Valor do comércio entre a China e os países de língua portuguesa atingiu 108 928 milhões de USD de Janeiro a Setembro, um aumento homólogo de 21,22%, segundo dados oficiais chineses divulgados pelo Fórum de Macau. A China exportou para os oito de língua portuguesa no período em análise bens no valor de 31 540 milhões de USD (+19,88%) e comprou mercadorias no montante de 77 387 milhões de USD (+21,78%), assumindo um défice comercial de 45 847 milhões de USD.
A empresa londrina Wentworth Resources confirmou nesta segunda-feira que está a sair da exploração de petróleo e gás em Moçambique. Isto significa que, a partir de 30 de Abril deste ano, a Wentworth desistirá da sua participação de 85% no bloco terrestre de Tembo, na Bacia do Rovuma, na província Cabo Delgado. Os outros 15% no bloco são da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH). No terceiro trimestre deste ano, Wentworth fez uma reavaliação das reservas de gás encontradas no bloco Tembo. Concluiu que o bloco contém volumes brutos de 87 bilhões de pés cúbicos de gás natural, dos quais 61 bilhões de pés cúbicos são recuperáveis. Esses números são baixos. Estimativas anteriores haviam sido superiores a 260 bilhões de pés cúbicos de gás. A Wentworth chegou à conclusão de que explorar o bloco não era comercialmente viável.
As recentes nomeações interinas de três oficiais da Renamo, pelo Ministro da Defesa Atanásio M’tumuke, estão a deixar as lideranças do maior partido da oposição com os nervos à flor da pele. Tal preocupação foi apresentada, hoje, numa teleconferência realizada na Sede Nacional da Renamo, em Maputo, onde Ossufo Momade, Coordenador da Comissão Política, divulgou os detalhes do encontro realizado a 13 de Dezembro passado, na Serra de Gorongosa, com os representantes do Grupo de Contacto (composto por uma mediação que integra os embaixadores da Suíça, dos EUA, o representante da União Europeia e o Alto Comissário do Botswana).
Homero Lobo é jornalista há 32 anos, tendo iniciado a sua carreira na Sociedade “Notícias”. Naquela casa permaneceu por uma década, e esteve ligado ao nascimento do primeiro jornal desportivo nacional, o “Desafio”. Mais tarde voltou a estar igualmente ligado ao surgimento de um outro jornal desportivo/cultural, o “Campeão”, onde desempenhou as funções de editor do suplemento cultural.
Ao longo destas três décadas de percurso jornalístico pertenceu aos quadros do jornal “Savana”, das revistas “Sol do Índico”, “MozIn” e “Mozbusiness”, para além de ter colaborado com uma série de publicações nacionais e estrangeiras. Foi igualmente Assessor de Comunicação em diversos organismos nacionais (estatais e privados), com especial destaque para o Ministério da Administração Estatal e Função Pública e o Conselho Municipal de Maputo.
Pertence à primeira “fornalha” de licenciados em Administração Pública, pela UFICS (UEM), e possui ainda uma pós-graduação em E-Government pelo SIBIT (Shriram Institute of Business and Information Technology) de New Delhi, Índia. Tem formação média em jornalismo pela Escola de Jornalismo.
Redi Yesuf Muktar, o CEO da EMA, aceitou conversar com a “Carta”, por escrito, sobre os planos da companhia em Moçambique. Duas avarias recentes em seus dois aparelhos, levantou na opinião pública uma questão: estava a EMA preparada para iniciar suas operações em Moçambique? Redi Yesuf diz que “sim” e explica o que é que a EMA está a fazer para contornar o recente golpe das avarias. A resposta foi imediata. Ontem chegaram a Maputo duas aeronaves. A entrevista foi feita por escrito. Ei-la:
A imprensa moçambicana anunciou na semana passada que, dos dois últimos réus do caso “Ataques em Cabo Delgado” ouvidos no Tribunal em Pemba no passado 12 de Dezembro, um já foi membro da Polícia da República de Moçambique (PRM). O perfil de alegados integrantes capturados e a quem se atribui posições de liderança dentro dos grupos de atacantes tem uma característica que se repete: ou foi militar das FADM ou foi agente da PRM.
Em cerca de um mês e meio de fiscalização referente ao período da quadra festiva, a Inspeção Nacional das Atividades Económicas (INAE) retirou das bancas dos mercados produtos correspondentes a 2.100 Milhões de Mts, dos quais os enlatados representam a maioria. A campanha de fiscalização do período festivo iniciou em Novembro, sendo que até ao presente já foram inspeccionados 3.634 estabelecimentos comerciais, com maior destaque para a área de comércio a retalho, bancas e barracas nos mercados, por esta ser considerada um local onde são comercializados os produtos deteriorados e mal conservados.
A grande maioria de empresas de construção civil de Moçambique vai apresentar prejuízos no exercício económico de 2018, disse o presidente da Federação Moçambicana de Empreitiros (FME). Manuel Pereira, em declarações em exclusivo ao jornal O País, mencionou a existência de 700 empresas em situação de falência, que poderão encerrar já em 2019, devido à crise económico-financeira que se regista em Moçambique.
Passageiros das Linhas Aéreas de Moçambique ficaram retidos no aeródromo de Vilankulo na tarde de domingo passado. Um voo que normalmente parte de Vilankulo às 14h:45 com chegada a Maputo às 16h:35 só descolou daquele ponto do país às 16 hrs, tendo aterrado na capital às 18h:15. A LAM, em comunicado divulgado ontem, reconhece que tem vindo a enfrentar problemas na rota Maputo/Inhambane/Vilankulo.
Geraldo Carvalho, deputado da Assembleia da República pela bancada do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), foi substituído, na semana passada, na Comissão de Defesa e Segurança, do Parlamento, e no seu lugar foi colocado o suplente Raimundo Pitágoras. A medida vem pôr termo ao braço-de-ferro que coloca o então chefe nacional de mobilização e a direcção do MDM, por este ter, de forma unilateral, abandonado a formação política liderada por Daviz Simango.
O conflito entre Carvalho e o MDM já se arrasta há bastante tempo, muito antes da realização das eleições autárquicas, tendo o deputado rompido o silêncio e apoiado publicamente a campanha eleitoral de Manuel Bissopo, derrotado pelo ”eterno autarca da Beira”. Geraldo Carvalho foi um dos que defenderam a substituição de Daviz Simango na lista dos candidatos do MDM ao Conselho Autárquico da Beira, situação que criou o isolamento do então chefe nacional de mobilização no seio do clã Simango, que nunca quis ceder a presidência da edilidade a outros membros.
A saída forçada de Geraldo Carvalho da Comissão da Defesa e Segurança foi-nos confirmada pelo porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), e também deputado do parlamento, Sande Carmona. ”Não tenho muitos detalhes sobre isso, mas tive informações de que ele foi substituído na semana passada pelo colega e deputado, Raimundo Pitágoras, que era suplente na mesma comissão parlamentar”, disse a nossa fonte.
Refira-se que ainda se aguarda a decisão do Parlamento relativa à perda de mandato de Geraldo Carvalho e Ricardo Tomás, que já foram ouvidos pela comissão parlamentar de ética, sob proposta do Movimento Democrático de Moçambique. A destituição destes dois deputados deve-se pelo facto de os visados se terem filiado ao partido Renamo. “Carta” falou ontem com Carvalho. Ele disse que prefere não fazer comentários. “O certo é que continuarei na Assembleia da República em cumprimento das leis existentes, não pela vontade de pessoas”, disse. Geraldo Carvalho diz não ter dúvidas que está a sofrer uma perseguição política interna, movida pela liderança do Movimento Democrático de Moçambique. (Sitoi Lutxeque)