Mais jovens técnicos recém-formados, na província do Niassa, acederam esta semana a crédito no âmbito do programa agro-jovem, elevando assim para 121 o total de novos negócios já financiados em todo o País, num montante de quase 70 milhões de Meticais.
Diamantino Vumbuca (32 anos) e Franquilino Carvalho (30 anos) recém formados em agro-pecuária pela Universidade Pedagógica, são os dois novos empresários que, com o acesso a cerca de 900 mil meticais, estão a iniciar a criação suína e avícola respectivamente, gerando cerca de 10 novos postos de trabalho.
O Agrojovem, que conta com o apoio da DANIDA, foi lançado em Junho de 2015 pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, aquando da passagem dos 25 anos da Gapi.
Hoje está a operar em todas as províncias, em colaboração com 20 universidades e escolas técnicas superiores. Este programa começou a ser implementado em Niassa, em 2017, e até agora concedeu cerca de 3 milhões de meticais em crédito a oito iniciativas empresariais que permitiram a criação de cerca de 30 postos de trabalho.
Para responder à crescente procura e expectativas geradas pelo Agrojovem e outras iniciativas focadas no fomento do empreendedorismo entre jovens, a Gapi está a ampliar o foco e abrangência deste projecto, convertendo-o num programa mais amplo – o Juve-Inova – que será lançado brevemente, em parceria com outras instituições vocacionadas a apoiar a iniciativa empresarial privada.
A Gapi está também a desenvolver soluções locais que possam melhorar a disponibilidade de serviços financeiros a estas micro e pequenas empresas. Além do apoio a dezenas de organizações de poupança e crédito de natureza comunitária, como as que estão a surgir no âmbito de programas públicos como o PROMER, em implementação no Niassa, a Gapi está a investir em microbancos formais cujo enfoque são os pequenos negócios.
Em parceria com outros investidores locais, está praticamente concluído o projecto para a constituição da Caixa Geral de Poupança e Crédito (CGPC) do Niassa. Projectos semelhantes estão a ser finalizados para outras regiões do País onde, à luz da estratégia de inclusão financeira definida pelo Banco de Moçambique e pelo Governo, é prioritário promoverem-se investimentos que melhorem e diversifiquem a oferta de serviços financeiros em zonas rurais e com impacto social.(FDS)