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Uma das reacções é do Presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, que saúda o acto, mas defende a auscultação dos homens da Renamo a ser desmobilizados, de modo a se conhecer as suas expectativas.
Simango, que falava aos jornalistas, a partir da Serra da Gorongosa, momentos antes do início da cerimónia, questionou igualmente o secretismo à volta do processo, destacando o facto de as partes não terem divulgado a lista dos integrados, de modo a serem conhecidos pela sociedade, por um lado, e, por outro, evitar-se eventuais acusações mútuas em relação ao processo.
Acrescenta ainda que, tendo em conta o processo eleitoral que se aproxima, o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) deve abster-se de qualquer acto que possa gerar conflito pós-eleitoral, tal como aconteceu nos anos anteriores.
Questionado se o facto de o processo de desarmamento ocorrer antes da assinatura dos acordos garantia a paz, Simango respondeu não ser fácil chegar à tal conclusão, pois, mesmo em 1992 houve recolha de armas para garantir esse desiderato, mas as mesmas voltaram a ser ouvidas nas matas da Gorongosa.
Por seu turno, a Embaixada americana, em Maputo, saúda os avanços conseguidos, porém, apela às partes a tomarem medidas concretas, tendo em vista o respeito pelos compromissos assumidos.
“Os Estados Unidos saúdam esta notícia de progresso significativo no sentido de alcançar estes marcos-chave e insta as partes a continuarem a tomar medidas concretas e simultâneas para cumprirem os seus respectivos compromissos no âmbito dos acordos sobre assuntos militares e descentralização”, diz o comunicado de imprensa, enviado à “Carta”.
O acordo assinado no princípio da tarde desta quinta-feira, em Chitengo, no interior do Parque Nacional da Gorongosa, província de Sofala, abre caminho para a assinatura do Acordo de Paz Permanente, em cerimónia a realizar-se em Maputo, a capital do país, ainda no decurso do presente mês de Agosto.
Ainda na nota, os EUA garantem que “continuam empenhados em trabalhar no âmbito do Grupo de Contacto Internacional para prestar o apoio necessário para alcançar uma paz duradoura tão merecida pelo povo de Moçambique”. (Carta)
