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terça-feira, 29 outubro 2024 01:22

Eleições 2024: Polícia abre processo-crime contra Venâncio Mondlane

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A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou ontem que abriu um processo-crime contra o candidato presidencial Venâncio Mondlane e apoiantes, pela escalada de violência pós-eleitoral no país.

 

“A PRM já abriu um processo-crime contra o cidadão Venâncio Mondlane e seus simpatizantes pelos crimes de incêndio do posto policial, apoderamento de arma de fogo do tipo AK-47, atos que acabam colocando em alvoroço não só o distrito de Moma como também a própria província de Nampula”, declarou o porta-voz da corporação, Orlando Mudumane.

 

Em causa estão as manifestações convocadas por Venâncio Mondlane nos dias 24 e 25 de Outubro em todo o país – que apelidou de pacíficas –, que culminaram em confrontos entre a Polícia e cidadãos, sendo que, no distrito de Moma, província de Nampula, no norte de Moçambique, as autoridades policiais o responsabilizam, e aos seus simpatizantes, pelo incêndio a um posto policial e por se apoderaram de uma arma de fogo.

 

Em conferência de imprensa para dar o ponto de situação face às manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, a Polícia moçambicana disse que vai continuar a trabalhar para garantir a ordem e segurança públicas, mas pediu a “não adesão a atos de violência e vandalizações públicas”.

 

“A PRM exige da parte do cidadão Venâncio Mondlane e do partido PODEMOS a devolução imediata da arma de fogo do tipo AK-47 de que se apoderaram os seus membros no posto policial de Chalaua, no distrito de Moma, na província de Nampula”, avisou Orlando Mudumane.

 

“Os atos violentos contra as instituições policiais e os membros da PRM tiveram como consequências 21 membros da PRM feridos, entre graves e ligeiros, um óbito e vandalização de três viaturas e duas residências, incluindo desta feita o posto policial que foi queimado", acrescentou o porta-voz da polícia.

 

Refira-se que pelo menos 11 pessoas morreram nas manifestações da semana finda, convocadas por Venâncio Mondlane em protesto aos resultados eleitorais e ao assassinato bárbaro e covarde do advogado Elvino Dias e do mandatário do PODEMOS, Paulo Guambe. (Carta/Lusa)

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