Pode ser que ela tenha abdicado de viver, caso contrário não estaria a suicidar-se todos os dias com o veneno do seu próprio afastamento. Já não frequenta a sociedade, diferentemente de outros tempos, quando tudo dependia das suas vontades. Não tem coragem de sair de casa, para absorver a atmosfera espiritual proporcionada pelo contacto com as pessoas. Tem medo de rever ao espelho o rosto, por demais degradado pelo fumo e pela bebida de nunca acabar. Os dentes estão queimados pelo rapé que passou a mascar depois de todas derrotas, por isso tornou-se relutante em sorrir para os interlocutores que em algumas – poucas - ocasiões a abordam no seu casulo, para matar a saudade de uma amiga muito doce. Porém, repugna estar no seu convívio. Está constantemente a cuspir uma saliva espessa que nos vai enojar. Mesmo assim, no meio daquela decomposição toda, Thsala mantém acesa a luz da sinceridade.
Há muito que não a via. Sentia tremendamente a falta de uma pessoa com quem podesse conversar sem tabus, e essa pessoa, numa cidade alagada de preconceitos, é Thsala. Eu queria velejar com palavras espontâneas, esquecendo momentaneamente todas as quedas que tenho tido, e nenhuma outra pessoa podia me acolher para isso, que não fosse Thsala. Thsala é a própria escala diatónica, onde residem todas as notas para se compor uma belíssima canção de amor.
Fui para lá, sabendo de antenão que a minha amiga estava naquelas condições. Cheguei a pensar em passar por um botle store e pegar uma garrafa de qualquer coisa para ela, mas a minha consciência não me deixou. Quis levar a guitarra.... também nada! Guitarra para quê, se Thsala é o conservatório em si, onde terei à disposição todos os instrumentos! Então não levo nada, senão as garrafas vazias de oxigénio que trago dentro de mim. E voltarei de lá abastecido, com ar suficiente para voltar a voar e reocupar o espaço que me é reservado na órbita das minhas imaginações.
Thsala cuspiu para o lado, todo o tabaco molhado pela saliva, quando me viu entrar no seu espaçoso quintal, depois de pedir licença. Senti náuseas, mas já não podia retroceder. Percebi o embaraço que lhe apossou. Inclinou-se, desajeitada, para cobrir o cuspo com as mãos, também flageladas pelo tabaco, como os seus dentes. Ela não consegue olhar para mim porque sabe que naquele rosto já não há candura. Esvaiu-se completamente, para dar lugar às ruinas.
Fui buscar uma cadeira, e ao voltar vi a mulher compactando com os pés, o “aterro” que tinha feito com as mãos sobre o lago de saliva espessa e massa de tabaco. Ela continua a não olhar para mim, e sem falar para dizer seja o que for. E tudo isto é um sismo que cabe a mim desvanecer.
- Thsala, meu amor, vim te ver!
- Vens ver um farrapo?
Thsala voltou a cuspir. A boca segrega muita saliva, e ela, envergonhada, não tem como evitar aquilo.
- Desculpa, meu bem.
Levantou-se e disse que ia à casa de banho. A roupa que usa está lavada. Engomada. Os chinelos ainda estão no rítmo. Mas tudo isso vai-se diluir num corpo desmoronado, e se partirmos do princípio de que o rosto é um pouco a janela da alma, então Thsala entrou em última derrocada.
Fiquei um tempo interminável à espera que a minha amiga voltasse. Debalde! Quem veio é a empregada, para me dizer que Thsala não está bem. Pede desculpa.
- Ela disse para o senhor voltar outro dia.
Pedimos desculpas aos nossos utentes pelos inconvenientes .Desde ontem, dia 10 de Dezembro, que os CFM paralisaram os comboios da MetroBus sem informação prévia. Nem sequer o Comando de Operações se dignou a atender o telefone. Naturalmente, usamos o Plano de Contingência para transportar os nossos utentes.
A Empresa CFM, uma das maiores empresas de Moçambique desde o tempo colonial, quer interromper os nossos sonhos de podermos ter uma mobilidade segura, de qualidade de nível internacional, segundo o Banco Mundial. Os CFM querem que voltemos a circular nas estradas (N4) congestionadas, onde se morre todos os dias, justamente porque os comboios de carga de minerais não funcionam e os camiões de minerais têm que usar a estrada N4 causando pânico e luto. A sabotagem ao MetroBus não é exclusiva. Lamentávelmente este é mais um exemplo da razão de sermos empobrecidos, e continuaremos a ser, independentemente do OIL&GAS, ou qualquer outra potencialidade económica.
Alguns dos nossos governantes de empresas públicas, apesar de títulos acadêmicos, salários e benefícios de luxo, não compreendem os factores de desenvolvimento, agindo por impulso, como o caranguejo.
Agora que comemoramos o segundo aniversário da operação da MetroBus, os CFM concretizam o seu objectivo emocional de parar com o MetroBus, após inúmeros incidentes, negações, bloqueios, chantagens nas taxas e rendas, etc.
Os CFM, quando chamada argumentar, vai dizer :
1- A MetroBus deve a taxa de uso da linha: (É verdade que devemos 3 milhões de Mta e temos vindo a pagar; Porém, o Ministério dos Transportes e Comunicações /FTC deve-nos dezenas de milhões de Meticais por serviços prestados e nós não bloqueamos os beneficiários, que por sinal são servidores públicos).
2- Vão dizer, falsamente, que não cumprimos as regras de Safety; (a MetroBus tem os standards internacionais de Safety e recursos humanos nacionais educados, treinados e supervisonados, no cumprimento das regras de Safety; aa quais serão públicadas para V. Excias conhecerem.
3-Não vão dizer, mas qiestionam-se, como pode uma empresa de moçambicanos do ramo rodoviário, com comboios usados, aproveitando recursos humanos passados à reserva pelos CFM e meia dúzia de engenheiros mecânicos da Escola Superior Náutica de Moçambique, produzir um serviço público de mobilidade intermodal de qualidade reconhecida pelos utentes e instituições nacionais e internacionais?
Mais do que nunca, Moçambique precisa de um dirigente nacionalista e inclusivo. Não podemos continuar a desperdiçar tempo e recursos dos cidadãos para alimentar egos.
Apesar da SIR nunca ter ganho um cêntimo com a MetroBus, sabemos que é um serviço de mobilidade que terá a sua sustentabilidade futura. E estamos confiantes que quem de direito saberá tomar as decisões convenientes.
“As derrotas são o caminho para sucesso"
Pedimos desculpas aos nossos utentes por não termos conseguido evitar mais esta sabotagem, entre muitas outras, que ao longo de 24 meses fomos contornando diariamente.
Acreditem que se somos moçambicanos vamos conseguir.
Bem hajam, pelos inúmeros apoios que temos recebidos,
A luta Continua
Amade Camal
Matilde trabalha na cidade como empregada doméstica, vive num bairro de expansão que responde pelo nome Santa Isabel. Quando chega ao Zimpeto, às 19h37, não encontra transporte, salvo uma carrinha de caixa aberta denominada _my love_ que deixa-lhe no local onde a terra batida beija o asfalto da circular. Matilde caminha, apesar de saber que é perigoso durante a noite, mas não tem escolhas. Leva consigo fé em Deus e meia lata de leite para o filho de dois meses, cujo pai baldou-se para outro bairro e não quis assumir. Dois quilómetros a caminhar colocam-lhe olhos nos olhos com um grupo de delinquentes, que para lhe tiraram o celular, ofertado pela patroa, espetam-lhe uma faca gelada no pescoço. Incapaz de soltar um pio viu todos homens apossarem-se do seu corpo. Curiosamente, no local onde morreu Matilde, minutos antes de violada, a polícia trocou a detenção dos criminosos por 500 meticais. Matilde poderia ter sido salva se o centro de saúde, avaliado em 0,000000000000001% do valor correspondente à quantia partilhada nas dívidas ocultas, tivesse sido construído como prometido. Enquanto Matilde se esvaía em sangue tinha lugar uma festa onde se distribuíam ranges rovers, motas top de gama, casas incríveis e por aí em diante. No outro lado de Maputo um rapaz banha-se no rio, mas a sua pele começa a arder sem motivo aparente. Inocente Reginaldo não percebia que era vítima dos químicos duma fábrica de alumínio por conta do seu bay pass. A multinacional jamais se responsabilizou pelos danos. Os responsáveis pela fiscalização fizeram ouvidos moucos ao clamor popular. Eles criavam campanhas de responsabilidade social em grandes órgãos de mídia e nos jornais escrevia-se: um rapaz morreu afogado por entrar no rio ébrio. Somos um país incrivelmente despraparado para pobres e dói, imenso, quando um golpe lixa tudo. Não que o dinheiro fosse tornar a nossa vida menos miserável do que já era. Neste caso tornou as coisas bem piores. Antes das dívidas 100 dólares eram 3000 meticais. Hoje são 6000. Ficávamos duas vezes mais pobres e por essa razão é impossível ser imparcial no que diz respeito à responsabilização dos estrategas da nossa penúria. Por Matilde e Reginaldo e por todos que se abraçam no _my love_ com essa chuva que se lixem.
Essa mulher "dele" natural que tanto se fala onde está? Aliás, pessoa natural onde está? Desde os primórdios da humanidade as pessoas vivem insatisfeitas com as suas aparências naturais. A humanidade nunca se conformou com a sua fisionomia. A humanidade nunca se conformou com a vontade de Deus. A humanidade vive se transformando. Ou pinta aqui, ou corta ali. Ou fura isto, ou rasga aquilo. A mulher esteve sempre coberta de adornos. Jóias.
Olhemos um pouco à nossa volta. Na Indonésia tem um povo que as mulheres afiam os dentes para serem as mais preferidas, outras esticam o pescoço com argolas - as mulheres girafa. Em África temos tribos que as mulheres rasgam lábios e orelhas para colocarem um disco, tem tribos que usam argila para o arranjarem o cabelo. Aqui em Moçambique temos a tribo Makonde e Lomwê que as mulheres tatuam a face para se sentirem mais giras. Temos muitas tribos aqui que as mulheres alargam os grandes lábios (matunas) para se sentirem mais gostosas.
Tenho visto que no dia-a-dia as pretas "cabeludas" são as mais disputadas entre os homens. As artistas negras "cabeludas" e "unhadas" são as mais desejadas. Não vai ser hoje que a sul-africana Zozibini Tunzi ganhou o Miss Universo que os "chapéus" das nossas "sistas" não servem mais. Uwaaaaa!!!
Homens, vamos ser honestos. Já não há pessoa natural. Mesmo homens naturais já não existem mais. Esse machismo avulso que andamos a espalhar por aí é todo ele falso. Até os nossos orgasmos são laboratoriais. Estamos a proporcionar prazeres artificiais às madames. Até os nossos bíceps e tríceps são da China. A mulherada sabe disso e nunca nos incomodou. Então, vamos parar com isso.
Esse papo de cabelo e não-cabelo é pura hipocrisia! É hipocrisia porque quem compra aqueles cremes, cabelos e unhas são os namorados, maridos, pais, noivos, amigos, etecetera. São machos. Somos nós. Numa África pobre e sofrida - onde o poder financeiro das mulheres é fraco - não teríamos negócio de tissagens, se os homens não abonassem a prática. As mulheres pedem-nos para comprarmos aqueles cabelos e unhas porque nós gostamos. Nós apreciamos, sim. Quando deixarmos de apreciar, elas vão parar de usar.
O cabelo da Miss é um não-assunto. Não é assunto, tanto que ela nem é tão natural quanto se diz. Aquela é uma "rebocada" também. Então, vamos discutir o essencial do que ela disse nos seus discursos. Por exemplo, a promoção da liderança das raparigas. Isso - sim - é conversa. Vamos falar dos projectos que ela vai desenvolver enquanto Miss em prol da mulher no seu país, na região, no continente e no mundo. Vamos falar de como nós, enquanto vizinhos e "cunhados", podemos aproveitar da sua influência. Vamos falar de como ela pode-nos ajudar a levar aquelas pequenas miss's do Gabriel Júnior para as telas do mundo. Vamos falar do essencial.
Meninas, não caiam nessa balela. Isso é pura manifestação do patriarcado. Quem quer cabelo postiço, usa, quem não quer, deixa (sem falar mal de quem usa). Vocês não estão em nenhum concurso de Miss. E mesmo assim, se a Zozibini venceu, não contou a carapinha dela. Miss Universo é muito mais do que um desafio de cabelos e unhas.
Então, manas, se a moda é usarem cabelos das vossas primas asiáticas ou latino-américanas, vamos a isso. A gente paga, nem que seja em prestações. Curtimos bué. O resto é colóquio flácido para acalentar bovino. Papo furado.
- Co'licença!
“Esta noite abriu-se uma porta e eu não podia estar mais grata por ser quem passou por ela. Que todas as meninas que presenciaram este momento acreditem para sempre no poder dos sonhos e vejam os seus rostos reflectidos no meu.”, Zozibini Tunzi
Esta semana temos mais uma razão para nos sentirmos abençoados por fazer parte desta Era. Pela História passar por nós e por podermos gritar ao Mundo que a estamos a viver. Este é o poder da comunicação e, também, das redes sociais. Hoje “meio mundo” se orgulhou da Vitória de Zozibini Tunzi! A sul-africana que foi eleita Miss Universo 2019.
Numa altura em que se fala e se exige representatividade em género, raça e número, principalmente no que toca a nós, mulheres, é sim um dia para celebrar. Aos 26 anos Zozibini é quarta mulher negra a ser eleita Miss Universo, em 68 edições do concurso. 68, tenho de repetir. Antes dela Janelle Commissiong, de Trindade e Tobago esperou 25 anos para ser eleita a mais bonita do Universo, em 1977. Seguiu-lhe a norte-americana Chelsi Smith, em 1995, e a angolana Leila Lopes em 2011.
Se fizermos bem as contas, há uma diferença de mais de 20 anos nestas coroações. Se analisarmos um bocadinho mais a fundo talvez consigamos perceber que há um atraso na mentalidade de quem avalia ou decide quais são os standards de beleza do Universo.
O que começou por ser apenas um concurso criado na Califórnia, em 1952, pela empresa de vestuário Pacific Mills, passou a ser uma marca com uma licença que se renova anualmente. Neste evento estão envolvidos vários players do mercado mundial e muito dinheiro, também.
Não é de estranhar a invisibilidade da mulher negra num ecossistema em que quem dita são as marcas.
Mesmo assim, várias gerações foram passando e se esquecendo se havia mulheres negras a serem premiadas. Ser invisível é isso. É não existir. E a beleza, para além de outros fatores da sociedade é um assunto do foro muito íntimo. Que temos receio em abordar.
Foi preciso as redes sociais serem mais um player, definido por nós – pela positiva – para que questões invisíveis começassem a ser visíveis. E acredito que a discussão e exposição inteligente tem sempre uma força maior.
Foi o que senti quando vi mais de dez vezes o discurso de Zozibini.
“Eu cresci num mundo onde uma mulher como eu, com o meu tipo de pele e cabelo, nunca foi considerada bonita. E acho que é hora de isso terminar hoje", disse a concorrente, na sua última mensagem antes do veredito final.
E afirmou-o bem. De facto, quando olho para trás e penso nos primeiros anos de adolescência, em Lisboa, lembro-me que sempre quis ter tranças compridas para os meus cabelos abanarem como os das minhas amigas. Fizeram-me a vontade. Claro que na altura nunca pensei que um dia ia escrever uma crónica a falar sobre isto e muito menos com o cabelo curto, semelhante ao de Zozi, é assim que vai ser o nickname dela para mim. E a ouvir Hugh Masekela. Estou mesmo feliz.
Zozi, para quem já ultrapassou as inseguranças impostas pelo mundo Ocidental, como tu, eu e outras mulheres de que tenho muito orgulho, e marcou um statement num concurso em que raras foram as mulheres negras que tiveram coragem de assumir o seu cabelo, a sua visão de combate ao racismo estrutural, já tinhas ganho pela tua frontalidade e segurança. I’m so proud of you girl.
Aos 26 anos és o futuro de mulher negra que quero ver, mais e mais representada. Ter ao meu lado. É em ti que me espelho, mesmo sabendo que faço a minha parte, precisamos de mais miúdas como tu. De mulheres que de facto se unem a outras mulheres por uma causa, a nossa. E não dividem para reinar. Com educação, assertividade e uma postura coerente com o presente. Nada de vitimização ou acerto de contas com o passado vindo de alguém que tinha um ano quando apartheid terminou.
Os teus pais só podem ser pessoas muito especiais por, apesar do que passaram, nunca terem passado aquilo, que hoje em dia, seriam inseguranças para ti.
"Liderança. É algo que falta a mulheres e mulheres jovens há muito tempo, não porque elas não a desejavam, mas por causa de como a sociedade rotulou como as mulheres deveriam ser". Há oito anos era apenas um concurso de beleza que elegia uma mulher negra. Hoje foi um concurso de beleza que deu voz a uma líder.
Khanimambo.
*Parabéns em Xhosa
Persistir no escrutínio da acção do CIP, nas suas “falhas”, no seu procedimento, não passa duma técnica para desactivá-lo e proteger os verdadeiros inimigos dos 28 milhões de habitantes deste país. Devemos fortalecer as nossas instituições. Isso é mais do que óbvio, mas tal não invalida a perspectiva do CIP e nem do grosso dos moçambicanos que julgam que a justiça só poderá ser feita doutra forma. Só que a questão sequer é essa quando se analisa o papel do CIP, mas sim a manipulação turva de sempre. Convém falar do CIP e de Borges Nhamirre para desviar a atenção dos verdadeiros malvados desta história macabra, cujas acções fizeram disparar o dólar para valores insustentáveis. Antes disto andávamos na casa dos 30 e e chegámos aos 83 meticais por dólar. Com essa dívida ficamos duas vezes mais pobres e assistimos, nesse hiato, duas guerras na zona centro e agora estamos com mais uma no Norte do país. Nem segurança e nem dinheiro obtivemos dessa empreitada. Portanto, a questão não é, de forma alguma, a posição do CIP, mas sim que enquanto se fala de Borges Nhamirre e do Elísio ninguém fala dos responsáveis. Esse é o verdadeiro e único perigo. Esquecer-mo-nos do tempo e do estrago que a dívida causou. Estrago esse que perdura até aos dias de hoje e que vai encontrar prolongamento na nossa inclinação para discutir perspectivas, agendas e quejandos. Dia pós dia, a realidade sublinha o acerto desse silogismo implacável.
Nesta situação, falar do Borges, persistindo no asfixiante escrutínio do papel do CIP, dos “problemas” de língua, nada mais é do que, repito, uma técnica para desacreditar a instituição, para proteger não somente os verdadeiros inimigos da sua causa, mas sim de todos lesados pelo golpe. Enquanto todos focos apontam para Borges e o CIP, os exploradores da nossa desgraça colectiva, os larápios do erário e os vampiros do nosso sangue continuarão vencendo a guerra da exploração do nosso já tão tênue pescoço.