O Ministério da Saúde (MISAU) anunciou, esta terça-feira, mais 123 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, que resultaram da testagem de 2.068 amostras, tendo aumentado para 4.039, o número total de casos diagnosticados, dos quais 3.773 de transmissão local e 266 importados.
Segundo o MISAU, dos novos infectados, 121 são moçambicanos e dois são zimbabueanos. Na cidade de Maputo, foram diagnosticadas 49 pessoas; três pessoas na província de Cabo Delgado; 29 no Niassa; seis em Nampula; três em Tete; 15 em Manica; um em Inhambane; dois em Gaza; e 15 na província de Maputo.
No comunicado de imprensa desta terça-feira, o MISAU revela que as autoridades da saúde registaram mais dois internamentos e uma alta hospitalar na cidade de Maputo, pelo que, o país conta com 15 infectados pela Covid-19, hospitalizados: um na província de Sofala e 14 na Cidade de Maputo.
Entretanto, mais 113 pessoas recuperaram da doença, pelo que, 2.283 (56.5%) pacientes com Covid-19 já recuperaram no país, sendo que sete estão na província de Cabo Delgado; um na província da Zambézia; seis na província de Tete; sete na província de Sofala; 20 na província de Maputo; e 72 na cidade de Maputo. Referir que o país conta, actualmente, com 1.729 casos activos e 23 óbitos. (Marta Afonso)
Moçambique voltou a registar mais duas mortes, devido ao novo coronavírus, tendo subido para 25, o total de óbitos causados pela pandemia. Os dois óbitos foram anunciados esta quarta-feira, sendo que um foi registado no último domingo e outro na última sexta-feira, porém, o seu resultado só esteve disponível esta segunda-feira. Trata-se de uma cidadã de 63 anos de idade e de um cidadão de 67 anos de idade, sendo que todos ocorreram na cidade de Maputo.
Segundo o Ministério da Saúde (MISAU), de terça para quarta-feira, os laboratórios nacionais diagnosticaram mais 78 novas infecções pelo novo coronavírus, tendo aumentado para 4.117, o número total de casos registados no país, dos quais 3.851 são de transmissão local e 266 importados.
Dos novos casos, sete encontram-se na província de Cabo Delgado, 24 na província do Niassa, um na província de Nampula, um na província de Sofala, um na província de Inhambane, quatro na província de Maputo e 40 casos na Cidade de Maputo.
De acordo com o comunicado de actualização dos dados da Covid-19, no país, mais seis pessoas foram internadas nos centros de isolamento da cidade de Maputo, devido à pandemia, pelo que o país conta com 20 hospitalizados, por causa de doenças associadas à doença, sendo um na província de Sofala e 19 na cidade de Maputo.
Nesta quarta-feira, o MISAU reportou também a recuperação de mais 45 pessoas, tendo subido para 2.328, o número total de recuperados, o equivalente a 56.5%. Assim, 1.760 pessoas ainda estão infectadas pela doença. (Marta Afonso)
Três cidadãos de nacionalidade tailandesa foram detidos, na semana passada, em Cabo Delgado, por suposta participação numa rede de traficantes de pedras preciosas. O Director do SERNIC em Cabo Delgado, Crisanto Ntego, disse que foram confiscados na posse dos detidos 15 kg de pedras preciosas do tipo rubi e outras espécies, para além de 300 mil Meticais, 4 mil dólares USD, computadores, balanças e celulares, artefactos usados pelo contrabando. (Carta)
Todos os distritos da cidade de Maputo estão afectados com Covid-19. A informação consta do Inquérito Sero-epidemiológico, divulgado esta segunda-feira pela Delegada do Instituto Nacional de Saúde na Cidade de Maputo, Edna Viegas. O documento aponta que os mercados do Peixe (9.52%), Xipamanine (8.24%) e Praça dos Combatentes (8.00%) possuem uma maior taxa de seropositividade, superior à taxa prevalecente nas comunidades.
O documento refere que, ao nível dos distritos urbanos, a taxa de exposição é de 3.79 por cento, com Nhlamankulo a liderar com 4.72 por cento, seguido de KaMubukwane com 4.53 por cento e, na última posição, KaNyaka com 0.42 por cento. A maior taxa de seropositividade ocorre entre adolescentes, adultos, jovens e idosos. Entretanto, os vendedores de mercados são o grupo profissional mais exposto ao novo Coronavírus, com uma seroprevalência de 5,2%. Constatou-se ainda que, entre os profissionais de saúde, os técnicos de laboratórios apresentam maior taxa de exposição com 3.64 por cento. A maioria das pessoas expostas ao coronavírus não apresentaram nenhum sintoma e a transmissão da doença é geograficamente dispersa em todos os distritos municipais da Cidade de Maputo.
O Inquérito Sero-epidemiológico em Maputo foi lançado a 3 de Agosto por conta do aumento crescente de casos dispersos de infecção por Covid 19. Sete dias depois, o Ministro da Saúde, Armindo Thiago, declarou que a cidade estava transmissão comunitária.
Para perceber a dimensão da situação, foram testadas 10.237 pessoas (residentes e trabalhadores na cidade de Maputo), sendo 4.767 homens e 5.470 mulheres. Segundo o Ministro da Saúde, a reversão do actual padrão de transmissão comunitária da Covid-19 na Cidade de Maputo só será possível com o engajamento de todos os actores da sociedade civil.
Armindo Thiago explicou ainda os inquéritos sero-epidemiológicos são ferramentas cruciais para o aperfeiçoamento da resposta à Covid-19 e, por isso, continuarão a ser implementados noutros locais geográficos. Durante o mês de Setembro serão replicados nas províncias de Maputo, Sofala, Tete e Niassa. (Marta Afonso)
Uma pessoa ficou ferida na sequência de um ataque contra um autocarro da empresa Correios de Moçambique na província de Sofala, no centro de Moçambique, disse uma testemunha.
O autocarro fazia o trajeto Maputo-Zambézia e foi atingido por "rajadas de balas" por volta das 17:40 (menos uma hora em Lisboa) de domingo, na Estrada Nacional N6, no distrito de Chibabava, na província de Sofala, disse um dos condutores.
"Vimos apenas rajadas de balas como faíscas no ar. Contei pelo menos seis tiros que atingiram o carro. O meu colega que estava no volante foi atingido por uma bala e mesmo assim conseguiu travar. Então eu fui ao volante e saímos", declarou a fonte.
Após o ataque, o autocarro, que levava passageiros, percorreu uma distância de cerca de 50 quilómetros até à sede de Muxúngue, onde a vítima foi assistida na unidade hospitalar local.
"Estávamos todos apavorados, mas conseguimos chegar a Muxúngue", acrescentou.
A zona centro de Moçambique foi historicamente palco de confrontos armados entre forças governamentais e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) até dezembro de 2016, tendo a paz sido selada num acordo subscrito em 06 de agosto de 2019.
Permanecem na zona guerrilheiros, em número incerto, que formaram uma autoproclamada Junta Militar para contestar a liderança da Renamo e defender a renegociação do seu desarmamento e reintegração na sociedade.
O grupo dissidente do principal partido de oposição é acusado pelas autoridades de estar a protagonizar os ataques armados, que já provocaram a morte de 24 pessoas desde agosto do ano passado no centro de Moçambique. (Lusa)
O ataque à redacção do semanário Canal de Moçambique continua na ordem do dia no país e noutros quadrantes. Esta segunda-feira, foi a vez de organização Amnistia Internacional (AI) emitir o seu posicionamento em torno do sucedido. A organização diz que o ataque ao Canal de Moçambique marca o ponto de viragem na escalada de repressão aos direitos humanos em Moçambique.
Para a Amnistia Internacional, na pessoa de Deprose Muchena, director da Amnistia Internacional para África Oriental e Austral, tratou-se de um ataque chocante à liberdade de imprensa e uma manifestação mais extrema da cada vez crescente ameaça aos jornalistas em Moçambique.
“O ataque aos escritórios do Canal de Moçambique constitui um ponto de viragem na escalada da repressão aos direitos humanos em Moçambique. Este é um ataque chocante à liberdade de imprensa e a manifestação mais extrema da crescente ameaça aos jornalistas”, disse Deprose Muchena.
De acordo com a organização, as autoridades moçambicanas devem desencadear, e com a devida celeridade, um processo investigativo completo, imparcial, independente e transparente, tendo em vista responsabilização dos autores morais e matérias do atentado àquele órgão de comunicação social independente.
A redacção do Canal de Moçambique foi reduzida a cinzas na noite do passado dia 23 de Agosto, uma acção que a direcção do órgão diz não ter dúvidas de que se tratou de um acto criminoso. No local foram encontrados dois bidões de combustível, de 20 litros cada, que se acredita terem sido usados pelos malfeitores durante a acção.
Desde ocorrência do incêndio, os órgãos de justiça ainda não vieram à público apresentar qualquer resultado no que ao andamento das investigações que devem culminar com o esclarecimento do caso diz respeito.
O caso do Canal de Moçambique, refere a AI, é antecedido de uma série de ataques em que foram alvos jornalistas, investigadores e académicos. Os jornalistas, anota a AI, foram detidos e perseguidos e detidos por motivos políticos e os académicos por emitirem as suas opiniões, um direito constitucionalmente consagrado.
O misterioso desaparecimento do jornalista Ibraimo Mbaruco, o rapto de Amade Abubacar (jornalista), ora em liberdade, a detenção de Omardine Omar (jornalista) mais tarde condenado a pagar uma multa por um tribunal da cidade de Maputo, fazem prova, refere AI, da perseguição a que estão sendo alvos os jornalistas em Moçambique.
“É ultrajante que Omardine Omar foi condenado no que é claramente um caso de injustiça vingativa. Não podemos dizer o suficiente; jornalismo não é crime”, disse Muchena. (Carta)