Um dos fundamentos da acusação no caso Embraer é o de que o Estado moçambicano (através da LAM) foi lesado através do encarecimento do valor das aeronaves. De acordo com os autos processuais, “Carta” sabe que, durante a fase de instrução do processo e em aditamento as repostas da Embraer à carta rogatóra da PGR, foram ouvidas 8 testemunhas de Embraer, sendo que a cada uma delas foi colocada, para além doutras, uma questão comum:
Os 800 mil USD provêm dos cofres da Embraer ou da LAM?
Eis algumas das respostas, constantes dos autos.
Albert Philip Close, advogado e empregado da Embraer (na altura Gerente de Propostas e Contratos Comerciais): “De acordo com a política da empresa, as comissões dos representantes eram pagos pela própria Embraer”.
Flávio Rimoli, advogado e engenheiro aposentado, gestor de contratos: “Os recursos para o pagamento de comissão a representantes comerciais provêm dos cofres da Embraer”. (Carta)