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Num relatório intitulado Mercados Africanos Revelados (2022), o Standard Bank estima que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha já atingido pouco mais de 1.037 trilião de Meticais (15.6 biliões de USD) em 2021, saindo de 974.5 biliões de Meticais (15 biliões de USD), obtidos em 2020, representando um crescimento de 2.2%. Para este ano, o Standard Bank prevê, a partir de dados oficiais, um crescimento do PIB de 3.1%, o equivalente a 1.125 trilião de Meticais.
Num outro desenvolvimento, o relatório do Standard Bank analisa a política fiscal. Refere que 2022 continuará a ser um ano de consolidação fiscal por parte do Governo. “Apesar da pandemia e do forte crescimento das despesas direccionadas para o ano fiscal de 2022, o governo ainda está buscando consolidação. O orçamento do ano fiscal de 2022 prevê um crescimento de receita de 10,7%, para MZN 293,9 biliões, ou 26,1% do PIB, com despesas gerais excluindo reembolsos de empréstimos em 24%, para MZN404.3bn, ou 35,9% do PIB. O resultado é um aumento de 82,6% no défice fiscal antes das subvenções, para MZN110.3bn, ou 9,8% do PIB, o que reduz para MZN 23,5 biliões, ou 2,1% do PIB após doações”, lê-se no relatório.
O Standard Bank entende ainda que a consolidação fiscal deverá ser fortificada pelo apoio militar externo para ajudar a combater a insegurança em Cabo Delgado, que traz alívio material para as finanças públicas de Moçambique e libera alguns recursos para áreas sociais e económicas, que cresce para 14,2% do PIB, de 12,3% do PIB.
“Gastos com a educação permanecem estáveis em 6,2% do PIB, saúde vê um ligeiro aumento para 3,7% do PIB, de 3,6% do PIB, com agricultura experimentando o maior aumento para 4,2% do PIB, de 2,6% do PIB”, relata o documento que temos vindo a citar.
No documento, o Standard Bank afirma que o Governo está claramente a contar com um aumento de apoio à medida que o país avança para um programa do Fundo Monetário Internacional. No entanto, observa a instituição, os atrasos no apoio externo podem ainda resultar em cortes de despesas para evitar pressões da dívida interna e para manter a consolidação fiscal nos trilhos.
“Com dívidas da MAM e da ProIndicus, que estão estimadas em 10% do PIB, não sendo atendidas, e apenas com os Eurobonds de USD 900 milhões pagando juros por enquanto com amortizações do principal começando em 2028, o serviço da dívida continua administrável. As exigências de financiamento bruto doméstico são fixadas em 4,7% do PIB, com amortização em 1,8% do PIB. O reembolso da dívida externa está fixado em 2,3% do PIB, com empréstimos externos a 1% do PIB”, concluiu o Mercados Africanos Revelados 2022, do Standard Bank. (Carta)
