A pesca industrial e semi-industrial realizada em todo o território nacional vem, nos últimos três anos, experimentando momentos difíceis. Como consequência, a quantidade de pescado capturado tendeu a reduzir de 2018 a 2020.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) constantes em “Anuário Estatístico 2020” indicam que, no ano de 2018, a quantidade de pescado capturado foi de 38.8 mil toneladas. No ano seguinte, o cenário foi de queda, tendo a quantidade registada se fixado em 36.7 mil toneladas de diversos tipos de pescados. Em 2020, a queda foi profunda. O INE registou 15.3 mil toneladas de pescado em todo o país.
O destaque para o tipo de pescado vai para os crustáceos, cuja quantidade de pescado caiu, em 2019, de 6.4 mil toneladas para 3.8 mil toneladas em 2020. Outro realce vai, igualmente, para a captura do peixe que caiu de 29.6 mil toneladas em 2018, para 10 mil toneladas em 2020. A captura de moluscos também derrapou, de 514 toneladas em 2018 para 162 toneladas em 2020. Por fim, o realce vai para a captura de fauna acompanhante que baixou de 2 mil toneladas em 2018, para 1.2 mil toneladas em 2020.
Com a queda de quantidades de pescado, as vendas do negócio também reduziram proporcionalmente. Com todas as capturas, a indústria conseguiu 2.8 mil milhões de Meticais em vendas, no ano de 2018. No ano seguinte, as vendas caíram para 2.5 mil milhões de Meticais e, por fim, em 2020, a venda atingiu 1.1 mil milhão de Meticais.
Olhando para as vendas por tipo de pescado, constata-se que o peixe é que apresenta o maior prejuízo. Em 2018, a receita obtida foi de 1.5 mil milhão de Meticais, mas em 2020 caiu para 426.9 milhões de Meticais. Por seu turno, as vendas da captura dos crustáceos baixaram de 1.2 mil milhão em 2018, para 701.4 milhões de Meticais, em 2020. A quebra da venda da captura da fauna acompanhante foi de 26.6 milhões de Meticais em 2018, para 16.9 milhões em 2020. Por fim, a venda dos moluscos caiu de 34.4 milhões em 2018, para 10.8 milhões de Meticais em 2020. (Evaristo Chilingue)