O Presidente da República, Filipe Nyusi, abre esta segunda-feira (26) a 59ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), evento de sete dias, que decorre anualmente em Ricatla, distrito de Marracuene, província de Maputo. Trata-se da última edição que Nyusi abre enquanto Chefe de Estado, por isso o acto será carregado de grande simbolismo.
De acordo com a proposta do programa de abertura, disponibilizada pela Agência de Promoção de Investimentos e Exportações (APIEX), a cerimónia terá dois principais momentos, nomeadamente, a visita pelo PR à exposição (das 09h00 às 11h00) e a abertura oficial da feira. No primeiro momento e olhando para os anos anteriores, a visita do PR é feita de tenda em tenda para interagir com os diferentes expositores.
No segundo momento, Nyusi vai efectivamente abrir a FACIM. Antes do discurso de abertura do Chefe de Estado, serão galardoados os maiores exportadores e investidores referentes ao ano de 2023. A proposta do programa prevê que este momento comece às 11h30 até por volta das 13h00.
Para a 59ª Edição da FACIM são esperados mais de 3.300 expositores, dos quais 2.300 empresas nacionais, 26 países, 750 empresas estrangeiras e 65.000 visitantes.
No que toca às inovações, o destaque vai para o Pavilhão da Industrialização, através do qual pretende-se exaltar o potencial da indústria nacional e o melhor do Made in Mozambique, e o Pavilhão dos Corredores de Desenvolvimento, cujo foco serão os vários projectos e iniciativas estruturantes em implementação nos principais Corredores de Desenvolvimento (Norte, Centro e Sul).
Aquando do lançamento do evento, há uma semana, o Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, explicou que, à semelhança das edições anteriores, a FACIM 2024 inclui, para além da exposição, a realização de eventos promocionais, nomeadamente, seminários temáticos e fóruns de negócios com envolvimento de entidades nacionais e estrangeiras, com o objectivo de apresentar oportunidades de investimento e negócios em vários sectores de actividade económica.
O governante destacou que a FACIM 2024 reveste-se de enorme simbolismo, tendo em conta o facto de ser a última edição no presente ciclo governativo, que apesar dos sucessivos choques internos e externos, sem precedentes, registou progressos assinaláveis no domínio económico como resultado das medidas de reforma adoptadas pelo Governo, tendo o sector privado como o centro da transformação económica e desenvolvimento do país.
O presente certame reveste-se ainda de singularidade contextual, pelo facto de suceder à conclusão do processo de efectiva adesão de Moçambique à Zona do Comércio Livre Continental Africana, através da recente aprovação pelo Governo da Oferta Tarifária e Estratégia de Implementação do Acordo.
Segundo Moreno, para além de ser o maior mercado de livre Comércio do Mundo (com cerca de 1.4 bilião de consumidores), com circulação preferencial de bens e serviços, a Zona apresenta vantagens e oportunidades para internacionalização da economia e do sector privado, especialmente as micro, pequenas e médias empresas nos sectores prioritários do país, designadamente o agro-negócios, indústria, os recursos minerais, os serviços de energia, turismo e infra-estruturas de logística e corredores.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) participa na FACIM promovendo exportações e trocas comerciais, através da segunda edição do “Canto do Exportador”, no qual pretende que seja um dos lugares mais visitados da feira e se espera, também, que seja um espaço onde grande parte das parcerias seja fechada.
A CTA terá igualmente especial atenção para a promoção do estabelecimento de contratos comerciais envolvendo agentes económicos à procura de mercado e os que se mostrarem interessados na aquisição de produtos e serviços diversos.
“Uma outra componente, e com fito de minimizar a assimetria de informação existente no seio da comunidade empresarial, será a facilitação de informação, sobre o acesso a mercados preferenciais como o da SADC, Zona de Comércio Livre Continental Africana, União Europeia, Reino Unido, EUA, entre outros. Para o efeito, será disponibilizada uma brochura que terá informação sobre os critérios e requisitos para exportar para esses destinos, assim como constarão detalhes das empresas inscritas e seus produtos e/ou serviços”, disse Vuma.
“Portanto, da 59ª edição da FACIM, temos elevadas expectativas de que, para além de ser a montra da produção local, irá espevitar que mais empresas exportem, estabelecendo assim uma maior interacção entre os empresários, o que pode proporcionar o estabelecimento de parcerias e mais negócios”, concluiu Vuma. Índia e Manica são o país e a província de honra respectivamente, pelo forte compromisso na mobilização do sector empresarial para participar da FACIM 2024. (Carta)