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sexta-feira, 21 dezembro 2018 04:17

Preços disparam a olhos vistos

Como tem sido costume nesta época do ano, os preços dos bens alimentares voltaram a disparar. Produtos como batata, cebola, tomate, e peixe sofreram uma conheceram uma subida considerável de preços neste mês de Dezembro. A título de exemplo, há uma semana a caixa de tomate no mercado grossita do Zimpeto custava 350 Mts e hoje é vendida a 580 Mts, o que representa um agravamento de 230 Mts em curto tempo.

Trata-se de uma subida que certamente irá “inibir” as festas de grande parte das famílias moçambicanas tendo em conta que os produtos cujos preços foram agravados são exactamente os seleccionados pelo Governo para compor uma cesta básica. “Carta de Moçambique” fez uma visita ao mercado abastecedor do Zimpeto, na manhã do dia 1 de Dezembro para se inteirar da tabela de preços aplicados pelos comerciantes.

 

No Zimpeto, a caixa de tomate era comercializada a 350 Mts. Já o saco de 10 kg de batata custava 270 Mts, enquanto que o saco de 10 kg de cebola era transaccionado a 210 Mts. Uma semana depois eis os preços encontrados no mercado Zimpeto: tomate: 580/caixa, batata: 300 Mts/saco e cebola: 250 a 270 Mts/saco. O mesmo ocorre com produtos como arroz, farinha e carapau cujo preço também registou uma mudança considerável. Sandra Mavie, vendedora no mercado de Zimpeto, explica que este cenário “repete-se quase sempre quando se aproxima a quadra festiva” e é condicionado pelos armazenistas. “Hoje compramos os produtos muito caros e vendemos a um preço elevado para ter uma margem pequena de lucro”, afirma.

 

Segundo a porta-voz da INAE, Virgínia Muianga, a sua instituição já teve informação relativamente ao aumento do preço de alguns produtos e neste momento está a decorrer um processo de controlo a nível dos mercados. De acordo com as regras da instituição o que deve ser controlado é, se os novos preços estão dentro da margem máxima dos lucros do agente económico. Caso esta margem seja ultrapassada medidas devem ser tomadas de forma a regularizar a situação.

Os consumidores, por seu turno, afirmam que se o custo de vida já era bastante elevado, nesta época terão de aprender a viver com “o cinto mais apertado”. “A vida está pesada. Quando tentamos sobreviver com o pouco que ganhamos, eis que o preço dos produtos básicos sobe. Não sei onde iremos parar com esta situação”, queixa-se Mário Massango, um cidadão abordado pela “Carta”. (Marta Afonso)

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