A empresa Aeroportos de Moçambique (ADM) diz que ainda não tem previsão de retomar as operações no aeródromo de Mocímboa da Praia, na sequência do resgate, no domingo último, pelas forças de Moçambique e do Ruanda, da vila com o mesmo nome, que havia sido tomado pelos terroristas, a 11 de Agosto de 2020.
“Ainda não temos previsão, porque antes temos de ir ao local, quando tudo se normalizar, ver as condições da infra-estrutura. Contudo, as fotos que recebemos mostram que externamente está tudo bem, mas pode ser que no interior haja danos”, disse o Presidente do Conselho de Administração da empresa (PCA), Emanuel Chaves, em entrevista telefónica.
Mesmo sem previsão de retoma de operações, Chaves mostrou-se satisfeito e saudou a conquista da força conjunta, com particular destaque ao aeródromo, uma infra-estrutura de grande relevo para a dinamização da economia daquela zona.
No contexto do terrorismo, protagonizado pelo Estado Islâmico, embora localmente seja conhecido por Al Shabab, o aeródromo foi alvo de destruição parcial, a 23 de Março de 2020. A destruição do edifício (que alberga os escritórios do aeródromo) aconteceu num ataque, ocorrido na referida data e incluiu dois veículos, um do tipo dupla cabine, marca Mahindra e um mini-autocarro, de 15 lugares, da marca Toyota.
Com aparente normalização da situação nos meses seguintes à mercê do trabalho das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDS), a empresa conseguiu, cinco meses depois, reabilitar a infra-estrutura tendo gasto meio milhão de Meticais.
Todavia, a 11 de Agosto de 2020, os terroristas tomaram e passaram a controlar a vila de Mocímboa da Praia até o último domingo, facto que limitou o acesso ao aeródromo e, por consequência, suspensão do tráfego aéreo, embora um mês depois (em Setembro de 2020), o PCA do Instituto Nacional de Aviação Civil (IACM), João de Abreu, tenha dito que o aeródromo já se encontrava operacional. (Evaristo Chilingue)