Nhamue falava à margem de uma reunião, em Maputo, do Grupo de Energia da África Austral (SAPP), que está discutindo estratégias para prevenir crimes contra a infraestrutura de eletricidade na região.
As reuniões são realizadas a cada seis meses, disse ele, e são usadas para delinear estratégias para minimizar ou mitigar o roubo e a destruição de materiais elétricos. Falando na abertura do encontro, Adriano Jonas, diretor da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), disse que os países da região da África Austral precisam de uma estratégia concertada para lidar com os roubos. Ele pediu a harmonização da legislação nos países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). “As consequências do roubo de um cabo simples não se limitam a esse cabo, mas dizem respeito à qualidade da energia fornecida e ao desenvolvimento econômico e social do país”, alertou.
Nhamue disse que a EDM tem pedido penalidades pesadas para aqueles que vandalizam torres ou roubam equipamentos. As pessoas acusadas desses crimes não devem conseguir a fiança, disse ele, mas não há sinais de que essas medidas mais duras serão adotadas. O representante da Tanzânia, Maximillian Birigi, que presidia a reunião, disse que em seu país as penalidades por roubo ou vandalismo de equipamentos elétricos podem chegar a 16 anos de prisão, mas em outros estados a pena pode ser inferior a dois anos.(AIM)