Contra todas as críticas de economistas e do sector produtivo no país, o Banco de Moçambique (BM) voltou a colocar em leilão do tipo B mais Bilhetes de Tesouro (BT). A medida é contestada por limitar a possibilidade da redução das taxas de juro, encarecendo assim os custos para as empresas que pretendam reinvestir e expandir os seus negócios, para além de tornar caro o crédito às famílias.
Este é o quarto mês consecutivo do ano em que o Banco Central faz “ouvidos moucos” e leiloa títulos da dívida pública e sem se referir ao propósito da medida, nomeadamente se é para a condução da política monetária, o que para os críticos seria ideal, ou se visa financiar a despesa pública, o que é criticável.
No comunicado que emitiu na última sexta-feira (12), o BM diz que o leilão é dirigido a instituições financeiras não monetárias, nomeadamente sociedades financeiras de corretagem, corretoras, gestoras de fundos de pensões e de investimento, bem como empresas seguradoras. (Evaristo Chilingue)