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quarta-feira, 16 dezembro 2020 03:53

Escolas de Cabo Delgado ainda longe de reunir condições de higiene e segurança para os alunos

Dois meses depois da retomada das aulas presenciais no país, as escolas continuam longe de reunir as condições de higiene e segurança para os alunos, com o assento tónico para a província de Cabo Delgado.

 

A constatação vem vertida no Relatório Preliminar, no contexto da reabertura das escolas em todo o território nacional, coordenado pelo Movimento de Educação para Todos (MEPT).

 

Naquela província, a falta de água canalizada e de sanitários em pleno são o denominador em comum nas 13 escolas inspeccionadas. Estes problemas são agravados pelos sérios problemas de abastecimento de água que afectam a província, sendo a cidade de Pemba o ponto crítico. Aqui foram inspeccionadas escolas primárias e secundárias, bem como o centro de formação de professores.

 

A província de Cabo Delgado é, desde Outubro de 2017, palco de ataques armados perpetrados por indivíduos inspirados no radicalismo islâmico extremo.

 

Pemba, a capital provincial, é hoje o ponto de chegada de pessoas que têm estado a abandonar outros distritos, fugindo dos ataques terroristas, que já provocaram mais de meio milhão de deslocados.

 

As aulas presenciais retomaram, em todo o país, no passado dia 01 de Outubro, com regresso do 12° ano de escolaridade. À data da reabertura, 222 das 476 escolas secundárias do país foram declaradas como reunindo condições para o seu funcionamento pleno, isto, no tocante às medidas de prevenção da pandemia da Covid-19.

 

A 23 de Março último, lembre-se, o Presidente da República, Filipe Nyusi, decretou a suspensão das aulas presenciais em todo o Sistema Nacional de Educação, desde pré-escolar até ao ensino superior, isto, no contexto da prevenção e combate à pandemia da Covid-19.

 

Foram, nesta primeira fase da monitoria, inspeccionados 77 estabelecimentos de ensino, em todo o território nacional. A escola, tal como explicou João Pedro, porta-voz do MEPT, foi aleatória.

 

João Pedro avançou que as escolas visitadas, na sua maioria, não reuniam condições para o seu funcionamento em segurança. Sanitários deficientes e a falta de água canalizada são a principal constatação das escolas visitadas, no âmbito da monitória.

 

“Foram monitoradas 177 escolas entre primarias e secundárias e a grande constatação é que escolas não reúnem as condições, nomeadamente um abastecimento de água e sanitários condignos. As escolas não estão em condições na maior parte”, disse João Pedro. (Carta)

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