A queixa foi apresentada ontem, em Maputo, pelo presidente da Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Castigo Nhamane, no âmbito do lançamento de 35 novas rotas no grande Maputo, pela Agência Metropolitana de Transporte de Maputo (AMTM).
Para o presidente da FEMATRO esta situação faz transparecer que, no negócio, há "filhos e enteados", facto que prejudica uns e beneficia outros. Nhamane diz que a deslealdade deve-se ao facto de os protagonistas estarem sob proteccção dos governos municipais.
"Como consequência, esta situação cria indisciplina no trânsito, a qual por vezes termina em tragédia, com acidentes e destruição de bens, tudo por causa duma situação que todos nós poderíamos evitar, cumprindo as regras", disse Nhamane. Em boa verdade, disse a fonte, a concorrência desleal neste negócio deve-se à falta de um instrumento regulador. Mas para se acabar o problema, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da AMTM, António Matos, anunciou que vai ser criado um regulamento cuja discussão já está prevista. "O instrumento deverá determinar artigo por artigo o que cada um dos transportadores tem que fazer", disse Matos.
Segundo dados da AMTM, as novas rotas (que totalizam 55) foram criadas em troços em que actualmente há transportes a circular, desde privados, públicos e até público-privados, com o objectivo de continuar a responder a demanda do serviço no grande Maputo. Com início de operação no próximo mês, as novas rotas são acompanhadas por novos autocarros que segundo o PCA da AMTM deverão chegar no mês de Março, cerca de 50, pelo menos para a Cidade de Maputo. (Evaristo Chilingue)