Cerca de trinta crianças do Centro de Apoio de Marracuene realizaram uma visita ao BCI, inserida nas actividades do mês da criança e no quadro do Projecto “Esperança Moçambique”. Foi uma ocasião para os mais pequenos saberem sobre as actividades do Banco através de uma visita guiada, que lhes permitiu interagir com profissionais de algumas áreas afectas ao Edifício Sede do BCI.
Já no auditório do Banco, participaram numa sessão de literacia financeira, ministrada por gestores do BCI, onde aprenderam que "saber poupar ajuda a realizar sonhos, como: comprar um brinquedo, um livro ou até guardar algum dinheiro para viajar", para além de que “poupar nos ensina a ser responsáveis e a planificar “, segundo frisaram os gestores.
Sob orientação dos gestores Inória Neves e José Macanhengane, a sessão compreendeu um enquadramento histórico acerca do dinheiro, tendo sido dado ênfase ao metical, sua origem, evolução, nova série, e a importância da moeda para os moçambicanos. Seguiram-se conceitos de poupança, modelos e benefícios, e esclarecimentos sobre o funcionamento das instituições financeiras, da poupança no banco, e sobre as tipologias de contas e condições para a sua abertura.
De acordo com a Inória Neves, as crianças aprenderam que a poupança não é feita exclusivamente com o dinheiro. “Ao pouparem energia, por exemplo, apagando uma lâmpada acesa sem necessidade, estão a fazer uma gestão inteligente e responsável. Perceberam também que ao cuidar bem do livro que recebem gratuitamente, outras pessoas vão, também, fazer o uso do mesmo”.
Em jeito de finalização, José Macanhengane entende que “foi uma iniciativa bastante positiva, pois, permitiu às crianças manter um contacto com os gestores e ter a oportunidade de visitar as áreas funcionais do Banco. A visita impactou positivamente nas crianças, na medida em que tiveram o primeiro contacto com uma instituição financeira”.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Coca-Cola (SABCO) Moçambique SA (CCSM) foi reconhecida como um dos melhores empregadores do país, recebendo o prestigiado prémio Elite Employer.
A empresa destacou-se entre os 230 participantes, garantindo um lugar no top 10. Este reconhecimento é o resultado de uma rigorosa avaliação em áreas-chave como compensação e benefícios, carreira, ambiente de trabalho e cultura.
Para se qualificar como Elite Employer, a subsidiária da Coca-Cola Beverages Africa (CCBA) demonstrou excelência na gestão de benefícios, oferecendo diversas oportunidades de carreira e promovendo um ambiente de trabalho saudável e inclusivo.
Estes pilares são fundamentais para criar um local de trabalho atractivo, onde os colaboradores se sentem valorizados e motivados a dar o seu melhor. “Este reconhecimento reforça o compromisso da CCSM em criar um ambiente de trabalho excepcional. Ao valorizar os colaboradores e promover uma cultura organizacional positiva, a empresa não só atrai e retém talentos, mas também se posiciona como uma das melhores empresas para se trabalhar em Moçambique,” disse o Director Geral, Duncan Wyness.
“Estamos comprometidos em criar uma cultura de inclusão e pertença, bem como em fazer uma diferença significativa nas nossas comunidades. O nosso sucesso contínuo não seria possível sem as nossas pessoas, que vivem o nosso propósito todos os dias, de refrescar a Moçambique e tornar o país num lugar melhor para todos.
“A paixão colectiva delas é como estamos a criar um futuro compartilhado e melhor para todos aqueles que o nosso negócio toca, tanto nos nossos locais de trabalho quanto nas comunidades que servimos,” disse Wyness(Karingana).
A Electricidade de Moçambique, E. P. (EDM) consolida o seu posicionamento na arena internacional, com mais uma participação na edição anual do Africa Energy Forum (AEF) – Fórum de Energia de África, que decorre em Barcelona, Espanha, de 25 a 28 de Junho corrente.
Sendo uma das maiores plataformas internacionais de encontros e exposição do Sector Energético, em que participam investidores, financiadores, promotores, consultores, empreiteiros e outros actores relevantes, incluindo os Sectores Público e Privado de todo o mundo, a EDM capitalizou, pela primeira vez, a sua participação no AEF, com um espaço na feira para expositores, tendo conseguido atrair novos interessados em investir no Sector Eléctrico do País.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da EDM, Eng.o Marcelino Gildo Alberto, “este tipo de oportunidades é para aproveitar, ao máximo. Temos, aqui, vários parceiros e investidores interessados em trabalhar com empresas africanas, em particular, de Moçambique. Neste contexto, a EDM tem o objectivo de explorar novas oportunidades, bem como concretizar negócios e investimentos, visando continuar a garantir energia de qualidade, respondendo, com eficácia, a demanda das famílias e necessidades de industrialização nacional”, frisou o Timoneiro da EDM.
Durante a realização do Painel especial sobre investimentos no nosso País (Mozambique Country Spotlight – Moçambique em Destaque), a EDM reafirmou o compromisso de tornar Moçambique num Pólo Energético regional. “Somos potenciais produtores de energia, com capacidade para escoar para os países vizinhos. A região da África Austral tem um défice de energia de cerca de 10 mil Megawatts, e a EDM está pronta para liderar o processo de venda de energia no mercado regional”, assegurou o PCA.
Refira-se que, nesse contexto, estão em curso, por um lado, a construção da Linha de Interligação com o Malawi (Projecto MOMA) e, por outro, de negócios bem encaminhados de venda de energia com a Zâmbia, Zimbábwè, Botswana, Lesotho, E-Swatini e República Democrática do Congo (RDC). Sobre a Transição Energética, Moçambique teve a oportunidade de convidar mais investidores para implementar os Projectos de Energias Limpas e Renováveis, considerando os grandes progressos dos projectos alcançados até agora, nomeadamente, as primeiras Centrais Eólica de Namaacha e Solar Flutuante deChicamba, com tecnologia de ponta, em fase avançada de desenvolvimento, bem como as Centrais Fotovoltaicas que já estão em operação comercial, designadamente, Centrais de Mocuba e Tetereane.
Ainda durante o evento do AEF 2024, a EDM foi distinguida no Concurso de Fotografia, na categoria de Energia e Sustentabilidade, onde expôs uma fotografia aérea da Central Fotovoltaica de Tetereane, localizada no Distrito de Cuamba, Província do Niassa. “É um facto inédito para a EDM e Moçambique. Por isso, estamos todos de parabéns. Mostrámos ao mundo que Moçambique está alinhado aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, enalteceu o PCA da EDM.(Carta)
Chegou ao fim a novela sobre as alegadas irregularidades cometidas pelos partidos da Coligação Aliança Democrática (CAD) na sua candidatura às VII Eleições Legislativas, assim como no suporte da candidatura de Venâncio Mondlane às VII Eleições Presidenciais, que decorrem no próximo dia 09 de Outubro, em todo país.
Nesta quarta-feira, os juízes do Conselho Constitucional decidiram não dar provimento ao pedido de impugnação da candidatura de Venâncio Mondlane, submetido pelo Partido Congresso dos Democratas Unidos (CDU), por ilegitimidade.
“Compulsados os autos, constata-se que o partido CDU não faz parte da coligação CAD nas presentes eleições, inclusive inscreveu-se isoladamente para concorrer às eleições de 9 de Outubro, nos termos da Deliberação n.º 51/CNE/2024, de 22 de Maio, consequentemente o Partido Congresso dos Democratas Unidos (CDU), ora requerente, não faz parte da Coligação Aliança Democrática (CAD), por isso, parte ilegítima”, diz o Conselho Constitucional, em Acórdão nº 8/CC/2024, de 26 de Junho.
Àquele órgão de soberania, a CDU, na pessoa do seu Presidente, João Namua, impugnava o uso indevido dos símbolos da CAD pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane “sem deliberação do órgão para o efeito”.
No entanto, dos documentos solicitados e fornecidos pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) ao Conselho Constitucional não consta a participação da CDU na Coligação. Os juízes do Conselho Constitucional dizem ter recebido, da CNE, entre outros documentos, a Acta deliberativa, de 23 de Abril de 2024, sobre a participação da CAD nas eleições presidenciais, legislativas e provinciais de 9 de Outubro; pedido de inscrição da CAD junto da CNE; e o Convénio da CAD, constituída em 27 de Abril de 2024, sendo que a o nome da CDU não consta de nenhum dos documentos.
Com o Acórdão do CC cai por terra a narrativa da CDU sobre o suposto uso indevido dos símbolos da CAD por Venâncio Mondlane, assim como das supostas irregularidades da candidatura da CAD ao Parlamento. Lembre-se que a CDU também submetera um pedido de impugnação à CNE, contestando a candidatura daquela coligação. (Carta)
Depois de ter deixado a Reserva do Niassa, a maior área protegida de Moçambique e um dos últimos bastiões da vida selvagem na África Austral, Madala, o elefante em tamanho real feito de lã e de ferro, instala-se no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), em Maputo, de 3 de julho a 3 de outubro de 2024.
A história de Madala começou quando Paula Ferro, bióloga, e Derek Littleton, diretor da Fundação Lugenda e da concessão Luwire, ambos profundamente envolvidos na proteção da Reserva Especial do Niassa, decidiram pôr os seus talentos artísticos ao serviço de um projeto tão ambicioso quanto significativo: a construção de uma obra de arte monumental.
- Uma obra de arte para mostrar o que está em jogo na luta contra a caça furtiva e para sensibilizar homens e mulheres para a importância da proteção dos ecossistemas e dos grandes animais selvagens;
- Uma obra de arte capaz de mobilizar os homens e as mulheres da reserva e de lhes permitir adquirir novas competências e oportunidades alternativas de rendimento;
- Uma obra de arte capaz de voltar a ligar a arte à proteção do ambiente.
Em 2023, em parceria com o escultor francês Jules Pennel e com a ajuda de mais de 50 membros das comunidades locais, deram vida a Madala, um elefante em tamanho real.
- Um elefante construído com materiais de caça furtiva reciclados para desviar as armadilhas de aço e corda do seu projeto mortal;
- Um elefante coberto por uma pele multicolorida, tricotada com lã, para contar a história da resiliência das mulheres que o fabricaram e da diversidade de um mundo natural luxuriante.
- Um elefante nascido do trabalho de homens e mulheres para mudar o imaginário popular e reconciliar o homem e a vida selvagem.
Depois de uma longa viagem por Moçambique, e antes de ser vendido para angariar fundos para uma escola de artes e ofícios, Madala chega agora em majestade a Maputo, instalando-se nos jardins do Centro Cultural Franco-Moçambicano, onde estará em exposição de 3 de Julho a 3 de Outubro de 2024.
Esta é uma oportunidade para o conhecer e descobrir a história da sua extraordinária odisseia.
Uma odisseia feita de aventuras e de histórias humanas. Uma odisseia de esperança!
"Madala é uma criação colectiva, possível graças à participação de mais de 40 artistas moçambicanos e internacionais e ao apoio das comunidades locais, de antigos caçadores furtivos reconvertidos, de numerosos guardas florestais, dos anjos da guarda da fauna e da natureza africanas e das mulheres do projeto Yao Crochet. Todos nos juntamos para criar esta majestosa escultura, que tem como objectivo transmitir a importância e a imensidão da Reserva do Niassa, recordar um passado sombrio e também reconhecer os esforços feitos na luta contra a caça furtiva. Mas acima de tudo, a nossa ambição é trazer esperança a todos os homens e mulheres que vivem na reserva.
Ao dar vida a este elefante em tamanho real, o nosso sonho é ligar a arte à proteção do ambiente!"
Paula Ferro e Derek Littleto
O arquitecto moçambicano José Alberto Basto Pereira Forjaz (Coimbra, 1936-2024) faleceu nesta madrugada em Lisboa, depois de uma longa batalha contra um cancro.
José Forjaz veio muito jovem, com os pais e irmãos, para Lourenço Marques, actual Maputo. Começou a trabalhar em meados dos anos 50 como desenhador dos Serviços Provinciais de Obras Públicas e como estagiário junto do arquitecto Pancho Guedes.
Transfere-se mais tarde para Portugal, onde estuda na Escola de Belas Artes do Porto e colabora com os arquitectos João Andresen, Arnaldo Araújo e Octávio Lixa Filgueiras. Após concluir o curso, em 1966, trabalhou no escritório dos arquitectos Francisco da Conceição Silva, Maurício de Vasconcelos e Bartolomeu Costa Cabral. Obteve o diploma de Master of Science in Architecture na Universidade de Columbia em Nova York.
Em 1968 regressou a África, abrindo um escritório privado em Mbabane, Eswatini, e, mais tarde, no Botswana, países onde executou inúmeros projectos durante os sete anos que ali permaneceu até ao retorno a Moçambique, nos fins de 1974, imediatamente antes da independência. Entre 1975 e 1985 desempenhou cargos no governo (Conselheiro do Ministro das Obras Públicas e Habitação e Secretário de Estado do Planeamento Físico), reservando a prática da arquitectura exclusivamente para projectos institucionais.
A partir de 1985, e com períodos como professor convidado de universidades na Itália, Portugal, Estados Unidos e Japão, é encarregado de organizar e dirigir a Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade Eduardo Mondlane, tendo regido vários cursos de composição, história da arquitectura, paisagismo, e orientado as teses de formatura da maioria dos graduados. A partir de 2009 retira-se do ensino universitário.
É titular do escritório José Forjaz - Arquitectos, em Moçambique. No seu currículo, José Forjaz conta com dezenas de projectos desde residências de representantes de organismos internacionais, de embaixadores e chefes de estado, até pólos universitários e culturais. O Monumento à Mulher Moçambicana, o Monumento a Samora Machel, o Campus da Universidade de Botswana e Lesotho, na Suazilândia, o Parlamento Pan-Africano, a igreja do Seminário da Matola e as casas Roxo Leão pai e filho merecem especial destaque.
Bibliografia
Entre O Adobe E O Aço Inox - Ideias e Projectos, 1999 Editorial Caminho
José Forjaz Arquitecto: ideias e projectos, edição lit.; Almada. Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea; Ribeiro, Ana Isabel, co-aut.
(Carta, Adaptado do Wikipédia)