A Cidade da Beira esteve paralisada esta segunda-feira, na sequência da convocação feita por Venâncio Mondlane para os moçambicanos observarem uma greve nacional geral, em protesto às últimas eleições nacionais.
Na urbe houve restrição no movimento de cidadãos e registaram-se focos de barricadas nas principais estradas de acesso à cidade da Beira. Na Munhava, no Vaz e na estrada do Aeroporto ao Estoril houve queima de pneus na via pública para impedir a circulação de viaturas.
Os autores não são conhecidos, mas vê-se mais mirones e curiosos, alguns dos quais pousando no local junto para tirar fotos e alimentar o ciclo de partilha nas redes sociais. A circulação está retraída porque as pessoas não querem correr riscos enquanto não há certeza do que pode acontecer.
As pessoas mantêm-se confinadas nas suas áreas de residência, tanto que o serviço de transporte público de passageiros também paralisou as actividades.
Lembre que o transporte público de passageiros, na Beira, e em Moçambique em geral, é dominado pelo sector privado, pelo que facilmente é notório o défice.
O comércio está a funcionar muito timidamente, mas os maiores mercados da cidade optaram por encerrar. Isso aconteceu em vários sectores e empresas, que mandaram de volta para casa os seus trabalhadores, por receio de que possam ser vítimas dos protestos.
A Polícia está a patrulhar a cidade e garantir a ordem e tranquilidade com o destacamento de agentes da corporação em quase todas as artérias. Todas as escolas fecharam e os hospitais funcionam por "obrigação" do seu dever. O Corredor da Beira e o Aeroporto estão a funcionar normalmente. (Falume Chabane)