Director: Marcelo Mosse

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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

Redacção

terça-feira, 24 julho 2018 13:51

Os contornos dos 800 mil USD da Embraer

O despacho de pronúncia do caso Embraer apresenta uma incorrecção gravosa sob a qual assenta toda a acusação do Ministério Público, conforme escrevi ontem. O argumento central é o de que os três arguidos (José Viegas, Paulo Zucula e Mateus Zimba) se uniram na solicitação de um suborno à Embraer, que originou o agravamento da oferta inicial de 30.850.000 para 31.100.000 USD para cada uma das duas aeronaves. De acordo com a pronúncia, os arguidos exigiram um “gesto” de 400 mil USD à Embraer para cada unidade.

A 22 de Maio de 2008, a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer SA) enviava às Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) sua proposta final de venda de duas aeronaves da marca Embraer 190 LR, com sugestão inicial de entrega em Julho e Agosto do ano seguinte. Na proposta, a Embraer deixou claro que o preço de oferta de cada aeronave seria em “condições económicas de Janeiro de 2008”. Cada uma custaria à LAM 30.850.000 USD, incluindo equipamento opcional. A Embraer alertava ainda à LAM que esta devia manifestar seu interesse e assinar o contrato até 30 de Junho de 2008.

sexta-feira, 20 julho 2018 13:25

O modelo do Ruanda não serve para Moçambique

Na terça-feira, a Vice-Ministra dos Negócios Estrangeiros, Maria Manuela Lucas, disse que a visita do PR Filipe Nyusi ao Ruanda era uma empreitada de aprendizagem. Vamos lá para aprender, asseverou ela. Ontem, já em Kigali, o PR reforçou essa vontade. E exigiu que os empresários deviam voltar para cá com negócios fechados. Se o PR não tiver olhar crítico e uma peneira bem tecida para filtrar fino, ele corre o risco de trazer de volta o pior que se pode esperar de uma democracia. Quando o PR regressar, eu gostaria de poder saber o que ele terá aprendido.

segunda-feira, 16 julho 2018 13:10

Gloomy situation in MDM

Em 1969, Uria Simango (pai dos políticos Daviz e Simango, do MDM) era um militante agastado com o rumo que a então Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) tomava. Para dar corpo a suas inquietações, Uria escreveu um relatório explosivo intitulado “Gloomy Situation in Frelimo”. O documento pintava uma situação sombria na frente, desinteligências insanas e posturas individualistas, que punham em perigo a unidade dos três movimentos que lhe deram originaram. A definição do inimigo era um debate recorrente. Simango se insurgia contra o regionalismo perverso de uns e o individualismo ganancioso de outros. Contra o sectarismo e o tribalismo também. A Frelimo não estava coesa. Era um antro de guerrilheiros dominados por figuras do Sul, que centralizavam a tomada de decisão. Seu texto causou feridas e ele foi expulso. Sua rotulagem do partido foi tida como pária.

A enérgica Ministra Vitória Diogo (Trabalho e Segurança Social) acaba de perder uma das suas batalhas de bandeira contra...Helena Taípo, a sua antecessora. No passado dia 7 de Novembro, o Tribunal Administrativo lavrou uma decisão judicial dando razão a Nadhari Opway num diferendo à volta de um edifício construído pela empreiteira para o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). O caso remonta a 2014. O INSS contratou nesse ano a Nadhari para a construção de um imóvel de 16 andares (chave na mão), localizado junto das instalações do Grupo Desportivo de Maputo, na baixa da cidade de Maputo. Custo: 1.544.400.000,00 (mil e quinhentos e quarenta e quatro milhões e quatrocentos mil meticais). 

terça-feira, 20 novembro 2018 04:53

Como anunciar

Cartamz.com pretende ser um serviço público, que informa à generalidade dos consumidores através das suas plataformas digitais, cujo acesso é gratuito. Sendo gratuito, a viabilidade económica de Cartamz.com só pode assentar na publicidade. Sem anunciantes robustos dispostos a rubricarem contratos de inserção anuais ou semestrais, o projeto só sobreviveria com o apoio de doadores externos. Não é esse o caminho escolhido.


Cartamz.com posiciona-se como um jornal ao serviço da melhoria de um ambiente de negócios e, por isso, aposta em relações comerciais com atores destacados do sector privado que operam em Moçambique. As opções de publicidade de Cartamz.com tem duas dimensões: o Display Advertisement (banners) e o Branded Content (publicidade redigida).


Display Advertisement

A Homepage da Cartamz.com dispõe de 6 banners (cada um pode ser gerido de acordo com o plano de inserção do cliente) e uma Secção de Câmbios do Dia. Dispõe também de banners interiores. Todos os banners da homepage (incluindo a secção de câmbios) serão inseridos, a custo zero, na Carta do Dia, que circulará por whatsapp com o resumo das principais matérias. Esta circulação dará enorme visibilidade aos anunciantes de Cartamz.com, porque atingirá todos os cantos do país e do mundo.


Branded Content (publicidade redigida)

Esta modalidade publicitária é igualmente um viés para a sustentação do negócio da Cartamz.com. Entre as secções do jornal encontra-se a de Empresas, Marcas e Pessoas. Aqui, Cartamz.com pretende capitalizar anúncios sobre eventos e produtos de toda a natureza, desde que não firam o critério da legalidade e estejam dentro dos quadros gerais de decência. Empresas, organizações e entidades estatais encontrarão aqui um espaço para a promoção de seus eventos e produtos, em texto corrido, noticioso, ilustradas com as imagens que forem fornecidas a Cartamz.com. Para tal, os interessados deverão enviar para Cartamz.com seus press releases.
Cartamz.com avaliará se determinado press release é de interesse público e pode ser noticiado normalmente ou se se trata de uma abordagem meramente comercial ou promocional – e assim entrará na categoria pura de branded content, pagando pela divulgação dessa informação.


Para mais informações, por favor consulte-nos.

terça-feira, 20 novembro 2018 04:46

Germano de Sousa

 

Germano de Sousa é um conhecido editor, que durante vários anos trabalhou como jornalista sénior na Radio Moçambique, onde se reformou em 2015, depois de atingir o topo da carreira. Começou sua carreira jornalística em 1988.

quinta-feira, 11 outubro 2018 15:05

Os excluídos de Chinonankila

Nos arrabaldes cada vez mais urbanizados (ou cheios de betão) entre a Matola e Boane, há uma ilha de excluídos. Cidadãos que vivem na confluência dos serviços municipalizados dos dois lados mas que não podem votar porque ninguém se recordou de lhes abrir as fronteiras da autarcização. Em Chinonankila, e também em Juba, seus habitantes não votam. Não estão autarcizados, na linguagem oficial. Essa ilha desmunicipalizada começa na Matola-Rio, ali na ponteca, e termina onde inicia o elitista bairro do Belo Horizonte, que foi anexado pela edilidade da vila distrital de Boane.
terça-feira, 04 setembro 2018 08:00

Marcelo Mosse

Marcelo Mosse tem mais de 26 anos de experiência como jornalista, a maioria deles fazendo jornalismo de investigação. É oriundo de Inhambane, onde começou no jornalismo radiofónico e militou no movimento literário Xiphefo. Possui uma Licenciatura em Administração Pública pela ex-UFICS (UEM, 2002) e frequentou um Mestrado em Estudos Africanos (ISCTE, Lisboa 2005).


É o principal mentor e fundador da organização não governamental Centro de Integridade Pública, uma referência incontornável no espectro da sociedade civil moçambicana. Escreveu, em co--autoria com Paul Fauvet a biografia do jornalista Carlos Cardoso, intitulada “É proibido pôr algemas nas palavras”. Já foi correspondente de vários meios de jornalismo estrangeiro e editou jornais e também relatórios de pesquisa.

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