Curiosamente, neste centro havia sido erguida uma “mesquita” onde alguns jovens faziam orações diárias. Nas sextas-feiras, a “mesquita” acolhia jovens de Pequeue, Ilala e Cogolo. Tinha sido baptizada de “Medina”, uma das cidades sagradas da Arábia Saudita. Os malfeitores entraram por volta das 21 horas desta quarta-feira. Chegaram e começaram a queimar casas dos pescadores e de outras pessoas que vivem da comercialização de pescado.
Os residentes fugiram à mínima suspeita pois já estavam de sobreaviso. Kulansi é um centro frequentado por pescadores “migrantes” vindos de alguns distritos de Nampula, Mocímboa da Praia e de Tanzania. Entretanto, “Carta” apurou que dois dias depois do ataque à aldeia Pequeue, onde foram queimadas 88 casas, mais 60 que no ataque anterior, os moradores locais começam a abandonar a região devido à falta de abrigo e uma eminente crise de alimentos. (Saíde Abibo)