Como as três empresas não estavam a produzir nenhuma receita, não havia como pagar os empréstimos e, portanto, o Estado moçambicano tornou-se responsável pelos 2 bilhões de USD. O FMI acusou o governo de ocultar a verdadeira situação da dívida externa do país e suspendeu o seu programa. O grupo de 14 doadores que prestava Apoio Direto ao Orçamento do Estado suspendeu seus desembolsos e até hoje essa forma de ajuda não foi retomada. “Obviamente, no caso de as negociações serem programadas, teremos que levar a questão (da ajuda financeira) ao nosso Conselho de Administração para aprovação”, afirmou Velloso. “Mas a abertura está aí. Se este for o caminho que as autoridades moçambicanas desejam seguir”.
Desde a suspensão do programa em 2016, o FMI fez uma série de recomendações e vem acompanhando a sua implementação com visitas de rotina. Velloso disse que, devido em grande parte aos dois ciclones que atingiram Moçambique em Março e Abril, a taxa de crescimento anual do PIB, no segundo trimestre deste ano, diminuiu para 2,25%. No entanto, a inflação permaneceu baixa e a taxa de câmbio estável. (AIM)