Passam mais de dois anos, desde que uma parte do lixo depositado na Lixeira do Hulene, na cidade de Maputo, cedeu, matando 17 pessoas e desalojando mais de 100 famílias, porém, as vítimas da tragédia mais “improvável” do mundo continuam entregues à sua sorte.
Depois da “rapidez” na identificação do espaço, no bairro Possulane, no distrito de Marracuene, província de Maputo, o Governo ainda não conseguiu concluir as casas, tendo prometido, esta terça-feira, entregá-las até ao final deste ano.
A informação foi dada pelo porta-voz da XIX Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, Filimão Suazi, quando anunciava a aprovação do Decreto que aprova a transferência extraordinária, atinente à continuidade de desembolso de subsídios para apoiar as vítimas do deslizamento na lixeira do Hulene, na Cidade de Maputo.
Sem anunciar os números, Suazi afirmou que o valor irá assegurar o arrendamento de casas para as vítimas, durante o período que falta para a conclusão das casas de reassentamento, que estão em construção no distrito de Marracuene.
Lembre-se que desde o deslizamento da Lixeira que o Governo vem desembolsando um valor trimestral de 30 mil Mts para o pagamento da renda de casa das famílias vítimas. Entretanto, nos últimos três meses, o Executivo tinha “virado as costas” àquelas famílias, o que motivou, na manhã desta terça-feira, amotinação dos lesados defronte do edifício do Conselho Municipal de Maputo. Na ocasião, o Conselho Municipal da Cidade de Maputo assegurou que irá, em conjunto com o Ministério da Terra e Ambiente, resolver dentro de dias. (Carta)