De Janeiro a Dezembro de 2023, o sistema ferro-portuário manuseou 90 milhões de toneladas, número que representa um crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ano de 2022, em que foram manuseadas em todos os portos e ferrovias 81 milhões de toneladas. A informação consta do Relatório e Contas da empresa pública, Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) referente ao exercício económico findo a 31 de Dezembro de 2023.
Desagregando, o sistema ferroviário moçambicano transportou cerca de 26.5 milhões de toneladas líquidas, contra cerca de 33.6 milhões de toneladas planificadas, representando uma execução de 79% e um crescimento de 8% relativamente ao período homólogo de 24.6 milhões de toneladas.
Da quantidade de carga transportada em 2023, o informe refere que nas linhas operadas pelos CFM, durante o exercício económico, foram transportadas cerca de 12.3 milhões de toneladas líquidas, contra 14.3 milhões planificadas, o que corresponde a uma realização de 86% em relação ao planeado. Comparativamente ao volume transportado no período homólogo de 2022, não houve grandes variações.
“Em termos de transporte de passageiros, no período em análise foram transportados 6.6 milhões de passageiros, número que corresponde a um crescimento de 25% comparativamente ao ano anterior, em que foram transportados 5.5 milhões de passageiros. Isto resulta da plena operação das automotoras que foram inauguradas em Agosto de 2022, aumentando a capacidade de transporte de passageiros no sul e centro do país”, lê-se na mensagem do Conselho de Administração da empresa, que consta do relatório em alusão.
Quanto ao manuseio da carga portuária em todos os portos concessionados e sob gestão dos CFM, do ponto de vista global, a fonte refere que o sistema registou um nível de execução de 95% do plano e um incremento de 12% em relação à realização do período anterior, ao manusear 63.3 milhões de toneladas métricas (mtm), contra 56.4 milhões registadas em 2022.
Relativamente aos terminais portuários sob gestão dos CFM, foram manuseadas durante o ano de 2023 cerca de 12.2 milhões de mtm, contra 13.21 milhões manuseadas em 2021, o que representa um crescimento na ordem de 7%.
O Relatório e Contas dos CFM sublinha que, apesar de resultados positivos, o ano de 2023 foi marcado por vários factores negativos, como calamidades naturais, com destaque para o ciclone Freddy. No total as calamidades ocorridas no primeiro semestre de 2023 causaram prejuízos avaliados em 2.4 mil milhões de Meticais, dos quais 1.9 mil milhões de Meticais resultantes de danos na Linhas de Ressano Garcia e de Goba e 506 milhões de Meticais relativos à paralisação da Linha de Sena durante 35 dias.
O resultado líquido (lucro) da empresa foi de 2.9 mil milhões de Meticais contra 2.3 mil milhões de Meticais, um crescimento na ordem de 26%. (Evaristo Chilingue)