A petrolífera francesa Total está a ponderar aumentar a capacidade de produção da fábrica de Gás Natural Liquefeito (GNL) que está a construir no Norte de Moçambique, anunciou ontem fonte da empresa.
A hipótese de, além das duas projectadas, acrescentar mais duas unidades de liquefacção de gás extraído da Área 1 da bacia do Rovuma, "está em estudo", referiu Mike Sangster, director de exploração e produção da Total na Nigéria.
Aquele responsável falava ontem numa conferência intitulada Semana do Petróleo em África, evento a decorrer na Cidade do Cabo, África do Sul, com a participação de vários investidores mundiais no sector.
A ambição da Total foi exposta por Sangster num painel sobre as perspectivas de investimento em África.
O plano de desenvolvimento aprovado e em implementação na península de Afungi, província de Cabo Delgado, prevê duas linhas de liquefacção de gás com capacidade total de produção de 12,88 milhões de toneladas por ano (medição para a qual se usa a sigla mtpa) a partir de 2024.
O plano antecipa já que o empreendimento pode crescer até oito linhas, uma vez que as duas unidades iniciais devem explorar pouco menos de um terço das reservas totais das jazidas.
A Total lidera o consórcio da Área 1 com 26,5%, ao lado da japonesa Mitsui (20%) e da petrolífera estatal moçambicana ENH (15%), cabendo participações menores à indiana ONGC Videsh (10%) e à sua participada Beas (10%), à Bharat Petro Resources (10%), e à tailandesa PTTEP (8,5%).
Os projectos de gás natural devem entrar em produção dentro de aproximadamente cinco anos e colocar a economia do país a crescer mais de 10% anualmente, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras entidades. (Lusa)