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quarta-feira, 19 dezembro 2018 09:51

Governo quer combater desnutrição crónica

Em Moçambique, 43% das crianças com principal enfoque dos 0 aos 5 anos sofrem de desnutrição crónica. Esta situação é prevalecente desde 2013. Quando falta um ano para o fim do mandato, o governo moçambicano compromete-se a reverter a actual realidade diminuindo os índices de nutrição para 35%. Nos últimos 5 anos a taxa manteve-se em 43%, em 2019. Agora, o Governo diz que vai baixar em 8% em apenas um ano. 

 

Esta informação foi avançada ontem por Ana Comoana, Porta-voz do Conselho de Ministros, durante 39ª Sessão ordinária e última deste ano.

 

Comoana disse que o objectivo responder ao estudo efectuado pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), realizado entre Março e Abril, e publicado em Junho, deste ano. No estudo, as provincias de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Tete são as mais destacadas, com uma percentagem que parte dos 44% aos 52%.

 

Ana Comoana explicou que o Governo vai promover a produção e o consumo nas comunidades e vai incentivar o agroprocessamento. Mesmo sem avançar as estratégias concretas que serão implementadas, Comoana reiterou que esta é uma decisão do executivo moçambicano e que tudo se fará para reduzir significativamente a desnutrição crónica em Moçambique.

 

Em contrapartida, o estudo do SETSAN apresenta vários factores que contribuem para desnutrição crónica em Moçambique, dentre eles, a escassez de alimentos, a falta de uma estratégia comunicacional com as comunidades, uma dieta alimentar frágil e que atrai doenças como a cólera, malária, mas também, o acesso a água potável e a não existência de assistência humanitária. Moçambique perde anualmente 1.6 bilhões de USD, devido a desnutrição crónica e África tem a dura missão de se libertar da fome até 2030. (Omardine Omar)

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