Os países filiados à Southern Africa Power Pool (SAPP), um centro de coordenação de electricidade a nível da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), manifestaram a sua preocupação pelo défice de sete Gigawatts de energia eléctrica.
A informação foi prestada esta terça-feira pelo Director das operações da Electricidade de Moçambique (EDM), Luís Ganje, durante a 59ª Reunião Geral da SAPP, que decorre em Maputo até esta quinta-feira.
Ganje explicou que a nível da região da SADC existem ainda três países, entre os quais o Malawi, que não estão ligados à SAPP, sendo que Moçambique se posiciona como exportador, visto que tem um excedente de energia e consegue responder no mercado.
“Os sete Gigawatts são sobretudo o défice da África do Sul, daí que poderá recorrer à SAPP para suprir as suas necessidades internas. No entanto, os países vizinhos têm a oportunidade de poder fazer investimentos na área de geração para responder à demanda existente na África do Sul”, explicou.
Segundo o Director de operações da EDM, nesta sessão serão discutidos assuntos que devem ser levados ao executivo da SAPP e, a posteriori, para a reunião da SADC que irá decorrer ainda este ano. Questionado se Moçambique está em condições de alcançar o acesso universal de energia até 2030, a fonte respondeu que há esperança para se atingir este desafio.
Refira-se que a SAPP foi criada com objectivo de suprir as necessidades de electricidade, permitindo que os países com excedente de energia possam vender aos países com défice e adiar a necessidade de investimento em projectos de geração. (Marta Afonso)