A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) lançou, semana finda, a XVII Conferência Anual do Sector Privado, denominada CASP, a decorrer em finais Maio do próximo ano.
No acto do lançamento, que contou com a presença do Ministro da Indústria e Comércio (MIC), representantes de missões diplomáticas e diversos empresários, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, disse que a XVII CASP 2020, a decorrer sob lema “Criando um ambiente de negócios para a diversificação da economia”, compreenderá três principais componentes, nomeadamente, o Diálogo Público-Privado, o Mozambique Business and Investment Summit e a Expo CASP.
Vuma explicou que a componente do Diálogo Público-Privado (DPP), que tem o seu ponto fulcral nas reformas, como já é tradicional, irá centrar-se na identificação das prioridades e necessidades de reformas do ambiente de negócios, para a facilitação e atracção de investimentos em todos os sectores, com especial atenção para o Petróleo, Gás, Energia, agricultura, turismo, transporte, infra-estruturas e serviços afins.
“A segunda componente, o Mozambique Business and Investment Summit, um esforço conjunto de grandes instituições financeiras de desenvolvimento, patrocinadores de projectos concretos e outros investidores interessados em acelerar a prosperidade de Moçambique, será (…) uma oportunidade em que cada um dos actores usará ferramentas à sua disposição para reduzir o risco de investimentos em escala e acompanhar a entrega das transacções”, afirmou Vuma.
Em termos de projectos de investimentos, a CTA espera ainda, no Mozambique Business and Investment Summit, a participação de mais de 20 Instituições Financeiras de Desenvolvimento, com as quais serão discutidos projectos que ascenderão a um bilião de USD em valor dos negócios.
A terceira componente da XVII CASP será a EXPO CASP, uma feira onde empresas de diversos sectores e instituições provedoras de serviços públicos terão a oportunidade de expor as suas potencialidades, marcas e produtos, bem como instituições provedoras de serviços públicos.
Na EXPO CASP “esperamos que as secções comerciais das Embaixadas façam bom uso deste espaço, apresentando um show case dos mercados nos seus respectivos países, quer para exportar, bem como o interesse existente da parte das suas empresas em exportar para Moçambique e as respectivas facilidades”, acrescentou Vuma.
A acontecer numa era de grandes investimentos que irão catapultar o crescimento económico do país, com destaque para o sector de Petróleo e Gás Natural, o Ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, instou as empresas a apostar na certificação para que efectivamente possam tirar proveito das oportunidades de negócios geradas pelas multinacionais.
“A certificação não pode ser vista como uma mania das multinacionais, mas sim como requisito imprescindível para a prestação de serviços a esta indústria muito exigente”, afirmou De Sousa, tendo, a par disso, depois lembrado o lançamento pela CTA, ainda na semana finda, do Programa Nacional de Certificação de Empresas (Pronacer).
Da XVII CASP 2020, em que a CTA prevê acolher cerca de 2000 participantes que de diferentes pontos do país e do mundo, o Ministro espera aprofundar a análise do DPP para a materialização de reformas legais e administrativas com vista à melhoria do ambiente de negócios no país. (Evaristo Chilingue)