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terça-feira, 17 setembro 2024 17:20

Grupo brasileiro do programa “caminhos Amefricanos já está na UP Maputo para o intercâmbio Moçambique Brasil

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Após grandes expectativas sobre o projecto “Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul – Edição Moçambique” aterraram na manhã de hoje (17.09.24) no Aeroporto Internacional de Maputo um grupo de 64 integrantes, entre estudantes, docentes, pesquisadores e funcionários do Ministério da Igualdade Racial do Governo Federal do Brasil. Os 50 estudantes de diferentes universidades brasileiras foram selecionados por meio de um edital no universo de 900 estudantes inscritos. Com o financiamento da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), foram assim contemplados com um intercâmbio de duas semanas na Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo). 

O grupo foi recebido pelo Reitor da UPMaputo, Prof. Doutor Jorge Ferrão, que, falando na ocasião disse que tem as melhores expectativas como anfitrião, iniciando com este grupo em particular, por ser diversificado, augura que corra bem pois, é o início de um programa longo, prevendo-se também a ida de estudantes moçambicanos ao Brasil. A UPMaputo é o quilómetro zero deste projecto, é onde tudo vai começar e toda a aprendizagem vai acontecer, referiu Ferrão.

 

Era visível a satisfação dos viajantes no seu primeiro contacto com a “Mãe Africa”, um dos requisitos de participação era de serem alunos de licenciatura cursando a partir do 5º semestre e vinculados a um Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, tal  é o caso do estudante Artur Santos, com expectativas muito grandes sobre o intercâmbio que não tem como dimensionar, ele afirmou esperar que Moçambique e as pessoas lhe surpreendam e, assim, desconstruir toda a ideia que tem do continente Africanos e de países africanos, acrescentou ainda que vem buscar caminho de pesquisa e de relações entre Salvador, que é a sua cidade de origem, e Maputo. Por outro lado, a estudanteTaine, espera igualmente trocas, conexões culturais e trazer também o contexto de diáspora brasileira para Moçambique e experiencia-las, uma vez que, pretende aprofundar mais sobre a capulana e compreender a relação desses tecidos com a composição da sociedade moçambicana. Por sua vez, Taina, mostrou-se bastante expectante sobre a conexão entre o Brasil e a África, acredita que irá aprender bastante com este intercâmbio.

 

“Caminhos Amefricanos” consiste num projecto de intercâmbio entre estudantes Brasileiros com universidades em outros países, nesta primeira fase privilegia-se estudantes de países de língua portuguesa.

Na mesma senda,  A Secretária Nacional de Políticas de Acções Afirmativas, Combate e Superação do Racismo do MIR, Márcia Lima, afirmou que o ministério criado recentemente, tem como objectivo enfrentar com politicas públicas o combate ao racismo, inclusão racial e acções afirmativas e uma das  pautas consiste em voltar a ter relação com o continente Africano, por essa razão, trazem estudantes  que irão se tornar professores, para conhecer Moçambique e a história. Pretende-se igualmente transformar a visão que o povo brasileiro tem da África e também fortalecer os laços intelectuais e académicos com os países do sul.

Por: Taualia Neuara e Daniel Bila (Fotos)

GCI - UPMAPUTO

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