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quinta-feira, 12 setembro 2019 06:40

Custo de vida volta a encarecer em Moçambique

Depois de em Junho e Julho passados reduzir, em Agosto último, o custo de vida voltou a encarecer no país. Dados referentes ao Índice de Preços no Consumidor (IPC), elaborados mensalmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), demonstram que, após o país registar, consecutivamente, uma deflação (baixo nível geral de preços), no mês findo a situação mudou.

 

Com base em dados recolhidos nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula ao longo do mês de Agosto, o INE concluiu que o país registou, face ao mês anterior (Julho em que a deflação se situou na ordem de 0,31 por cento em comparação com o mês de Junho), uma inflação na ordem de 0,11 por cento. Em comunicado de imprensa publicado ontem (11 de Setembro) no site oficial, o INE aponta que a divisão de restaurantes, hotéis, cafés e similares foi a de maior destaque, ao contribuir no total da inflação mensal com aproximadamente 0,08 pontos percentuais (pp) positivos.

 

Da análise da variação mensal por produto, o INE destaca a subida de preços das refeições completas em restaurantes (1,1 por cento), do peixe seco (3,5 por cento), do peixe fresco (1,8 por cento), do feijão manteiga em grão seco (3,6 por cento), dos veículos automóveis ligeiros novos (0,8 por cento), do pão de trigo (0,5 por cento) e da batata-doce (11,2 por cento), que contribuíram no total da inflação mensal, com cerca de 0,27pp positivos.

 

A autoridade estatística nacional observou, no entanto, que alguns produtos com destaque para cebola (12,6 por cento), tomate (5,9 por cento), açúcar castanho (2,8 por cento), gasolina (0,3 por cento), alface (4,8 por cento), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (1,8 por cento) e couve (2,9 por cento) contrariaram a tendência de subida de preços, ao contribuírem com cerca de 0,28pp negativos.

 

“Relativamente a igual período de 2018, o país registou uma subida de preços na ordem de 2,02 por cento. As divisões de Educação e de Saúde foram, em termos homólogos, as que tiveram maior variação de preços com 4,38 por cento e 4,33 por cento, respectivamente”, lê-se no comunicado.

 

Desagregando a variação mensal pelos três centros de recolha que servem de referência para a inflação do país, o INE concluiu que a Cidade de Nampula teve, no período em análise, uma variação mensal mais elevada (0,65 por cento), seguida da Cidade da Beira (0,21 por cento) e da Cidade de Maputo (-0,19 por cento). (Evaristo Chilingue)

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