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terça-feira, 13 agosto 2024 07:39

Moçambique assinou cinco contratos do sexto concurso para pesquisa de hidrocarbonetos

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O Instituto Nacional de Petróleo (INP) de Moçambique, regulador do setor, disse ontem que cinco dos seis contratos do sexto concurso para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos no país já foram assinados com as concessionárias petrolíferas.

 

“O sexto concurso está completamente fechado, cinco contratos já foram assinados e aprovados pelo Governo e o sexto está no processo de assinatura para depois ser levado à aprovação”, disse aos jornalistas o presidente do INP, Nazário Bangalane, que falava após uma visita às obras da fábrica que vai fornecer gás natural à Central Térmica de Temane (CTT), a primeira a gás em Moçambique, na província de Inhambane, sul do país.

 

O presidente do INP avançou que os acordos já assinados entre as autoridades moçambicanas e as empresas petrolíferas carecem ainda de um visto do Tribunal Administrativo, para que as operações de pesquisa arranquem ainda este ano. “Acreditamos que ainda este ano os trabalhos vão começar”, declarou o presidente do regulador moçambicano do setor de hidrocarbonetos.

 

O sexto concurso para a pesquisa e produção de hidrocarbonetos em Moçambique foi lançado pelo Governo em finais de 2021, galvanizado por anteriores descobertas de gás natural no país, principalmente na bacia do Rovuma, que detém reservas que estão entre as maiores do mundo.

 

Moçambique tem três projetos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado. Dois desses projetos têm maior dimensão e preveem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para o exportar por via marítima em estado líquido.

 

Um é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após um ataque armado a Palma, em março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomaria os trabalhos quando a zona fosse segura. O outro é o investimento ainda sem anúncio à vista liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).

 

Um terceiro projeto concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, diretamente no mar, que arrancou em novembro de 2022. (Lusa)

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