Em cerca de cinco anos, o Ministério da Indústria e Comércio (CIP) diz ter continuado a promover a diversificação da economia e a promoção de investimentos. De 2020 a Junho de 2024 corrente, o Ministério aprovou um total de 1026 projectos de investimento directo nacional e estrangeiro, num volume global equivalente a 6.9 biliões de USD, com potencial para gerar cerca de 65.9 mil postos de trabalho para moçambicanos e não só.
A informação foi avançada esta quarta-feira (26) em Maputo, pelo Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, durante a abertura do XXII Conselho Coordenador do pelouro. Do total de projectos aprovados, Moreno explicou que se encontram em fase de implementação um total de 579 projectos, tendo destacado a construção e exploração de uma unidade industrial para o benefício de ilmenite e zircão, orçada em 30 milhões de USD, prevendo criar 180 postos de empregos em Pebane, na província da Zambézia.
Destacou ainda a construção de uma unidade industrial para processamento de aves, gado bovino e caprino, orçada em 23.7 milhões de USD, prevendo criar 25 postos de empregos para cidadãos nacionais e não só, em Chigubo, na província de Gaza.
Moreno mencionou ainda a instalação e exploração de uma unidade industrial de cerâmica, no distrito da Moamba, província de Maputo, com investimento total de 100 milhões de USD, empregando actualmente 800 nacionais e prevendo empregar mais de mil pessoas.
“Construção, operação e gestão do terminal de cereais e posterior construção de terminal de fertilizantes, com investimento total de 20.2 milhões de USD em Nacala, província de Nampula, onde prevê empregar 152 cidadãos nacionais. Outro destaque vai para a construção e operação de um terminal logístico (porto seco), com investimento total de 70 milhões de USD em Moatize, província de Tete, susceptíveis de criar 150 postos de empregos para nacionais”, acrescentou o Ministro.
Durante os últimos anos e com o mesmo desiderato de impulsionar o investimento nacional, Moreno destacou a melhoria do nosso quadro regulatório com reformas no sector para continuar a alentar, de forma sustentável, a actividade económica em Moçambique.
Mencionou a revisão da Lei de Investimento, tornando-a mais flexível e dando maior celeridade aos processos de autorização dos projectos, a Política e Estratégia comercial, que define as prioridades para a rede de abastecimento bem como a internacionalização das empresas moçambicanas.
Apontou também a aprovação da Lei de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), com vista a promover este segmento do empresariado, para além do estabelecimento de Preços de Referência para assegurar que os preços declarados são os praticados no mercado e desta forma melhorar a balança comercial. (Evaristo Chilingue)