para moçambicanos, e apostado em contribuir activamente para o desenvolvimento socioeconómico inclusivo do país. É dentro desta visão e posicionamento, e reconhecendo a aposta do Governo no sector da agricultura dado o enorme potencial existente a nível da província, que nos prontificamos em apoiar este sector por via da oferta de sementes variadas aos agricultores locais, nomeadamente, feijão, milho, cebola, alface e cenoura, para dinamizar a produção agrícola. Esperamos com este apoio, contribuir para promover a auto-suficiência alimentar e melhorar a capacidade de geração de renda destes agricultores. Ainda no contexto da Responsabilidade Social, e com vista a conferir maior conforto e protecção às nossas crianças que se encontram numa situação de vulnerabilidade, vamos apoia-las com mantas e jogos de lençóis. Estamos cientes que estas singelas contribuições não irão resolver em definitivo os problemas da população e da Província, mas acreditamos que é um passo importante para atingirmos o nosso objectivo comum: melhorar a qualidade de vida dos moçambicanos em geral”.
O Secretario de Estado de Gaza, Amosse Macamo saudou a iniciativa do Moza Banco tendo dito que, “esta oferta é bem-vinda, acreditamos que vai minorar o sofrimento daqueles que precisam. Neste momento está a chover e com estas sementes relança-se a esperança da produção, não só para a segurança alimentar, mas também a garantia de renda. Agradecemos igualmente pelo material de cama oferecido ao infantário. Este é um local que sempre demos uma atenção especial porque temos lá crianças órfãs que precisam de tudo, e com esta ajuda elas não se sentiram sozinhas”
Lembre-se que recentemente, o Moza Banco doou em Nampula diversos produtos alimentares às vítimas dos ciclones Gombe e ANA; em Sofala o banco apoiou a PRM com material de construção para o melhoramento das infra-estruturas da 8ª esquadra da Manga na cidade da Beira; em Manica o Moza ofereceu medicamentos ao hospital provincial de Lichinga.
Faço estas linhas para tecer algum comentário em torno de uma notícia que passou na TVM cujo rodapé, intitulava – se … “Os alunos devem conhecer a história dos Comboios” … E, mesmo para iniciar, não resisti trazer trecho do texto publicado ontem (24) no Jornal - A Carta de Moçambique, da autoria de ME Mabunda que, passo a citar …
Não nos alegra, nem nos conforta que em 47 anos de Independência a empresa CFM não tenha expandido absolutamente nada de linha férrea do país; pelo contrário, só regrediu …extinguiu a linha Quelimane – Mocuba, extinguiu a linha Xai – Xai - Mawayela, não sei mais qual … transporte de passageiros esta a minguar … a Ressano Garcia, Manhiça, Chokwe e Chicualacuala ia - se de comboio … hoje …
O assunto Transporte Ferroviário, de extrema importância para o desenvolvimento económico e social do país, mexe muito com os moçambicanos. Mas, nesta reflexão quero é, debruçar – me em torno do extinto Ramal Ferroviário Inhambane – Inharrime.
Durante o meu percurso académico e, para responder a uma exigência da cadeira de Geografia Económica IV (se a memoria não me atraiçoa), o tema: Transporte Ferroviário em Moçambique, desafiei - me a escrever algo sobre a Historia do Ramal Ferroviário Inhambane – Inharrime, o contexto da sua construção, alicerçado também no potencial económico identificado ao longo do troço pelo governo colonial.
Foi, na verdade, muito interessante a busca de informação nas bibliotecas espalhadas pela Cidade de Maputo e sobretudo a “viajem” pela biblioteca dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) que, já devem imaginar, com escassa informação sobre a matéria.
Antes mesmo de pegar na caneta, visitei a pouco, a CASA DOS CFM, na internet, para ver se me surpreendia com alguma informação ligada ao encerramento e não só, de ramais ferroviários em Moçambique, um pouco por este belo país mas, … nadica de nada.
Devo dizer que, o fim do ramal Inhambane – Inharrime, deve ter sido, em minha pacata opinião, um dos grandes pecados cometidos por gestores dos CFM. Sem dó nem piedade, quando é anunciada a “morte” do ramal, num piscar de olhos uma empresa foi mobilizada para a remoção da linha férrea. A bolada já estava garantida. Meus caros, não restou um troço sequer para contar a história, historia esta que é agora reclamada na peça de reportagem que passou na TVM, razão desta iniciativa. Mesmo assim, ainda se pode visualizar alguma linha - férrea no traçado que parte do estacão dos Caminhos de Ferro de Inhambane (CFI) para Porto de Inhambane.
Vamos la falar. Que tal … se tivéssemos deixado um lisonjeiro troço, por exemplo, que parte de Inhambane a Nhapossa ou mesmo até Guiua. Teríamos, sem sombras de dúvidas, hoje, maquinas a circularem nesta linha. Estou a pensar num transporte personalizado para turistas, nacionais e estrangeiros, curiosos em ver e ouvir o roncar do Comboio a vapor. Seria, portanto, um comboio com carruagens bem equipadas, mobiliário atraente, algum serviço de bar e lojas para a venda de produtos típicos da nossa província, como por exemplo, … o piri – piri da Dona Rachida, tapioca, mel, licores, aguardentes entre outros produtos que me escapam aqui.
Recordo – me como se fosse ontem, ver e ouvir o comboio passar pela estacão ferroviária que também foi, residência da família “Namborete”. O combustível lenhoso movia o comboio a vapor, lenha, extraída nas matas da província de Inhambane. … O “combói” que, … com toda mestria o jovem Roberto Isaías refere na sua badalada cancão … Sumbi.
Ahati … para aumentar a minha ira, pelo fim do Ramal ferroviário Inhambane – Inharrime, tive também a triste notícia de que as maquinas, 5 ou 6, que os CFI tinha sumiram la vão longos anos … Amassa Abeli … Ungu Kuwe guinani?
Nacilifa Ngoka