Relatos contam que o ataque começou pelas 19 horas. Os atacantes, divididos em dois grupos, entraram na aldeia, começando a disparar indiscriminadamente e a queimar casas. Os populares puseram-se em fuga. Dentre as vítimas mortais contam-se um jovem e dois adultos. Um deles era agente de segurança comunitária. Tinha na sua posse uma arma de fogo. Foi perseguido logo que os atacantes descobriram que ele estava armado. Mataram-no e levaram consigo a referida arma com suas munições. Trata-se do tipo de armas alocadas às aldeias para efeitos de segurança popular, explicou uma fonte local.
A fonte acrescentou que eram dois grupos de atacantes. Uns entraram pelo lado de Quiterajo, a norte da aldeia, e outros pelo da praia, na zona este. Enquanto uns queimavam a zona do mercado, outros atacavam a outra zona da aldeia. Outra fonte na aldeia Milamba descreveu que os atacantes entraram muito cedo, ainda as crianças não tinham dormido e as barracas estavam abertas.
“O meu empregado abandonou a barraca e fugiu logo que viu pessoas estranhas. Além de dinheiro, levaram o que quiseram e depois queimaram”, disse um comerciante local, cujo estabelecimento comercial foi vandalizado. De Milamba, outra vítima, desesperada, falou-nos por telefone: ”Perdemos tudo. Teria sido pior não fosse o facto de um agente de segurança comunitária da aldeia vizinha. Chamada "Unidade", ter disparado dois tiros, pondo os malfeitores em fuga. (Saíde Abido)