O facto decorre da transformação da Comissão Permanente Conjunta de Cooperação (CPCC) para Comissão Binacional (CBN), no quadro do reforço da cooperação bilateral, marcado pela visita de três dias do presidente Emmerson Mnangagwa a Moçambique.
O Presidente zimbabueano desembarcou Domingo em Maputo para a sua primeira visita oficial a Maputo. Ele é acompanhado por vários ministros, incluindo o das Relações Exteriores e Comércio Internacional, Frederick Shava, da Defesa e Assuntos dos Veteranos de Guerra, Oppah Muchinguri-Kashiri, dos Transportes, Felix Mhona, de Energia, Zhemu Soda, dos Assuntos Parlamentares, Ziyambi Ziyambi, do Ensino Superior, Inovação, Ciência e Tecnologia, Professor Amon Murwira e dos Assuntos da Mulher, Comunidade, Desenvolvimento de Pequenas e Médias Empresas, Sithembiso Nyoni.
Além de elevar as relações entre Maputo e Harare, espera-se que sejam assinados quatro memorandos de entendimento (MoUs).
Durante a última sessão da Comissão Permanente Conjunta de Cooperação realizada em Harare em 2019, os dois governos chegaram a acordo em relação à luta contra o crime organizado transnacional e a desminagem ao longo da fronteira.
"Carta" apurou que o dia iniciou com conversações oficiais lideradas pelos dois Presidentes, seguindo-se a cerimónia oficial de assinatura dos vários memorandos de entendimento dos quais se espera a transformação da Comissão Permanente Conjunta de Cooperação numa Comissão Binacional, a assinatura de memorandos de entendimento nas áreas de Ciência e Tecnologia, Busca e Salvamento em acidentes aéreos e Assuntos Jurídicos.
Moçambique continua a ser um dos principais parceiros comerciais do Zimbabwe na região e existem várias oportunidades para a expansão dos volumes de comércio, com o Zimbabwe interessado, em particular, em expandir a cooperação em muitos sectores.
O chefe da diplomacia zimbabueana disse à imprensa do seu país que os três dias de visita serão uma oportunidade para abordar questões que vão reforçar ainda mais a cooperação bilateral e estabelecer laços de trabalho mais estreitos.
O ministro Frederick Shava disse ser animador ver como as relações entre os dois países se expandiram e se aprofundaram tanto ao nível político como económico.
Zimbabwe e Moçambique partilham uma visão comum sobre questões de paz, estabilidade e desenvolvimento económico, integração regional e continental.
Zimbabwe não participa directamente nas operações militares da Missão Militar da SADC (SAMIM) contra os terroristas em Cabo Delgado, mas um contingente de cerca de 300 instrutores zimbabueanos está envolvido na formação e treino de militares moçambicanos.
Recorde-se que na última cimeira extraordinária da SADC realizada em Janeiro, em Lilongwe, Zimbabwe, África do Sul e Malawi comprometeram-se a fornecer alimentos para aliviar o sofrimento dos deslocados internos em Cabo Delgado, devido às acções terroristas. (Carta)